terça-feira, 15 de outubro de 2013
Produto audiovisual
Produto audiovisual
Produto audiovisual é qualquer produto de comunicação (artístico, cultural, educativo, técnico, informativo, publicitário, etc.) formado por imagens acompanhadas de som sincronizado.
A definição de produto audiovisual inclui, portanto, filmes exibidos em cinema, programas de televisão, vídeos distribuídos em VHS ou DVD, programas transmitidos por telefonia móvel, vídeos disponibilizados na internet.
Os produtos audiovisuais podem ser classificados de acordo com sua tecnologia, veículo, estrutura, duração, gênero, etc.
Quanto à tecnologia: Tradicionalmente, considera-se que produto audiovisual cinematográfico (ou simplesmente filme) é aquele cujas imagens são produzidas a partir de tecnologia fotoquímica, ou seja, em suportefilme, a partir do fenômeno da fotossensibilidade dos sais de prata. Em contraposição, produto audiovisual videográfico (ou videofonográfico), ou simplesmente vídeo, seria aquele cujas imagens são produzidas em tecnologia eletromagnética.
O desenvolvimento da tecnologia digital, a partir dos anos 1990, veio a confundir esta classificação. Em primeiro lugar, o tratamento digital dos sinais de vídeo criou uma nova tecnologia para geração de imagens. Além disso, tanto na indústria cinematográfica quanto na televisão, processos tradicionais foram sendo substituídos por processos digitais, de tal forma que, já ao final da primeira década do século XXI, há mais semelhanças do que diferenças nas tecnologias utilizadas por estas duas indústrias.
Quanto ao veículo: Considerando veículo no sentido de canal de comunicação, ou "meio físico pelo qual a comunicação audiovisual chega até o espectador", os produtos audiovisuais tradicionalmente se destinavam a dois principais veículos: produtos realizados para sala de cinema, produtos realizados para televisão, simplificadamente agrupados sob o título de programas de televisão, com todos os seus gêneros e subgêneros. Mas, desde os anos 1940, filmes "de cinema" são exibidos também na televisão.
Quanto à duração: No cinema, existe desde a década de 1920 a distinção entre o longa-metragem, ou filme que se sustenta sozinho como espetáculo, com algo em torno de duas horas de duração; e o curta-metragem, ou filme que se presta para complementar um espetáculo formado principalmente por um longa, ou compor um espetáculo múltiplo de vários curtas, geralmente não ultrapassando os 15 minutos de duração.
Na televisão, as grades de programação geraram programas unitários de uma hora, geralmente com 52 ou 54 minutos efetivos, sendo o tempo restante reservado para os comerciais; e de meia hora, com 24 ou 26 minutos de conteúdo; além dos programas mais longos (para a exibição de filmes, transmissões esportivas, eventos ao vivo, entrevistas, debates, "programas de auditório", etc.) com duas ou mais horas de duração.
A publicidade na televisão universalizou o formato do comercial de 30 segundos, para ser inserido nos intervalos da programação, bem como os formatos derivados, mais curtos (15 segundos) ou mais longos (1 minuto).
Quanto à estrutura: Programas de televisão podem ser unitários (emissão única) ou em série (emissões múltiplas). As séries podem ser transmitidas em periodicidade diária ou semanal, e podem ser divididas em capítulos .
Quanto à geração das imagens e do movimento: Quanto à forma como são geradas as imagens e a impressão de movimento, a classificação tradicional divide os produtos audiovisuais em dois tipos: aqueles em que o movimento real dos objetos em frente à câmara é registrado pela tomada de fotografias fixas em série, a uma cadência constante e suficiente para, na projeção, provocar a impressão de movimento - é o processo usado para a grande maioria dos produtos audiovisuais, chamado em inglês de "live-action" (ação ao vivo) e aqueles em que objetos estáticos são fotografados em posições fixas, ligeiramente diferentes uma da outra, de forma a, na projeção a uma cadência constante, simular um movimento - é o processo chamado de animação, que pode ser realizado com desenhos (desenho animado), recortes (animação de recortes), bonecos (animação de bonecos) ou mesmo com atores (pixilation) .
Atividades
1) O que é produto audiovisual?
2) Cite dois exemplos de produto audiovisual.
3) Qual é a diferença entre produto audiovisual cinematográfico e produto audiovisual videográfico?
4) O que e veículo de comunicação?
5) Qual é a diferença entre longa-metragem e curta-metragem?
6) Como é feita a geração de movimento das imagens através da animação?
A presença artística em diversos instrumentos contemporâneos de comunicação no cotidiano
A presença artística em diversos instrumentos
contemporâneos de comunicação no cotidiano
Algumas manifestações artísticas durante a história da arte possuíram e possuem alcance muito grande, ou seja, atingem a uma quantidade maior de pessoas, de diferentes classes sociais e culturais por isso são consideradas como arte de massa. O termo arte de massa - significando “ao alcance de todos e para todos” - é recente, surgido no século XX com o advento da fotografia, cinema e televisão, mas o seu conceito remonta à Antiguidade quando os faraós egípcios representavam sua autoridade política e religiosa ao povo na forma de pirâmides, templos e outras obras monumentais para serem observadas e entendidas por todos de uma só vez.
Nos tempos modernos, com a evolução tecnológica dos meios de comunicação de massa – rádio, televisão, jornais, revistas e cinema – a arte pôde ser explorada no sentido de ampliar o público que pretende conhecê-la, entendê-la e apreciá-la.
A arte só é percebida e compreendida pela massa enquanto se mantém figurativa e guarda referências ao cotidiano e experiências mais imediatas e concretas das pessoas tornando difícil o acesso ao entendimento de manifestações artísticas mais complexas e sofisticadas como a arte abstrata. Por isso os filmes de cinema ou telenovelas com pouco conteúdo conceitual e argumentos simples são mais consumidos pela massa, salvas exceções que extrapolam o mercado comum e lançam propostas inovadoras em termos de roteiro, narrativa e visual. A modernidade nos trouxe vários elementos que tornaram a arte muito mais acessível, podemos Identificar a presença artística em diversos instrumentos contemporâneos de comunicação (cartazes, placas etc) e sua utilização no cotidiano.
O cartaz é um meio de comunicação mista: palavras e imagens que em conjunto pretendem comunicar uma mensagem. Ele deve ter um tema: deve-se escolher um só assunto por cada cartaz . Um slogan: a mensagem do cartaz deve ser curta e sugestiva. E a imagem: é o mais importante na transmissão da mensagem. Deve ser sugestiva e de cores contrastantes.
O outdoor foi o primeiro meio publicitário utilizado pelo homem para divulgar seus
produtos, serviços e ideias. De leitura rápida e de fixação objetiva, o outdoor não precisa ser
comprado, ligado ou escolhido. Conhecido como a mais pública das mídias, atinge todas as
pessoas que andam pela cidade, sem distinção.
A presença da imagem em movimento no cotidiano de milhares de pessoas é tão natural que frequentemente não refletimos sobre o fato de que o invento técnico que possibilitou essa ‘mágica’, sintetizando os esforços e desejos de muitas e muitas gerações, faz diferença nas vivências de homens e mulheres de diversas camadas e sociedades ao interferir nas formas de ver e conhecer o mundo no instante em que põe em circulação tantos e tão variados conteúdos e formas de experimentá-los. O cinema, como uma forma de arte, acabou transformando a sociedade. Logo depois veio a televisão, que revolucionou a forma de se fazer arte e veiculá-la para as massas.
Atualmente a internet representa um grande avanço na forma de se produzir e veicular a arte, tornando-se muito mais interativa, já que artista e observador conseguem uma comunicação imediata.
Referências:
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/lp/fazer_cartaz.htm
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1572-1.pdf
http://jucienebertoldo.files.wordpress.com/2013/01/apostila-de-artes-visuais.pdf
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
As manifestações culturais nas obras de artistas visuais desde a pré-história até os dias atuais
As manifestações culturais nas obras de artistas visuais
desde a pré-história até os dias atuais
Pré-História: As pinturas paleolíticas eram realistas e sem movimento. As figuras neolíticas eram mais estilizadas, representação de vida coletiva e com movimento.
Egito: A arte egípcia caracteriza-se pela representação da figura humana sempre com o tronco de desenhado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés são colocados de perfil (Lei da Frontalidade). As figuras masculinas eram pintadas de vermelho e as femininas de ocre. Os monumentos e a maioria das esculturas tinham grande dimensão, dando sensação de grandiosidade. A arquitetura era monumental.
Grécia: A história da arte grega se divide nos seguintes períodos: Pré-helenístico (fase da aprendizagem);Arcaico ( fase da definição da arte); Clássico ( fase da perfeição) e Helenístico (fase da expansão da arte para outros povos). A arte grega valorizava especialmente as ações humanas, expressava um ideal de beleza e tinha o homem como centro do universo.
Roma: Foi inicialmente influenciada pela arte grega. Mas, junto com a expressão da beleza, os romanos preocupavam-se com a expressão da realidade vivida. A pintura teve uma importância muito grande no Período Augusto. Na decoração das casas de Herculana e Pompéia, as cores mais utilizadas foram o amarelo e o vermelho. Duas grandes inovações dos romanos foram o retrato e o relevo histórico. As construções romanas eram monumentais.
Idade Média: Na Idade Média havia uma crença de que as cores puras, brilhantes e claras expressavam a beleza de Deus. Já as cores misturas eram impuras e corruptas. No Período Românico as figuras eram estilizadas {simplificadas} e as cores chapadas. A escultura tinha a finalidade de inspirar devoção e temor, para evitar o pecado. Portanto, visava transmitir mensagens bíblicas. A arquitetura apresentava um aspecto forte e pesado devido à abundância de pedras. No Período Gótico a pintura era realista e detalhista, com muito azul, ocre e dourado. A arquitetura era dinâmica e graciosa, com linhas verticais voltadas para o céu. Os elementos que mais a caracterizam são os vitrais.
Renascimento: Usavam cores próximas da realidade, com figuras humanas perfeitas. A pintura do Renascimento confirma três conquistas importantes, já prenunciadas no Gótico: a perspectiva, o uso do claro-escuro e o realismo. A combinação da perspectiva e do claro-escuro contribuiu para o maior realismo das pinturas.
Barroco: A arte barroca era definida pela oposição do claro-escuro, contavam com a força das cores quentes, da gradação da claridade, todos esses elementos reforçavam a expressão de sentimentos. Os arquitetos deixaram de lado a simplicidade e racionalidade e insistiram nos efeitos decorativos.
Rococó: Na pintura do Período Rococó os temas eram mundanos, ambientados em parques e jardins ou em interiores luxuosos. Predominam as tonalidades claras e luminosas. Na arquitetura, o estilo rococó manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores, que se revestiam de abundante e delicada ornamentação.
Neoclassicismo: Retomou os princípios da arte clássica: valorização das ações humanas e expressão da beleza ideal. A pintura neoclássica foi inspirada, principalmente, na escultura grega e na pintura renascentista italiana, procurando o equilíbrio da composição e a harmonia do equilíbrio. A arquitetura seguiu os modelos dos templos greco-romanos ou das edificações do Renascimento italiano.
Romantismo: A pintura romântica aproxima-se das formas barrocas. É dinâmica, realista, dramática, com forte contraste de claro-escuro. Os temas são fatos reais da história nacional e contemporânea dos artistas.
Realismo: Considerava que o artista não devia “melhorar” a natureza em suas obras, pois a beleza está na realidade como ela é. Essa tendência politizou o artista e daí surgiu a pintura social, denunciando as desigualdades entre trabalhadores e burguesia.
Impressionismo: Buscavam retratar em suas obras os efeitos da luz do sol sobre a natureza, por isso, quase sempre pintavam ao ar livre. A ênfase, portanto, era dada na capacidade da luz solar em modificar todas as cores de um ambiente.
Expressionismo: Usavam cores fortes que rejeitavam a realidade, com formas distorcidas.
Cubismo: A pintura cubista representa todas as partes do objeto num mesmo plano, como se o objeto estivesse aberto e apresentasse todos os seus lados no plano frontal. Baseia-se na destruição da harmonia clássica e na decomposição da realidade.
Abstracionismo: Não representa a realidade que nos cerca. Através de formas e cores, a pintura abstrata procura expressar determinado estado de espírito e sentimentos.
Surrealismo: Para os surrealistas, a obra de arte não resulta de manifestações lógicas do consciente, mas sim de manifestações aparentemente absurdas e ilógicas do subconsciente, como as imagens dos sonhos e das alucinações.
Op-Art: As pinturas da Op-Art apresentam diferentes figuras geométricas, combinadas de tal forma que provocam no espectador sensações de movimento; se o observador muda de posição, tem a impressão de que a obra se modifica, parecendo movimentar-se. As esculturas ops movimentavam-se impulsionadas pelo vento ou através de motores.
Pop-Art: A proposta deste movimento é romper a barreira entre a arte e a vida comum. Seus trabalhos artísticos exaltam o popular e a vida cotidiana. Os recursos são os mesmos dos meios de comunicação de massas: cinema, televisão, publicidade. Os temas são os símbolos e os produtos industriais dirigidos às massas urbanas: lâmpadas, automóveis, tampinhas de garrafas, rótulos, etc.
Arte contemporânea: A cor tem um valor muito significativo. Muitos artistas usam cores fortes, e muitas pinturas são bastante coloridas. Os materiais não são convencionais e procuram a participação do observador.
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