segunda-feira, 23 de junho de 2014

E se você fosse... a ovelha perdida?

E se você fosse... a ovelha perdida?

Uma ovelha, eu?! É, todos nós somos. Jesus é o bom pastor "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (João 10.11)
            Certa vez, Jesus contou a história da ovelha que se perdeu.
"Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?
E quando a encontra, coloca-a alegremente nos ombros e vai para casa. Ao chegar, reúne seus amigos e vizinhos e diz: 'Alegrem-se comigo, pois encontrei minha ovelha perdida'.
Eu digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se.” (Lucas 15.4-7)
A ovelha perdida é aquela distraída que acaba se desgarrando do rebanho.
Muitas coisas fazem uma ovelha se desgarrar. Ela pode se desgarrar porque se distraiu olhando alguma coisa (uma borboleta, talvez) ou porque era fraca e não conseguiu acompanhar o ritmo das outras. Ou quem sabe caiu e ninguém veio ajudá-la a se levantar?
O problema é que quando uma ovelha se perde, ela acaba se machucando ou se machucando mais ainda do que já estava.
Então ela fica ali, quietinha, esperando que seu pastor volte para buscá-la. Isso porque ela não tem força ou não sabe reencontrar o caminho de volta.
Mas eu tenho uma boa notícia para você: Jesus não esqueceu de você. Ele é seu Bom Pastor. Ele deu a Sua vida por você. Lembre-se que o Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Ele está pronto para te resgatar e te colocar nos ombros. E ele vai fazer uma festa quando isso acontecer.
Então, se você fosse a ovelha perdida eu te diria para dar um “Méeee”, mesmo que seja baixinho, para mostrar para o seu Bom Pastor que você deseja ser encontrada.


Rose Amaral
Junho de 2014
yle='m� b n t �O� P� rgin-right:8.25pt;margin-bottom: 0cm;margin-left:9.75pt;margin-bottom:.0001pt;text-indent:25.65pt;line-height: normal;mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none'>_ Irás tu com este home?

 Respondeu ela:
_ Irei.” (Gênesis 24.55-58)
Talvez elas não fossem tão desconsideradas assim. Eu não sei se Raquel sabia do caso ou se também foi enganada como Jacó. O problema todo é que Léia sabia. Sinceridade num relacionamento é fator totalmente importante.
Você deve estar pensando: “Pobre moça. Ela foi obrigada pelo pai. Quem ia querer um casamento desse tipo? Talvez ela nem gostasse dele também.” Será?
“Ora, saiu Rúben nos dias da ceifa do trigo e achou mandrágoras no campo, e as trouxe a Léia, sua mãe.
Então disse Raquel a Léia:
_ Dá-me, peço, das mandrágoras de teu filho.
Ao que lhe respondeu Léia:
_  É já pouco que me hajas tirado meu marido? Queres tirar também as mandrágoras de meu filho?
Prosseguiu Raquel:
_ Por isso ele se deitará contigo esta noite pelas mandrágoras de teu filho.
Quando, pois, Jacó veio à tarde do campo, saiu-lhe Léia ao encontro e disse:
_ Hás de estar comigo, porque certamente te aluguei pelas mandrágoras de meu filho.
E com ela deitou-se Jacó aquela noite.” (Gênesis 30.14-16)
É, gente! Ela gostava dele sim. Acho que neste caso estava até faltando um pouco de amor próprio, mas tudo bem. Vamos dar um voto de confiança à Léia. Uma vez estávamos preocupados com a escolha de um tema para um importante trabalho na faculdade e o professor nos disse: “Deixem disso! Escolham qualquer tema e comecem logo o trabalho. É como no casamento, o amor vem com o tempo.”
É claro que ele estava brincando, mas mesmo assim, ficamos horrorizados. Mas este era um pensamento recorrente entre os mais antigos. Não pensem que sou uma delas, viu? Eu não sou tão antiga assim.
Então vamos contar com isso e pensar que Léia só passou a gostar de Jacó depois que já estava casada com ele. Mas sinceramente, tenho minhas dúvidas.
Pensem naquele primo distante que chega de uma terra mais distante ainda e cai de pára-quedas bem na casa dela. Aí você vai pensar: “Meu primo? Que nojo!” Pensamento correto. O ideal é que primos não se casem por causa de problema de formação dos filhos ou doenças recessivas, mas em muitas culturas casamento entre primos são usuais. Na nossa própria cultura este tipo de união é aceitável.  Até certo ponto, é claro! As tias nunca olham com bons olhos!
Voltando ao primo recém-chegado. “Olha que gato!” Ela deve ter pensado. “E ele é forte e cavalheiro!” Olhem o que certamente ela deve ter ouvido falar sobre ele:
“Perguntou-lhes Jacó:
_  Meus irmãos, donde sois?
Responderam eles:
_ Somos de Harã.
Perguntou-lhes mais:
_ Conheceis a Labão, filho de Naor?
 Responderam:
_ Conhecemos.
Perguntou-lhes ainda:
_ Vai ele bem?
Responderam:
_ Vai bem; e eis ali Raquel, sua filha, que vem chegando com as ovelhas.
Disse ele:
_Eis que ainda vai alto o dia; não é hora de se ajuntar o gado; dai de beber às ovelhas, e ide apascentá-las.
Responderam:
_Não podemos, até que todos os rebanhos se ajuntem, e seja removida a pedra da boca do poço; assim é que damos de beber às ovelhas.
Enquanto Jacó ainda lhes falava, chegou Raquel com as ovelhas de seu pai; porquanto era ela quem as apascentava. Quando Jacó viu a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou-se, revolveu a pedra da boca do poço e deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe.Então Jacó beijou a Raquel e, levantando a voz, chorou.” (Gênesis 24.4-11)
“E ainda é sensível! Acho o máximo rapazes que choram!” Terra chamando Léia!
O problema aqui é que Raquel já tinha visto primeiro. “É meu, ninguém tasca!” É claro que isso não é requisito para que uma menina seja “dona” de um garoto. Mas é uma espécie de acordo entre damas de nossa cultura. OK! Eu sei, tem muita gente desrespeitando esse acordo. Mas o que todas nós esperamos é que seja assim, não é mesmo?
Daí, se o menino não quer, se ele não se mexe, se ele mostra interesse por outra... Tudo bem, está liberado! O problema era que Jacó não estava liberado.
“Jacó, porquanto amava a Raquel, disse:
_ Sete anos te servirei para ter a Raquel, tua filha mais moça.
Respondeu Labão:
_ Melhor é que eu a dê a ti do que a outro; fica comigo.
Assim serviu Jacó sete anos por causa de Raquel; e estes lhe pareciam como poucos dias, pelo muito que a amava.” (Gênesis 29.18-20)
       Gente! O garoto estava apaixonado. Ele trabalhou sete anos de graça pro pai dela e nem viu o tempo passar porque a amava! Que coisa mais fofa!
       Aí está o problema. Garoto apaixonado + Amor correspondido = Garoto indisponível.
       A regrinha é muito simples e não adianta querer tentar novas variantes. Uma pessoa estava sobrando naquela equação e aquela pessoa era a Léia. Ela podia até pensar: “Mas eu sou a mais velha, tenho direito de ...” Procurar outro cara disponível! É o que eu responderia pra ela.
       Ao analisar um casal, muitas meninas pensam. “Mas eu sou mais bonita do que ela.” “Mas eu sou mais velha do que ela.” “Mas eu o conheço a mais tempo.” “ Mas eu combino muito mais com ele.”
Chega de mas, mas. Não é correto se intrometer entre um amor. Muito menos quando este casal já estiver formado: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” (Êxodo 20.17) Aqui também vale as roupas, os sapatos e principalmente os namorados das suas amigas.
       Eu não sei que parcela de culpa Léia teve nesse triângulo amoroso em que viveu com sua própria irmã. Eu não sei se alguma vez ela foi realmente feliz ou se teve que pagar por isto o resto da sua vida. Ela pode até não ter sido a mentora desse crime que seu pai cometeu contra Jacó. Mas ela poderia não ter ficado calada. Teria se poupado de muita dor de cabeça.
       Então, amiga, se você fosse Léia, eu te aconselharia a gritar bem alto:
       _ Alô, rapaz! Antes que seja tarde para nós dois, preciso te avisar uma coisa: Você está com a garota errada!


Rose Amaral

Junho de 2014

E se você fosse... Léia?

E se você fosse... Léia?

“Então Jacó disse a Labão: Dá-me minha mulher, porque o tempo já está cumprido; para que eu a tome por mulher. Reuniu, pois, Labão todos os homens do lugar, e fez um banquete.
À tarde tomou a Léia, sua filha e a trouxe a Jacó, que esteve com ela. E Labão deu sua serva Zilpa por serva a Léia, sua filha.
Quando amanheceu, eis que era Léia; pelo que perguntou Jacó a Labão:
_Que é isto que me fizeste? Porventura não te servi em troca de Raquel? Por que, então, me enganaste?” (Gênesis 29.21-25)

Uiiii!  Que mancada, hein? Pense como uma garota planeja o dia do seu casamento. Vestido de noiva, véu, grinalda, buquê, o bolo, os convidados. O dia em que ela vai ser o centro das atenções. O dia dela. Dia dela?! Era o dia da irmã dela!
Eu sei que as irmãs costumam participar bastante do casamento da outra. Elas ajudam a escolher o vestido. Dão palpites na decoração e até organizam o chá de panela, mas isso não inclui dormir com o noivo na noite de núpcias. Ah, isso não mesmo! Em cultura nenhuma. “Respondeu Labão: Não se faz assim em nossa terra; não se dá a menor antes da primogênita.” (Gênesis 29.26) OK! Tudo bem. Talvez naquela cultura isso fosse permitido. Ou não, sei lá! Parece traição demais. Se Jacó não podia se casar com Raquel antes de Léia estar casada, tinha que ser avisado primeiro, não acham? Alguém tinha que ter dado um toque nele. Quem sabe ele não tinha dado até uma forcinha pra arranjar um marido pra ela?
Eu não sei que tipo de trato o pai de Léia fez com ela. Eu não sei se ela foi obrigada a tomar o lugar de Raquel. Na cultura daquele tempo as mulheres não costumavam ter muita voz. Não sei se este era o caso daquela família. Muitos anos antes, a tia e sogra dela, Rebeca, foi consultada pelo próprio Labão se deveria acompanhar o servo de Abraão para se casar com Isaque.
 “Disseram o irmão e a mãe da donzela:
_ Fique ela conosco alguns dias, pelo menos dez dias; e depois irá.
Ele, porém, lhes respondeu:
_ Não me detenhas, visto que o Senhor me tem prosperado o caminho; deixai-me partir, para que eu volte a meu senhor.
Disseram-lhe:
_ Chamaremos a donzela, e perguntaremos a ela mesma.
Chamaram, pois, a Rebeca, e lhe perguntaram:
_ Irás tu com este home?
 Respondeu ela:
_ Irei.” (Gênesis 24.55-58)
Talvez elas não fossem tão desconsideradas assim. Eu não sei se Raquel sabia do caso ou se também foi enganada como Jacó. O problema todo é que Léia sabia. Sinceridade num relacionamento é fator totalmente importante.
Você deve estar pensando: “Pobre moça. Ela foi obrigada pelo pai. Quem ia querer um casamento desse tipo? Talvez ela nem gostasse dele também.” Será?
“Ora, saiu Rúben nos dias da ceifa do trigo e achou mandrágoras no campo, e as trouxe a Léia, sua mãe.
Então disse Raquel a Léia:
_ Dá-me, peço, das mandrágoras de teu filho.
Ao que lhe respondeu Léia:
_  É já pouco que me hajas tirado meu marido? Queres tirar também as mandrágoras de meu filho?
Prosseguiu Raquel:
_ Por isso ele se deitará contigo esta noite pelas mandrágoras de teu filho.
Quando, pois, Jacó veio à tarde do campo, saiu-lhe Léia ao encontro e disse:
_ Hás de estar comigo, porque certamente te aluguei pelas mandrágoras de meu filho.
E com ela deitou-se Jacó aquela noite.” (Gênesis 30.14-16)
É, gente! Ela gostava dele sim. Acho que neste caso estava até faltando um pouco de amor próprio, mas tudo bem. Vamos dar um voto de confiança à Léia. Uma vez estávamos preocupados com a escolha de um tema para um importante trabalho na faculdade e o professor nos disse: “Deixem disso! Escolham qualquer tema e comecem logo o trabalho. É como no casamento, o amor vem com o tempo.”
É claro que ele estava brincando, mas mesmo assim, ficamos horrorizados. Mas este era um pensamento recorrente entre os mais antigos. Não pensem que sou uma delas, viu? Eu não sou tão antiga assim.
Então vamos contar com isso e pensar que Léia só passou a gostar de Jacó depois que já estava casada com ele. Mas sinceramente, tenho minhas dúvidas.
Pensem naquele primo distante que chega de uma terra mais distante ainda e cai de pára-quedas bem na casa dela. Aí você vai pensar: “Meu primo? Que nojo!” Pensamento correto. O ideal é que primos não se casem por causa de problema de formação dos filhos ou doenças recessivas, mas em muitas culturas casamento entre primos são usuais. Na nossa própria cultura este tipo de união é aceitável.  Até certo ponto, é claro! As tias nunca olham com bons olhos!
Voltando ao primo recém-chegado. “Olha que gato!” Ela deve ter pensado. “E ele é forte e cavalheiro!” Olhem o que certamente ela deve ter ouvido falar sobre ele:
“Perguntou-lhes Jacó:
_  Meus irmãos, donde sois?
Responderam eles:
_ Somos de Harã.
Perguntou-lhes mais:
_ Conheceis a Labão, filho de Naor?
 Responderam:
_ Conhecemos.
Perguntou-lhes ainda:
_ Vai ele bem?
Responderam:
_ Vai bem; e eis ali Raquel, sua filha, que vem chegando com as ovelhas.
Disse ele:
_Eis que ainda vai alto o dia; não é hora de se ajuntar o gado; dai de beber às ovelhas, e ide apascentá-las.
Responderam:
_Não podemos, até que todos os rebanhos se ajuntem, e seja removida a pedra da boca do poço; assim é que damos de beber às ovelhas.
Enquanto Jacó ainda lhes falava, chegou Raquel com as ovelhas de seu pai; porquanto era ela quem as apascentava. Quando Jacó viu a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou-se, revolveu a pedra da boca do poço e deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe.Então Jacó beijou a Raquel e, levantando a voz, chorou.” (Gênesis 24.4-11)
“E ainda é sensível! Acho o máximo rapazes que choram!” Terra chamando Léia!
O problema aqui é que Raquel já tinha visto primeiro. “É meu, ninguém tasca!” É claro que isso não é requisito para que uma menina seja “dona” de um garoto. Mas é uma espécie de acordo entre damas de nossa cultura. OK! Eu sei, tem muita gente desrespeitando esse acordo. Mas o que todas nós esperamos é que seja assim, não é mesmo?
Daí, se o menino não quer, se ele não se mexe, se ele mostra interesse por outra... Tudo bem, está liberado! O problema era que Jacó não estava liberado.
“Jacó, porquanto amava a Raquel, disse:
_ Sete anos te servirei para ter a Raquel, tua filha mais moça.
Respondeu Labão:
_ Melhor é que eu a dê a ti do que a outro; fica comigo.
Assim serviu Jacó sete anos por causa de Raquel; e estes lhe pareciam como poucos dias, pelo muito que a amava.” (Gênesis 29.18-20)
       Gente! O garoto estava apaixonado. Ele trabalhou sete anos de graça pro pai dela e nem viu o tempo passar porque a amava! Que coisa mais fofa!
       Aí está o problema. Garoto apaixonado + Amor correspondido = Garoto indisponível.
       A regrinha é muito simples e não adianta querer tentar novas variantes. Uma pessoa estava sobrando naquela equação e aquela pessoa era a Léia. Ela podia até pensar: “Mas eu sou a mais velha, tenho direito de ...” Procurar outro cara disponível! É o que eu responderia pra ela.
       Ao analisar um casal, muitas meninas pensam. “Mas eu sou mais bonita do que ela.” “Mas eu sou mais velha do que ela.” “Mas eu o conheço a mais tempo.” “ Mas eu combino muito mais com ele.”
Chega de mas, mas. Não é correto se intrometer entre um amor. Muito menos quando este casal já estiver formado: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” (Êxodo 20.17) Aqui também vale as roupas, os sapatos e principalmente os namorados das suas amigas.
       Eu não sei que parcela de culpa Léia teve nesse triângulo amoroso em que viveu com sua própria irmã. Eu não sei se alguma vez ela foi realmente feliz ou se teve que pagar por isto o resto da sua vida. Ela pode até não ter sido a mentora desse crime que seu pai cometeu contra Jacó. Mas ela poderia não ter ficado calada. Teria se poupado de muita dor de cabeça.
       Então, amiga, se você fosse Léia, eu te aconselharia a gritar bem alto:
       _ Alô, rapaz! Antes que seja tarde para nós dois, preciso te avisar uma coisa: Você está com a garota errada!


Rose Amaral

Junho de 2014

E se você fosse... Ismael?

E se você fosse... Ismael?

“Então se levantou Abraão de manhã cedo e, tomando pão e um odre de água, os deu a Agar, pondo-os sobre o ombro dela; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu e foi andando errante pelo deserto de Beer-Seba.” (Gênesis 21.14)
Ei! Espera aí! É isso mesmo que eu estou vendo? Eu estou sendo mandado embora de casa, junto com a minha mãe, apenas com pão e água? Isso só pode ser brincadeira. O meu pai é tão rico! Ele gosta tanto de mim (“Pareceu isto bem duro aos olhos de Abraão, por causa de seu filho”. Gn 21.11).
Eu não acredito que ele vai me deixar partir. Isso é coisa da Senhora. É ela quem quer que eu vá embora! (“Pelo que disse a Abraão: Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não será herdeiro com meu filho, com Isaque”. Gn 21.10)
       Será que ele vai deixar que eu vá embora mesmo? Não! Acho que o meu pai só está fazendo isso para testar a Senhora. Eu sei que na hora em que eu começar a partir ele vai pedir pra que eu fique!
Estou indo, pai! É sua última chance. Estou indo agora! Você vai permitir? Pai, você não me ama mais? Só gosta do outro filho? Lembra quando éramos só nos dois? Você parecia me amar tanto!                                        Será que ele vai pedir pra eu ficar? Será que ele vai pedir pra eu volta?. Será que ele vem me buscar? Mãe, só somos eu e você agora!
       Será que esses foram os pensamentos de Ismael? Será que ele verbalizou alguns deles? O que você faria se estivesse no lugar dele?
Você choraria? Eu sim. Sentiria-se injustiçado? Eu também. Por que teve que ser assim? Por que algumas pessoas tem que pagar pelos erros dos outros?
       Não sabemos os caminhos de Deus. Nem muito menos porque temos que passar por provações neste mundo.
       Pense em Ismael, ainda tão jovem, caminhando com sua mãe, sentindo-se abandonado por seu pai. Talvez Abraão fosse a pessoa que mais Ismael admirasse. E agora ele estava sozinho. Às vezes nos sentimos sozinhos, desprezados, preteridos, deixados para trás.
       Um sentimento de derrota aparece e tudo o que se quer é ficar deitado no escuro. Talvez esse fosse o sentimento de Ismael naquela hora. E quando tudo está tão ruim e ainda piora?


“E consumida a água do odre, Agar deitou o menino debaixo de um dos arbustos,e foi assentar-se em frente dele, a boa distância, como a de um tiro de arco; porque dizia: Que não veja eu morrer o menino. Assim sentada em frente dele, levantou a sua voz e chorou.” (Gênesis 21.15-16)
Agora o jeito é morrer! Meu pai me deixou. Estou cansado, com calor. Com tanta sede e a água acabou! Era só o que me faltava!
Será que ele pensou assim? Será que pensou que ia morrer? Será que pensou que este era seu fim?
“Mas Deus ouviu a voz do menino; e o anjo de Deus, bradando a Agar desde o céu, disse-lhe: Que tens, Agar? não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.Ergue-te, levanta o menino e toma-o pela mão, porque dele farei uma grande nação.E abriu-lhe Deus os olhos, e ela viu um poço; e foi encher de água o odre e deu de beber ao menino.Deus estava com o menino, que cresceu e, morando no deserto, tornou-se flecheiro.” (Gênesis 21.17-20)
       Deus ouviu a voz de Ismael. Deus estava com ele quando seu pai o deixou. Você pode não entender porque Deus permitiu a Abraão mandar Ismael embora (“Deus, porém, disse a Abraão: Não pareça isso duro aos teus olhos por causa do moço e por causa da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque em Isaque será chamada a tua descendência.” Gênesis 21.12)
Deus faz coisas que não entendemos ou não conseguimos explicar. Deus enxerga lá na frente. E se Isaque e Ismael crescessem como inimigos? E se alguma coisa muito ruim acontecesse entre os dois? Nós não sabemos, mas Deus sabe!
Quando Abraão não era mais com Ismael, Deus continuava com ele. (“Deus estava com o menino”. Gênesis 21.20a) Quando ninguém mais estiver com você, lembre-se que Deus estará!
Ismael cresceu e Isaque também. Eu não sei como foi a vida dos dois. Se eles se falavam ou não. Será que convidavam um ao outro para a festa de aniversário dos filhos? Será quee Ismael visitava Abraão ou se  Isaque e Ismael faziam um churrasco juntos e conversavam nas tardes de domingo? O que eu sei é que talvez eles mantivessem algum contato. Duas passagens na Bíblia sugerem isso: “E Abraão expirou, morrendo em boa velhice, velho e cheio de dias; e foi congregado ao seu povo. Então Isaque e Ismael, seus filhos, o sepultaram na cova de Macpela, no campo de Efrom, filho de Zoar, o heteu, que estava em frente de Manre.” (Gênesis 25.8-9)  “Vendo também Esaú que as filhas de Canaã eram más aos olhos de Isaque seu pai,foi-se Esaú a Ismael e, além das mulheres que já tinha, tomou por mulher a Maalate, filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nebaiote” (Gênesis 25.8-9)
É, parece que no final deu tudo certo.  Já ouvi a seguinte frase: “Tudo dá certo no final. Se não deu certo, é porque ainda não chegou o final.”
E se você fosse Ismael? Eu pediria pra você esperar o final.

Rose Amaral

Junho de 2014

Desenhos com versículos bíblicos para colorir








Desenhos com versículos bíblicos para colorir















terça-feira, 17 de junho de 2014

O Livro de Gênesis

O Livro de Gênesis


O Livro de Gênesis é o primeiro livro da Bíblia. Gênesis vem do grego genesis,  que significa origem. A palavra chave deste livro é princípio, porque conta o princípio de tudo. “No princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1.1)
Para se compreender o Livro de Gênesis é necessário considerá-lo no seu dinamismo, lembrando que este livro é um grande conjunto que conta como Deus, no meio das nações, forma para si um povo sobre a terra para dar testemunho dele.
Este livro é um trabalho literário que se prolongou durante várias gerações.
 Gênesis pode ser descrito com exatidão como o livro dos inícios. Pode ser dividido em duas porções principais. A primeira parte diz respeito à história da humanidade primitiva (caps. 1-11).
A segunda parte trata da história do povo específico que Deus escolheu como o Seu próprio (caps.12-50), para si.
O autor apresenta o material de forma extremamente simples. Oferece dez "histórias que podem ser prontamente percebidas segundo o esboço do livro. Algumas dessas histórias são breves e muito condensadas, no entanto, ajudam a completar o conteúdo.
 É bem possível que o autor do livro tenha empregado fontes informativas, orais e escritas, pois seus relatos remontam à história mais primitiva da raça humana. Embora muito se tenha escrito sobre o assunto das possíveis fontes literárias do livro de Gênesis, há muitas objeções válidas que nos impedem de aceitar os resultados da análise destas "fontes".
O livro de Gênesis mostra, por todas as suas páginas, a desmerecida graça de Deus. Por ocasião da criação do mundo, a graça se exibe na maravilhosa provisão preparada por Deus para as Suas Criaturas. “E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” (Gênesis 1.31a)
Na criação do homem, a graça de Deus se manifesta no fato que ao homem foi concedida até mesmo a semelhança com Deus. “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.26 e 27)
A Graça de Deus se evidencia até mesmo no dilúvio. “Disse também Deus a Noé, e a seus filhos com ele: Eis que eu estabeleço o meu pacto convosco e com a vossa descendência depois de vós,e com todo ser vivente que convosco está: com as aves, com o gado e com todo animal da terra; com todos os que saíram da arca, sim, com todo animal da terra.Sim, estabeleço o meu pacto convosco; não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.” (Gênesis 9.8-11)


Abraão foi escolhido, não por merecimento, mas antes, devido ao fato de Deus ser cheio de graça. Em todos os seus contatos com os patriarcas. Deus exibe grande misericórdia: sempre recebem muito mais favor do que qualquer deles poderia ter merecido. Então o anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez desde o céu, e disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e não me negaste teu filho, o teu único filho,que deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua descendência, como as estrelas do céu e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.” (Gênesis 22.15-18)
Há uma outra importante característica do livro de Gênesis que não se pode esquecer, a saber, o modo satisfatório pelo qual responde nossas perguntas sobre as origens. O homem sempre haverá de querer saber como o mundo veio à existência. Além disso, sente bem dolorosamente o fato de que alguma grande desordem caiu sobre o mundo, e gostaria de saber qual a sua natureza; ou seja, preocupa-se em saber como o pecado e todas as suas tremendas consequências sobrevieram.
E, finalmente, o homem precisa saber se existe alguma esperança básica e certa de redenção para este mundo e seus habitantes de que consiste essa esperança, e como veio a ser posse do homem. “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3.15) Jesus é a semente da mulher que pisa na cabeça da serpente. A salvação em Jesus Cristo já nos estava sendo oferecida no começo de Gênesis.

Quanto à autoria, ninguém pode afirmar com absoluta certeza que sabe quem escreveu o livro de Gênesis. Visto que Gênesis é o alicerce necessário para os escritos de Êxodo a Deuteronômio, e visto que a evidência disponível indica que Moisés escreveu esses quatro livros, é provável que Moisés tenha sido o autor do próprio livro de Gênesis. A evidência apresentada pelo Novo Testamento contribui para essa posição (cfe. especialmente João 5:46-47); Lucas 16:31; 24:44). Na tradição da Igreja, o livro de Gênesis tem sido comumente designado como Primeiro Livro de Moisés. Nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa tradição.

Referências:


Holman Study Bible, publicada pela A. J. Holman Co. de Philadelphia, Pa (EUA), cfe. A Bíblia Vida Nova, S.R. Edições Vida Nova, São Paulo, Brasil, 1980.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

O Artista Popular

Objetivo: Identificar nas obras e imagens analisadas a presença do traço e das características do artista popular, como na gravura de cordel.


O Artista Popular




No Brasil, costuma-se chamar de “arte popular” a produção de esculturas e modelagens feitas por homens e mulheres que, sem jamais terem freqüentado escolas de arte, criam obras de reconhecido valor estético e artístico. Seus autores são gente do povo, o que, em geral, quer dizer pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros urbanos e para quem “arte” significa, antes de mais nada, trabalho. 
            O artista popular apresenta os principais temas da vida social e do imaginário, seja por meio da criação de seres fantásticos ou de simples cenas do cotidiano, numa linguagem em que o bom humor, a perspicácia e a determinação têm lugar de destaque. Talvez venha daí seu forte poder de comunicação, que ultrapassa as fronteiras de estilos de vida, situação sócio-econômica e visão de mundo, interessando a todos de maneira indistinta.
            O mundo da arte popular brasileira é o mundo dos costumes, das religiões e festas que se revelam por seu intermédio e lhe servem habitualmente de tema. Sendo bastante complexo e dinâmico. As obras são feitas em todas as regiões do Brasil, e seus autores utilizam os materiais que têm à mão, como barro ou madeira, e ainda outros, como areia, palha, contas, tecidos e penas de aves.
No nordeste brasileiro é marcante a produção de cordéis com ilustrações de xilogravura. As matrizes para impressão das ilustrações são talhadas, quase sempre, na madeira da cajazeira, matéria-prima mole, fácil de ser trabalhada e abundante na região Nordeste do Brasil.
Nas décadas de 1960 e 1970 alguns intelectuais e pesquisadores passaram a publicar uma série de álbuns com gravuras feitas por artistas populares nordestinos. Com isso a xilogravura ganhou o status de arte, além de projeção nacional e internacional. Entre esses álbuns podem ser citados: 20 xilogravuras do Nordeste, organizado por Evandro Rabello, em 1970, com apresentação de Ariano Suassuna.

Para muitas pessoas, prestar atenção nos diversos estilos, cores e materiais que compõem as obras dos artistas populares pode descortinar um mundo de arte desconhecido. Conhecer essa produção também é conhecer melhor o Brasil e os brasileiros.


Atividades


1)    O que se costuma chamar de “arte popular” no Brasil?
2)    Qual é a temática do artista popular?






3)    Que produção artística é marcante no nordeste brasileiro?




4)    Como são feitas as matrizes das xilogravuras nordestinas?






5)    Marque as obras que tem traço da arte popular.







Fonte: http://www.popular.art.br/htdocs/defTexto.asp?artigo=286

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Manifestações Populares da Baixada Fluminense

Objetivo: Valorizar os artistas e as manifestações populares da sua região.

Manifestações Populares da Baixada Fluminense 
            A Baixada Fluminense, periferia da região metropolitana do Rio de Janeiro, vem, aos poucos, reescrevendo a própria história. Sua cultura tem a forte influência dos negros e nordestinos. Portanto, as manifestações populares estão ligadas aos mesmos. São comuns as rodas de samba, o pagode e a capoeira. Outras tradições como Folia de Reis  e Festas Juninas ainda são conservadas. Na culinária há um forte traço afro e nordestino.
Vêm ocorrendo excelentes iniciativas na tentativa de minimizar as desigualdades nas oportunidades de acesso à produção cultural, ora para atender ao crescente interesse da população em apreciar as mais diversas manifestações artísticas.  Dentre estas iniciativas, há os grupos de dança (do maculelê ao clássico), as mostras de teatro (dos amadores aos profissionais), as coletâneas literárias e mostras de música (dos grupos de pagode aos de especialidade erudita), revelando o inquestionável talento desses cidadãos.

            Os artistas da Baixada Fluminense, em suas diferentes segmentações, têm buscado incessantemente conquistar um espaço de convivência sem preocupação partidária ou qualquer bandeira; eles compartilham a condição de viverem numa região periférica e a determinação de que algo extraordinário aconteça. E assim também continuam as ONGs com seus cursos de música, de circo, de dança, de teatro, motivando, empreendendo, oportunizando novos cidadãos, afirmando a beleza de seus cantos, seus gestos, sua arte. A emoção faz parte desse povo que, ao ter a chance de se expressar, deixa transparecer a explosão da alegria e a certeza de seu valor cultural.

Atividades

1)    Que culturas influenciaram a cultura da Baixada Fluminense?


2)    Cite algumas das tradições populares conservadas na Baixada Fluminense.


3)    Os moradores da Baixada tem grande acesso à produção cultural.
(   ) Falso.   (   ) Verdadeiro.

4)    Cite alguns cursos oferecidos por ONGs da Baixada Fluminense.




Fonte: http://www.forumculturalbfluminense.org.br/aarteeaculturadabaixada.html