História das
Assembleias
de Desus
Sumário
I _ Introdução
II -
Gunnar Vingren e Daniel Berg: os pioneiros das Assembleias de Deus
III – A Evangelização no Norte do País
IV _ A fundação da igreja
IV _ A fundação da igreja
V
- O Barco Boas Novas
VI - A propagação no sudeste
VI I - O Jornal Boa Semente e o Mensageiro da Paz
VIII - A Harpa Cristã
IX
– A CPAD
X – A Organização Denominacional
X – A Organização Denominacional
X.1) Convenção Geral das Assembleias
de Deus no Brasil – CGADB -
X.2) Ministério de Madureira (CONAMAD)
XI - Assembleias de Deus nos Estados Unidos da América
XII - As Assembleias de Deus no Mundo
XIII - As Assembleias de Deus na Baixada
Fluminense
XIII.1) A
Propagação das Assembleias de Deus na Baixada Fluminense
XIII.2) O
crescente número das igrejas pentecostais na Baixada Fluminense
XIV - A Doutrina
XV - O Credo
XVI – A Liturgia
XVII - O Batismo
XVII- A Ceia
do Senhor
XVIII - Usos e costumes
XVIII .1)
Ocupação dos assentos
XVIII .2) Quanto
à alimentação
XVIII .3) Quanto
ao vestuário, adereços e outros
XVIII .4) Quanto
ao namoro, noivado e casamento
XVIII .5) Quanto
à cerimônia de casamento
XVIII .6)
Aniversários
XVIII .7)
Cerimônia de corpo presente
XVIII .8) Quanto
às leis do Estado
XVIII .9) Quanto
à diversão e entretenimento
XVIII .10)
Quanto aos esportes
XVIII .11)
Quanto à comemoração das festas tradicionais
XIX - Cargos e
funções
XX- O Centenário das Assembléias de Deus
XXII - Conclusão
XXII -
Referências
I _
Introdução
A Assembleia de
Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar
Vingren e Daniel Berg,
que aportaram em Belém, capital
do Estado do Pará, em 19 de
novembro de 1910, vindos dos Estados
Unidos. A princípio, frequentaram a Igreja
Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Os
missionários suecos traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais
(estranhas) — como a evidência de manifestações que já vinham ocorrendo em
reuniões de oração nos Estados Unidos e também de forma isolada em outros
países, principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu através
de um de seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William
Joseph Seymour, na rua Azuza, Los Angeles,
em 1906.
A nova doutrina
trouxe divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas
assembleias distintas, conforme relatam as atas das sessões , os adeptos do pentecostalismo foram
desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os
missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão
de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem
qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então,
passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de
janeiro de 1918 a nova igreja, por
sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembleia de Deus, em virtude
da fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas,
sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.
A Assembleia de
Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançando o Amazonas e propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas
mais pobres da população.
A influência sueca
teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade
de seus fundadores, e porque a igreja
pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo,
que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e
Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em
seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se
realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembleia de Deus no Brasil
passou a ter autonomia interna, sendo administrada exclusivamente pelos
pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a
igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior
colaboração das Assembleias
de Deus dos Estados Unidos através
dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta
com a estruturação teológica da denominação.
II -
Gunnar Vingren e Daniel Berg: os pioneiros das Assembleias de Deus
Era a chamada “febre dos Estados Unidos”. Embora a situação tivesse melhorado, Daniel viajou para lá em 1902, com 18 anos, e Gunnar, no ano seguinte, com 24.
Os
dois se conheceram em uma igreja sueca em Chicago, no ano de 1909, dez anos
depois da morte do famoso evangelista Dwight L. Moody, que viveu naquela
cidade. A essa altura, Gunnar já tinha feito teologia em um seminário batista
sueco e pastoreava uma igreja em Menominee, no Michigan, e Daniel trabalhava em
uma quitanda em Chicago.
Em
uma conferência realizada na Primeira Igreja Batista Sueca de Chicago, Gunnar
passou pela experiência do chamado batismo com o Espírito Santo e falou em
línguas. A partir daí, começou a pregar a doutrina pentecostal; porém, metade
da igreja de Menominee não o quis mais como pastor. Assumiu, então, o pastorado
de outra igreja batista sueca, dessa vez em South Bend, na fronteira de Indiana
com Michigan, e a transformou em uma igreja pentecostal. Uma de suas ovelhas
era Adolf Ulldin, que, pouco depois,
anunciou-lhe o que ouvira da parte de Deus a respeito de seu ministério
além-mar.
Por
inspiração do Espírito Santo, Daniel foi visitar Gunnar em South Bend e ali
ouviu a mesma profecia, que também foi dirigida a ele. Em obediência à
orientação recebida, ambos viajaram para Nova York e lá encontraram, de fato, o
navio Clement, que sairia na data indicada por Adolf: 5 de novembro de 1910. Compraram
uma passagem de terceira classe. Duas semanas depois, com 90 dólares no bolso,
desembarcaram em Belém do Pará, sem saber uma palavra em português e sem alguém
para recebê-los no porto. Assim começou a obra das Assembleias de Deus no
Brasil.
Enquanto
as denominações protestantes históricas começaram seu trabalho na região
Sudeste (congregacionais, presbiterianos, metodistas e salvacionistas), no Rio
Grande do Sul (luteranos e episcopais) e na Bahia (batistas), a Assembleia de
Deus começou no extremo Norte do país. Os missionários pioneiros eram todos
suecos, ao contrário do que acontecia da Bahia para o Sul, onde quase todos
eram americanos e britânicos.
O Pará é 2,7 vezes maior que a Suécia, que tinha, na época, mais de 5,5 milhões de habitantes. Em vez das precisas quatro estações, com as quais estavam acostumados, Gunnar e Daniel encontraram aqui um verão contínuo. Na Suécia, eles adoravam participar da festa que celebrava a volta do verão, entre os dias 19 e 26 de junho, dançando a noite toda ao redor de mastros com enfeites coloridos. Os dois jovens missionários chegaram ao Pará exatamente quando começou o declínio da economia na Amazônia, devido à queda da produção de borracha, provocada pelos mercados asiáticos.
Gunnar e Daniel eram muito diferentes no aspecto físico e nos dotes pessoais. Cinco anos mais jovem, Daniel tinha muita saúde e resistência física. Era “um ganhador de almas incomum”, como diz Geziel Gomes. Praticava com sucesso a colportagem (venda de Bíblias) e o evangelismo pessoal de casa em casa, quase de ilha em ilha, e “de enfermaria em enfermaria”, quando já tinha 78 anos e estava internado em um hospital na Suécia. Além da mala cheia de Bíblias e folhetos, carregava sempre o violão, ao som do qual cantava hinos em português e em sueco para evangelizar. Em compensação, Gunnar era mais preparado e se tornou, naturalmente, o líder do trabalho. Ele era quem mais pregava, quem mais batizava e quem ia consolidando e ampliando a obra com a organização de novos pontos de pregação e congregações. Morreu trinta anos antes de Daniel, quando faltava um mês e meio para completar 54 anos.
O Pará é 2,7 vezes maior que a Suécia, que tinha, na época, mais de 5,5 milhões de habitantes. Em vez das precisas quatro estações, com as quais estavam acostumados, Gunnar e Daniel encontraram aqui um verão contínuo. Na Suécia, eles adoravam participar da festa que celebrava a volta do verão, entre os dias 19 e 26 de junho, dançando a noite toda ao redor de mastros com enfeites coloridos. Os dois jovens missionários chegaram ao Pará exatamente quando começou o declínio da economia na Amazônia, devido à queda da produção de borracha, provocada pelos mercados asiáticos.
Gunnar e Daniel eram muito diferentes no aspecto físico e nos dotes pessoais. Cinco anos mais jovem, Daniel tinha muita saúde e resistência física. Era “um ganhador de almas incomum”, como diz Geziel Gomes. Praticava com sucesso a colportagem (venda de Bíblias) e o evangelismo pessoal de casa em casa, quase de ilha em ilha, e “de enfermaria em enfermaria”, quando já tinha 78 anos e estava internado em um hospital na Suécia. Além da mala cheia de Bíblias e folhetos, carregava sempre o violão, ao som do qual cantava hinos em português e em sueco para evangelizar. Em compensação, Gunnar era mais preparado e se tornou, naturalmente, o líder do trabalho. Ele era quem mais pregava, quem mais batizava e quem ia consolidando e ampliando a obra com a organização de novos pontos de pregação e congregações. Morreu trinta anos antes de Daniel, quando faltava um mês e meio para completar 54 anos.
Gunnar Vingren, Daniel Berg e a geração de pastores nacionais que surgiu com eles não anunciavam apenas Jesus. Pregavam “a salvação em Jesus e o batismo com o Espírito Santo”. Esta era “a mensagem completa do evangelho”. Tal pregação certamente encontrava guarida entre os cristãos que, à semelhança dos discípulos de Éfeso, nem sequer sabiam da existência do Espírito Santo (At 19.2), por culpa da omissão de seus pastores. Encontrava guarida também entre os cristãos cujos pastores atribuíam toda honra ao Espírito Santo sem, contudo, usar a nomenclatura teológica dos pentecostais.
Por
certo período houve muito desgaste emocional e de tempo por causa do atrito
entre as denominações plantadas na segunda metade do século XIX e as
Assembleias de Deus. Houve atitudes precipitadas, exageros e falta de amor de
ambas as partes. O encarregado da congregação batista de Belém, Raimundo Nobre,
acolheu os dois suecos no porão de sua casa e permitiu a participação deles nos
cultos, o que redundou na divisão da igreja. Aborrecido e preocupado com a
situação, Raimundo escreveu um folheto de 27 páginas contra a pregação de
Gunnar e Daniel, e mandou imprimir 20 mil exemplares, que foram enviados para
as igrejas evangélicas de todo o Brasil.
Gunnar
ensinava que a prova do batismo com o Espírito Santo era falar em línguas. Anos
depois, a declaração de fé oficial das Assembleias de Deus amenizou a questão,
afirmando que falar em outras línguas conforme a vontade soberana de Deus é
evidência do batismo com o Espírito. Da parte dos pentecostais, havia muita
ênfase em línguas, revelações, curas e milagres. Daniel chamou de milagre o
fato de um peixe ter pulado para dentro do barco quando os passageiros estavam
com muita fome.
IV _ A fundação da igreja
A primeira igreja pentecostal foi organizada em 18 de junho de 1911, seis meses depois da chegada dos dois suecos ao Pará, com o nome de Missão da Fé Apostólica, o mesmo nome dado por William Seymour à igreja da rua Azuza, em Chicago, cinco anos antes. O nome Assembleia de Deus foi adotado seis anos e meio depois, em janeiro de 1918.
Nenhuma
denominação evangélica experimentou um crescimento tão rápido e tão grande como
as Assembleias de Deus. Nos quatro primeiros anos (1911-1914) houve 384
batismos “nas águas”. No final da primeira década, a nova denominação estava
estabelecida em sete estados das regiões Norte (Pará e Amazonas) e Nordeste
(Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas). Na década de 20,
os assembleianos ocuparam os demais estados do Norte e Nordeste e começaram o
trabalho nas regiões Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e
Sul (Paraná e Rio Grande do Sul). Em 33 anos de história (de 1911 a 1944), já
estavam instalados em todos os estados da Federação. Na ocasião da 8ª Convenção
Nacional das Assembleias de Deus, realizada em São Paulo, em 1947, o Brasil já
era contado como o terceiro país em número de crentes pentecostais em todo o
mundo, com 100 mil fiéis batizados.
V - O Barco Boas Novas
No
Marajó, foi estabelecido um importante trabalho missionário.No ano de 1914,
Daniel Berg visitou Caviana, sendo bem recebido até por pessoas
não-evangélicas. Ali, os irmãos oraram ao Senhor pedindo um barco, e Deus tocou
o coração de um fazendeiro da ilha para ofertar a embarcação. O barco recebeu o nome de "Boas
Novas" e foi o primeiro meio
de transporte utilizado para evangelização pela Assembléia de Deus no Brasil.
VI
- A propagação no sudeste
A Assembleia de Deus no Brasil
expandiu-se pelo estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagou-se para o
Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através
de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos
voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de
Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, em
1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão, através de
um folheto evangelístico, de Paulo Leivas Macalão, filho de um general e
precursor do assim conhecido Ministério de Madureira.
VI
I - O Jornal Boa Semente e o Mensageiro
da Paz
As primeiras lideranças
demonstraram um admirável empreendorismo e nove anos após seu início, na cidade
de Belém do Pará, já haviam fundado um pequeno jornal doutrinário. A
preocupação com a unidade se materializa no cuidado demonstrado quanto à
fundação e manutenção de um veículo que propagasse as doutrinas centrais do
segmento, e foi dentro desta perspectiva que surgiria em 1919 o jornal Boa
Semente. O Boa Semente, primeiro jornal do segmento, reinaria absoluto até 1929
quando surgiu o Som Alegre, jornal de vida relativamente curta, pois duraria
cerca de um ano, saindo de circulação juntamente com o Boa Semente. Os dois
jornais deixariam de existir e dariam lugar a um periódico único, O Mensageiro
da Paz.
O papel do Mensageiro da Paz nesse projeto de
criação de identidade fica claro quando na Convenção Geral das Assembléias de
Deus de 1936, atendendo a uma solicitação enviada através de carta pelo
missionário norte-americano Virgil Smith, na qual manifestava o desejo de
unir-se às Assembléias de Deus, a convenção delibera aceitá-lo impondo
entretanto a condição de que o missionário desistisse da idéia de colocar um
novo jornal em circulação, já que a convenção reunida em 1930 havia decidido
que apenas um jornal circularia e seria o órgão oficial das Assembléias de
Deus.
O primeiro número do
Mensageiro da paz saiu no dia primeiro de Dezembro de 1930 com um texto
explicativo, onde o jornal se apresenta como o órgão oficial das Assembléias de
Deus no Brasil. O jornal era dirigido pelos missionários suecos Gunnar Vingren
e Samuel Nystrom e era redigido por Frida Vingren e Carlos Brito. Como podemos
perceber a participação dos missionários suecos era marcante durante as
primeiras décadas após a fundação da denominação protestante.
VIII - A Harpa
Cristã
A Harpa Cristã é
o hinário oficial
das Assembleias
de Deus no Brasil, foi lançada em
1922. Ela foi especialmente organizada com o objetivo de enlevar o cântico
congregacional e proporcionar o louvor a Deus em diversas liturgias da igreja:
culto público, santa ceia, batismo, casamento, apresentação de criança, etc.
Na elaboração dos hinos,
muito contribuiu o missionário Samuel
Nyström. Como não tivesse perfeito conhecimento da língua portuguesa, ele traduziu,
literalmente, diversas letras da hinódia escandinava. Para que os poemas fossem
adaptados às suas respectivas músicas,
foi necessário que o Pastor Paulo Leivas Macalão empreendesse
semelhante tarefa. Por isso, tornou-se o Pastor Macalão,
fundador do Ministério
de Madureira, no principal compositor e adaptador do hinário oficial
da Igreja Assembleia de Deus.
IX – A CPAD
X – A Organização Denominacional
As Assembleias de
Deus brasileiras estão organizadas em forma de episcopado não-territorial, onde
cada Ministério é constituído pela igreja-sede com suas respectivas filiadas,
congregações e pontos de pregação (subcongregações). O sistema de administração
é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, onde os
assuntos são previamente tratados pelo ministério (Convenção local), com forte
influência da liderança pastoral,
e depois são levados às assembleias para serem referendados apenas. Os pastores
das Assembleias de Deus podem estar ligados ou não às convenções estaduais, e
estas se vinculam a uma convenção de âmbito nacional.
As Assembleias de
Deus iniciaram cedo seu trabalho missionário, em 1913 enviou um evangelista a Portugal. Desde
a década de 1990 os diversos ministérios expandiram em áreas cada vez mais
distantes de suas igrejas-mães, plantando igrejas em comunidades imigrantes
brasileiras nos Estados
Unidos, Europa, Japão, América
Latina ou
em novas iniciativas missionárias na África e Ásia.
Desde a década de
1980, por razões administrativas, a Assembleia de Deus brasileira tem passado
por algumas cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios,
com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos
ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde
os idos de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958,
serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido,
até a sua morte, no final de 1982. Particularmente na América do Sul, hoje
existem muitas Assembleias de Deus autônomas e independentes.
A Convenção Geral
das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) possui sede no Rio
de Janeiro (RJ),
esta se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o
princípio deu corpo organizacional à igreja. A CGADB em 2000 contava com cerca
de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do Iser) e centenas de
missionários espalhados pelo mundo.
A CGADB é
proprietária da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), com sede no
Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica
brasileira. A CGADB também é proprietária da Faculdade Evangélica de
Tecnologia, Ciências e Biotecnologia (Faecad), sediada no mesmo Estado, e que
oferece os seguintes cursos em nível superior: Administração, Comércio
Exterior, Marketing, Teologia e Direito. E no selo Fonográfico a CGADB é
proprietária da Patmos
Music gravadora
que tem sede e estúdios também no Rio
de Janeiro (RJ),
que tem em seu casting de artistas, dezenas de cantores e cantoras.
A CGADB é
constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios.
Alguns ministérios cresceram de tal forma que se tornaram denominações de fato,
com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções
regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o
Ministério do Belém, que possui cerca de 2.200 igrejas concentradas no
centro-sul e com sede no bairro do Belenzinho na capital paulista, sendo
atualmente (2013)
presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa,
que sucedeu o pastor Cícero Canuto de Lima, que também presidiu a CGADB.
X.1)
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB -
A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal (RN), em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929. A primeira Assembleia Geral da Convenção Geral foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembleia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de Deus no Brasil para os pastores brasileiros. Nesta mesma reunião decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do Evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de Deus em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembleias de Deus no Brasil.
As primeiras resoluções emanadas em Assembleias Convencionais de pastores das Assembleias de Deus foram emitidas nas Assembleias Gerais dos anos de 1933 a 1938. Entre os anos de 1938 e 1945, com o transcorrer da 2ª Grande Guerra Mundial, os líderes da denominação tiveram enormes dificuldades de se locomover pelo país e por causa desse fator não foi realizada nenhuma assembleia convencional durante esse período.
X.2) Ministério de Madureira
(CONAMAD)
A Assembleia de Deus em Madureira foi fundada na década de
1930 pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação
nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.
À medida que os anos se passavam, os
pastores do Ministério de Madureira, sob a presidência vitalícia do pastor
(hoje bispo) Manuel Ferreira, se distanciavam das normas administrativas da Convenção
Geral das Assembleias de Deus no Brasil,
segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma assembleia
geral extraordinária em Salvador, Bahia, em setembro de 1989, onde esses
pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não
concordarem com as exigências que lhes eram feitas foram excluídos pela
Diretoria da CGADB. Desta forma tornou-se completamente independente da CGADB a
Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira
(CONAMAD)
XI
- Assembleias de Deus nos Estados
Unidos da América
A Assembléia de Deus é
a maior denominação pentecostal do mundo com aproximadamente 52,5 milhões de
membros. O país com o maior número de membros é o Brasil com 8,4 milhões de
membros (só 3,6 milhões são associados com a sede dos EUA e o World Assemblies
of God Fellowship).
Tradicionalmente
reconhece-se o começo do movimento pentecostal contemporâneo como tendo início
no ano 1906 em Los Angeles, nos Estados Unidos, na Rua Azuza, onde houve um
grande avivamento caracterizado, principalmente, pelo "batismo com o
Espírito Santo" evidenciado pelos dons do Espírito (glossolalia, curas
milagrosas, profecias, interpretação de línguas e discernimento de espíritos).
Devido à projeção que ganhou na mídia, o avivamento
na Rua Azuza rapidamente cresceu e, subitamente, pessoas de todos os lugares do
mundo foram conhecer o movimento. No começo, as reuniões na Rua Azuza
aconteciam informalmente, eram apenas alguns fiéis que se reuniam em um velho
galpão para orar e compartilhar suas experiências, liderados por William
Seymour (1870-1922). Rapidamente, grupos semelhantes foram formados em muitos
lugares dos EUA, mas, com o rápido crescimento do movimento, o nível de organização
também cresceu até o grupo se denominar Missão da Fé Apostólica da Rua Azuza.
Surgiram
grupos independentes que emergiram em denominações, como as Assembléias de
Deus. Também algumas denominações já estabelecidas adotaram doutrinas e
práticas pentecostais, como é o caso da Igreja de Deus em Cristo.
XII
- As Assembleias de Deus no Mundo
Ao todo, as Assembleias de Deus têm 64 milhões de membros espalhados
no mundo e 363.450 ministros, divididos entre 351.645 igrejas e presentes em
217 países. O Brasil lidera essa lista com 22,5 milhões de membros, de acordo
com as estimativas da igreja nos EUA, seguido pela Coréia
do Sul com 3,1 milhões .
Na América Latina e Caribe,
o número de membros chega a 28,8 milhões, o equivalente a 45% do total de
assembleanos presentes no planeta. Estes números são alcançados graças ao
grande avanço da Assembleia de Deus no Brasil, que detém
um pouco mais de 78% desse total. As estimativas apontam ainda mais de 35 mil
ministros e mais de 100 mil templos espalhados por todo o país.
Em Portugal, a história
desta denominação pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram os missionários
portugueses emigrados do Brasil, José Plácido da Costa (1913) e José de Matos
Caravela (1921), que deram início às ações que resultaram na fundação das
Assembléias de Deus em Portugal.
A primeira igreja
Assembleia de Deus em Portugal foi fundada na cidade de Portimão, em 1924, pelo
missionário José de Matos, também responsável pela fundação das igrejas do
Algarve, Santarém e Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários
suecos e o esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras
igrejas em várias cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do
missionário sueco Daniel Berg; Évora, em 1932, pela ação da evangelista Isabel
Guerreiro; e Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt.
Da ação missionária das
Assembleias de Deus em Portugal deu-se a expansão da igreja aos territórios
ultramarinos, a exemplo de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e
Timor Leste; os quais posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram
suas igrejas Assembleias de Deus nacionais em fraterna relação com as co-irmãs
portuguesas.
Em Portugal o ramo principal
é a Convenção das Assembleias de Deus em Portugal, com quase 400 igrejas, a
maior denominação protestante no país. Além da CADP, existem outras denominações
organizadas em Portugal, originárias de imigrantes brasileiros ou cismas da
CADP, que adotam o mesmo nome, como a Assembléia de Deus Missionária;
Assembléia de Deus Universal; Convenção Nacional das Assembléias de Deus;
Igreja de Nova Vida - Assembléia de Deus da Amadora.
Na
Grã-Bretanha e Irlanda: Organizada em 1924, a Assemblies of
God in Great Britain and Ireland cresceu
sob a influência do pastor Donald Gee. Reúne hoje cerca de 600 igrejas locais e
possui uma rede de missionários atuando em vários continentes. Uma
característica da AGGBI é a prática da Santa Ceia semanalmente.
XIII
- As Assembleias de Deus na Baixada Fluminense
XIII.1)
A Propagação das Assembleias de Deus na Baixada Fluminense
A Baixada Fluminense concentra um grande número de
evangélicos, grande parte deles pertencentes à Assembelia de Deus. Nos 13
municípios, são mais de um 1,3 milhão de fiéis, segundo o Censo 2010. Nove
cidades têm maioria evangélica. Seropédica lidera o ranking com 44% da
população seguidores da religião.
Apesar deste grande número, o registro histórico
destas igrejas é bem pequeno. Não há um vasto material, nem mesmo na Internet.
Igrejas com mais de cinquenta anos de ministério são
encontradas na Baixada Fluminese. É muito comum entre as Igrejas assembleianas
o processo de emancipação. Uma igreja inicia seus trabalhos sob a tutela de
outra, chamando-se congregação. Com o passar do tempo, essas congregações
tornam-se mais independentes e em grande parte pedem a emancipação, tornam-se
elas mesmas igrejas mães ou sedes.
Nesse processo, os ministérios acabam tendo que
refazer a própria história. Algumas igrejas de Queimados e Austin são oriundas
do ministério de Paracambi.
O Ministério de Paracambi já existia nas primeiras
décadas do século passado e propagou o evangelho pelas cidades próximas. Conforme
documento encontrado, a Igreja Evangélica Assembelia de Deus em Austin, foi
fundado por este ministério, neste documento se encontra a transcrição nº
38.449, de 02 de agosto de 1961, originária da Escritura de Compra e Venda,
lavrada em julho do mesmo ano, pela qual a Igreja Evangélica Assembleia de
Deus, representada por seu pastor presidente Augustinho Valério de Souza,
adquiriu uma área de terras na estrada Tinguá. Depois de emancipada, em finais
da década de setenta, esta igreja teve como presidente o Pastor Irineu Francisco
de Paula, seu fundador, sucedido por Dorvano do Amaral e agora por Rogério
Costa do Amaral.
Segundo relatos, a 1ª Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Austin, presidida pelo Pastor José Augusto, também é oriunda
do ministério de Paracambi. Começando seu ministério com o Pastor Albino, sendo
sucedido pelo pastor Vicente Donato.
A Igreja Evangélica
Assembleia de Deus da Linha Velha ainda é filial de Parambi, já funcionava em
1961, sob a direção do Presbítero Manoel Rosa, mantida pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus em
Austin, do Pastor Irineu Francisco de Paula, a qual esta igreja estava
subordinada.
Dorvano do Amaral foi sucedido pelo Pastor Antonio
Silva, que ficou lá até 1983, a fim de assumir sua Igreja em Queimados, por
emancipação de Paracambi.
O ministério de Mesquita também é muito antigo, e já
existia nos meados do século passado.
Em Queimados são muito antigas, a maioria já existia nos
meados do século passado, as igrejas que em finais do século passado eram
conhecidas como Igreja do Rosalvo Dantas, do Manuel Ribeiro e do Peregrino,
pastores que as presidiam na época.
XIII.2) O crescente número das
igrejas pentecostais na Baixada Fluminense
Alguns acreditam que este crescente número se deva ao
fato da baixa renda da população, já que as igrejas promovem o acesso ao lazer
com festividades, louvores e passeios. Ela ajuda a ressocializar o jovem que
teve a vida perdida.
Na tentativa de afastar os jovens do caminho do
“mundo”, como dizem os cristãos, vale até esticar o funcionamento da igreja. No
bairro Campo Lindo, a Assembleia de Deus Ministério de Missões é conhecida como
a “igreja das onze” porque encerra as atividades às 23h.
— Se os jovens vão lanchar num lugar onde ficarão expostos ao álcool
ou às drogas, por exemplo, é melhor que lanchem aqui — explicou o pastor José
Félix, presidente do templo.
XIV
- A Doutrina
As Assembleias de Deus
são uma comunidade protestante, segundo os princípios da Reforma Protestante
pregada por Martinho Lutero, no século 16, contra a Igreja Católica. Cremos que
qualquer pessoa pode se dirigir diretamente a Deus baseada na morte de Jesus na
cruz. Este é um relacionamento pessoal e significativo com Jesus. Embora
sejamos menos formais em nossa adoração a Deus do que muitas denominações
protestantes, a Assembléia de Deus se identifica com eles na fundamentação
bíblica-doutrinária, com exceção da doutrina pentecostal (Hebreus 4.14-16;
6.20; Efésios 2.18).
As Assembleias de Deus
são uma igreja evangélica pentecostal que prima pela ortodoxia doutrinária.
Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática, acha-se comprometida com
a evangelização do Brasil e do mundo, conformando-se plenamente com as
reivindicações da Grande Comissão.
A doutrina que
distingue as Assembléias de Deus de outras igrejas diz respeito ao batismo no
Espírito Santo. As Assembléias de Deus crêem que o batismo no Espírito Santo
que concede aos crentes vários benefícios como estão registrados no Novo
Testamento. Estes incluem poder para testemunhar e servir aos outros; uma
dedicação à obra de Deus; um amor mais intenso por Cristo, sua Palavra, e pelos
perdidos; e o recebimento de dons espirituais (Atos 1.4,8; 8.15-17).
As Assembléias de Deus
crêem que quando o Espírito Santo é derramado, ele enche o crente que fala em
línguas estranhas como aconteceu com os 120 crentes no Cenáculo, no Dia de
Pentecostes. Embora esta convicção pentecostal seja distintiva, as Assembléias
de Deus não a têm como mais importante do que as outras doutrinas (Atos 2.4).
O seu Credo de Fé
realça a salvação pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do
batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança na
segunda vinda do Senhor Jesus. Consciente de sua missão, as Assembléias de Deus
não se prevalecem do fato de ter, segundo dados do IBGE (Censo 2000), mais de
oito milhões de membros. Apesar de sua força e penetração social, optou por
agir profética e sacerdotalmente. Se por um lado, protesta contra as
iniqüidades sociais, por outro, não pode descuidar de suas responsabilidades
intercessórias.
XV
-
O Credo:
De acordo com o credo
das Assembléias de Deus, entre as verdades fundamentais da denominação, estão a
crença:
1) Num
só Deus eterno subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
2) Na
inspiração verbal da Bíblia Sagrada, considerada a única regra infalível de fé
normativa para a vida e o caráter cristão.
3) Na
concepção virginal de Jesus Cristo, na sua morte vicária e expiatória,
ressurreição corporal e ascensão para o céu.
4) No
pecado que distancia o homem de Deus, condição que só pode ser restaurada
através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.
5) Arrebatamento
dos membros da Igreja para a Nova Jerusalém em breve com a volta de Cristo.
6) Na
necessidade de um novo nascimento pela fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante
do Espírito Santo e da Palavra de Deus para que o homem se torne digno do Reino
dos Céus;
7) A
denominação pratica o batismo em águas por imersão do corpo inteiro, uma só
vez, em adultos, em nome da Trindade; a celebração, sistemática e continuada,
da Santa Ceia; e o recebimento do batismo no Espírito Santo com a evidência
inicial do falar em outras línguas, seguido dos dons do Espírito Santo.
8) A
exemplo da maioria dos cristãos, os assembleianos aguardam a segunda vinda
premilenial de Cristo em duas fases distintas: a primeira, invisível ao mundo,
para arrebatar a Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; e a segunda,
visível e corporal com a Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo por mil
anos, sendo portanto dispensacionalista.
9) Ainda,
nesse corolário de fé, os assembleianos esperam comparecer perante o Tribunal
de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa do
Cristianismo, seguindo-se uma vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e
de tormento para os infiéis.
XVI
– A Liturgia
Os cultos da Assembléia
de Deus se caracterizam por orações, cânticos (músicas gospel e hinos
evangélicos clássicos), testemunhos e pregações, onde muitas vezes ocorrem
manifestações dos dons espirituais, como profecias, visões e revelações.
1) Possui
dias e horários específicos, sendo o principal deles no Domingo (o culto público)
por volta das 19:00h, e o de Ensinamento Bíblico (a Escola Bíblica Dominical,
com divisão de classes por idade aos Domingos por volta das 09:00h.
2) Os
cultos e trabalhos tem duração média de 2 horas, sendo divididos em:
3) Oração
inicial - Normalmente um obreiro ou pastor faz uma oração pedindo a bênção de
Deus.
4) Cânticos
iniciais - Utilizando-se da Harpa Cristã (um livreto de Hinos Evangélicos
Clássicos), cantam-se em média 03 hinos.
5) Leitura
de trecho bíblico (ou Palavra Introdutória) - Neste momento a leitura do trecho
bíblico é inspirada pelo Espírito Santo, no qual o culto será direcionado como
um todo com base nesse trecho.
6) Oportunidades
de Cânticos por Grupos de Jovens, Crianças, Senhoras, Adolescentes, Corais,
Grupos e Ministérios de Louvor.
7) Oportunidades
de Testemunhos por Membros - Momento no qual os membros contam o que Deus mudou
em suas vidas e vem fazendo atualmente por eles.
8) Leitura
Bíblica e Pregação - na qual um pastor, um membro da igreja local, ou um
pregador ou pastor convidado fará a pregação (sermão) explicando a passagem
bíblica para toda a igreja.
9) Apelo
- Convite aos que não são evangélicos a aceitarem a Jesus como seu único e
suficiente Salvador.
10) Cântico
de Encerramento.
11) Oração
Final.
12) Bênção
Apostólica.
Obs: Nem todos os
ministérios das Assembléias de Deus seguem esta liturgia. É importante lembrar
que atualmente muitas Assembléias de Deus adotam linha litúrgica
contextualizada de louvor e condução dos cultos, bem próximos das liturgias
praticadas pelas Comunidades Evangélicas e Igrejas de Nova Vida em geral.
XVII
- O Batismo
1) É
vetado o batismo de bebês e crianças pequenas. Bebês e crianças pequenas são
consagrados ao Senhor numa cerimônia simples (que tem o nome de apresentação)
onde o sacerdote lê uma passagem bíblica (geralmente ), pega a criança no colo e ora por ela.
Nesta cerimônia, só os pais acompanham a criança no altar ou diante dele. Não
há a presença de padrinhos ou madrinhas. Crianças assembleianas não têm padrinhos.
Esta cerimônia é muito rápida e não há um dia especial para ela, sendo feito
geralmente nos minutos finais do culto. Os assembleianos não costumam fazer uma
festa de comemoração depois disso. Atualmente, as igrejas costumam entregar um
certificado aos pais da criança, mas este certificado não é regra.
2) É
vetado o batismo de pessoas que mantém uma união matrimonial não oficializada.
3) O
batismo só é feito mediante ao pedido espontâneo. Pessoas não são batizadas
contra a vontade.
4) Os
jovens costumam pedir o batismo entre 12 e 15 anos, mas não sendo uma regra, a
faixa etária pode variar para menos ou mais.
5) Como
crianças não são batizadas, não há confissão de fé no modelo da crisma
católica. Crianças criadas nos dogmas das Assembleias de Deus costumam aceitar
a Jesus (confissão de fé) em qualquer idade. Na adolescência batizam-se
espontaneamente e só então tomam a primeira comunhão. Da mesma foram o fazem os
novos conversos.
XVII- A Ceia do Senhor
Jesus Cristo nasceu sob a lei dada por Moisés; quando Jesus
nasceu ainda imperava o tempo da lei. E Jesus guardou a lei, observando os seus
mandamentos e suas festas.
Mateus 26.17- E, no primeiro dia da Festa dos
Pães Asmos, chegaram os discípulos junto de Jesus, dizendo: Onde queres, que
preparemos a comida da Páscoa?
E foi num cenáculo, durante a Páscoa, na véspera da crucificação de Jesus, que
os discípulos se reuniram juntamente com Jesus para comerem a Páscoa.
Durante 15 séculos desde Êxodo 12, o povo de Israel tinha guardado a Páscoa.
Jesus na noite em que foi traído comeu, em um sentido real, a última Páscoa. A
partir desse momento a festa da Páscoa, deu lugar à Ceia do Senhor.
1) O que é a Santa Ceia? É uma Festa Memorial.
I Co.11.24- Fazei isto em memória de mim.
I Co.11.26- Porque, todas as vezes que comerdes
este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.
2) A
Santa Ceia é um momento de lembrança do sacrifício de Cristo.
3) A Santa Ceia é a Comunhão do Corpo e do
Sangue de Cristo. I Co.10.16- Porventura,
o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão
que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
4) A
Santa Ceia é um laço de comunhão entre a cabeça e seus membros.
5) A
Santa Ceia é um grande momento de liberação de perdão. Só se deve participar da
Santa Ceia com um coração limpo.
6) Até Quando A Santa Ceia Será Celebrada?
Até que Ele Venha.
I Co.11.26- Porque, todas as vezes que comerdes
este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.
A Igreja do Senhor mantém viva esta esperança da volta de Jesus na celebração
da Santa Ceia.
-
Cada vez que tomamos a Ceia do Senhor, estamos anunciando que Ele virá buscar a
sua Igreja. A cada Santa Ceia a esperança é renovada. Por isso o cristão não
pode deixar de tomar a Santa Ceia.
7) Jesus nos Deu uma Palavra Profética. V.29- E digo-vos que, desde agora, não
beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no
Reino de meu Pai.
Jesus prometeu tomar a Ceia conosco na Glória. Quando Jesus
fala: Até àquele Dia; Ele está falando da Ceia das Bodas do Cordeiro que
acontecerá no Céu, depois do arrebatamento da Igreja.
-
As Bodas do Cordeiro são a festa de casamento do Noivo (Cristo) com a Noiva (A
Igreja).
8) Quem Pode Participar da Santa Ceia e Como
Participar?
a-
A
Santa Ceia é para os Salvos: Aqueles
que aceitaram a Jesus como salvador de suas vidas e confirmaram a sua aliança
com Jesus, através do batismo nas águas. V.27- Bebei dele
todos.
b-
O Salvo
deve participar Dignamente.
c-
I Co.11.27- Portanto, qualquer que comer este
pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será culpada do corpo e do
sangue do Senhor. Não é de qualquer maneira; a Ceia é um banquete
espiritual.
d-
O Salvo
deve participar Reverentemente. Com reverência ao Senhor. Cada um
examinando a si mesmo. I Co.11.28- Examine-se, pois, o homem a si
mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice. O cristão deve
participar da Santa Ceia fazendo um exame em sua vida: Se está vivendo em
comunhão com o Senhor ou não. Se temos algo que nos condene, devemos nos
consertar primeiro, e então comer do pão e beber do cálice.
e-
A Ceia é mais que uma reunião de cristãos; é uma
comunhão no sentido vertical, com Deus; e no sentido horizontal, com os irmãos.
É a festa da família de Deus. Ef.2.19- Assim que já não sois estrangeiros,
nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus.
9) A
Santa Ceia é constituída de pão e vinho (suco de uva, já que os assembleianos
não tomam bebida alcoólica.
XVIII
- Usos e costumes
Alguns usos e costumes que já foram ou
ainda são adotados pelos assembleianos.
XVIII
.1) Ocupação dos assentos:
Apesar
de não ser uma regra rígida e não ser consideração como veto, é costume os
seguintes procedimentos na Assembleias de Deus:
a) Pastores,
evangelistas e presbíteros sentam-se na
tribuna.
b) Diáconos
e auxiliares de trabalho sentam-se na nave, no entanto, em algumas igrejas,
costumam senta-se num banco próximo a tribuna.
c) Mulheres
não sentam-se na tribuna, mas podem ocupá-la, ou não, no momento que receberem
oportunidade para cantar, dar testemunho ou pregar.
d) Homens
e mulheres sentam-se em lugares separados.
e) Grupos
como união feminina, jovens, crianças e adolescentes também sentam-se em
lugares separados. No caso dos jovens, mesmo separados em um grupo, moças
costumam ocupar os assentos da frente e rapazes o de trás. Alguns corais
sentam-se em grupo separado, mas vale a regra dos jovens, já que são separados
por vozes (soprano e contralto para mulheres e baixo e tenor para os homens.
Crianças sentam misturadas, mas em algumas igrejas costumam adotar o mesmo
formato dos jovens. O único grupo em que mulheres e homens sentam-se misturados
é a banda de música, que tem caído em desuso nas últimas décadas), já que se
assento de acordo com os instrumentos que tocam.
XVIII .2) Quanto à alimentação:
a) É
vetado o uso de álcool.
b) Não
se come comida com sangue (chouriço, galinha ao molho pardo, etc), nem se come
carne sufocada (de morte natural ou que algum bicho tenha comido).
c) Não
há nenhuma restrição quanto ao consumo de café, refrigerantes, carne de porco,
camarão, etc)
XVIII
.3) Quanto ao vestuário, adereços e outros:
A Assembleia de Deus é tida ainda hoje como uma
das mais tradicionais, principalmente no que se refere à aparência de suas
mulheres, com uma série de restrições indumentárias. Para a denominação, o
trajar feminino identifica quem segue ou não os ensinamentos bíblicos e as
doutrinas da Igreja, significando ainda uma forte característica de
identificação do grupo.
Assim, as mulheres
devem sempre estar vestidas com saias na altura dos joelhos, blusas e vestidos
com mangas e sem decotes, e o uso de maquiagens e tinturas nos cabelos deve ser
muito comedido.
A primeira vez que se
tratou sobre a temática de estabelecer normas comportamentais para os fiéis
assembleianos foi em 1946, numa Convenção Geral realizada em Recife, quando
“(...) José Teixeira Rego, um dos pastores que participavam do evento leu um
documento publicado no Jornal Mensageiro da Paz, em julho daquele ano, assinado
pelo ministério da Assembleia de Deus de São Cristovão, Rio de Janeiro, que
impunha regras de vestimentas as mulheres”.
Nas décadas de 40 e 60
no que se referem aos trajes, as mulheres deviam usar vestidos de mangas
compridas, sem decotes e que cobrissem todo o corpo, fazendo ainda uso de
meias.
Os homens deviam andar
de terno e gravata, não ter cabelos crescidos e não podiam usar barba. O uso de
chapéu pelos homens também era incentivado.
Ainda hoje as lideranças
optam pelo terno e gravata e os cargos ministeriais não são ocupados por
mulheres.
Há
variações de igreja para igreja e os usos e costumes, e costumam ser mais
rígidos nos interiores do que nos centros urbanos.
1) Veto
de uso de calças compridas para as mulheres. Algumas igrejas começaram a abrir
precedentes na última década.
2) Veto
de uso de bermudas e roupas sem mangas para homens e mulheres.
3) Veto
de corte de cabelos para mulheres. No passar das décadas as mulheres começaram
a cortar os cabelos, mas não é costumes usarem muito curto. Algumas igrejas
ainda adotam o costume de cabelos compridos e a posição varia de membro para
membro.
4) Veto
de cabelos crescidos para homens.
5) Veto
de uso de barba e cavanhaque. O bigode sempre foi usado.
6) O
uso de adornos pelas mulheres varia de igreja para igreja e tem mudado nas
últimas décadas. Antigamente só era permitido, tanto para homens e mulheres, o
uso da aliança e relógio. Travessas de cabelo, diademas e broches nunca foram
motivos de veto, salvo algumas igrejas muito conservadoras. Pulseiras e anéis
são tolerados por algumas, outras não. Brincos, cordões e colares ainda são
vetos na maioria das igrejas assembleianas.
7) O
uso de tintura nos cabelos era vetado, mas atualmente, já não há veto, salvo as
mais conservadoras. No entanto, o uso de tinta loura não é muito comum entre as
assembleianas.
8) O
uso de esmalte era totalmente vetado, mas não atualmente. Salvo as mais conservadoras é costume usar
esmaltes claros ou transparentes. Não é comum o uso de esmaltes escuros.
XVIII
.4) Quanto ao namoro, noivado e casamento:
1) É
vetado o sexo fora do casamento.
2) Jovens
assembleianos são aconselhados a não namorarem ou se casaram com jovens de
outros credos. Sendo motivo até mesmo de veto. Quanto ao casamento entre
pessoas de outras denominações, não há nenhum motivo para veto. No entanto,
mesmo sem tal aconselhamento, jovens assembelianos costumam casar-se com jovens
da mesma denominação.
3) Novos
convertidos são aconselhados a manterem o casamento com seus cônjuges, mesmo
que sejam de outros credos. Em caso de união não oficializada, são aconselhados
a oficializarem a união, já que não é permitido o batismo ou participação da
comunhão por pessoas que não estejam oficialmente casadas.
4) O
casamento civil tem mais valor que o religioso. Pessoas só casadas no religioso
precisam oficializar a união, pessoas só casadas no civil não precisam casar no
religioso. No entanto, quanto aos solteiros, é costume casarem-se no religioso
e civil.
5) O
divórcio é desaconselhado entre os assembleianos, mas é permitido o casamento
de divorciados, até mesmo no religioso.
XVIII
.5) Quanto à cerimônia de casamento:
A
cerimônia de casamento de assembleianos pouco difere da cerimônia das demais
igrejas. Ela é oficiada por um pastor (na grande maioria) ou por um presbítero.
A noiva também costuma se vestir de branco, com madrinhas e padrinhos
(geralmente em grande número). As damas de honra e os pajens são geralmente
crianças.
Há
um dia especial para esta cerimônia e geralmente se faz uma recepção depois
desta cerimônia. Não há cobrança de nenhuma taxa para esta e demais cerimônias.
XVIII
.6) Aniversários
1) Os
asembleianos comemoram aniversários com as coisas comuns de aniversários. Mas
nestas festas não se costuma dançar. Geralmente não tem música, salvo as
evangélicas.
2) Não se costuma fazer a valsa da menina com o
pai (nem a primeira dança dos noivos, já que a dança não é difundida entre os
assembleianos).
3) Não
são servidas bebidas alcoólicas nestas festas.
4) Também
se canta a música de parabéns e se assopram as velinhas na hora do bolo, mas
não se costumam fazer pedidos.
5) Muitas
festas de aniversário são precedidas por um culto em homenagem ao
aniversariante. Em geral se faz uma oração antes de se partir o bolo.
XVIII
.7) Cerimônia de corpo presente
1) Os
assembleianos não fazem extrema unção. Mas os corpos são velados geralmente nas
igrejas. Os corpos são cobertos com flores e são enterrados em cemitérios
comuns. Não é comum se cremarem corpos de assembleianos, mas é desconhecido
algum tipo de veto.
2) Na
cerimônia de corpo presente costuma-se tecer palavras sobre a vida de quem
morreu e sobre um breve encontro com ele no céu. São entoados hinos e feita uma
oração pelos familiares, mas não se encomenda uma alma a Deus, já que a
salvação é individual e de responsabilidade de cada um.
3) Os
assembleianos não fazem nenhum tipo de cerimônia religiosa depois que o corpo
foi enterrado.
4) Os
assembleianos não costumam visitar os túmulos de seus mortos, depois que foram
enterrados, apesar de não haver um veto quanto a isso.
5) Os
assembleianos não acreditam em reencarnação.
XVIII
.8) Quanto
às leis do Estado:
Os assembleianos
são aconselhados a seguirem as leis do Estado, por isso:
1) Comparecem
ao serviço militar.
2) Pagam
impostos.
3) É
vetado o aborto.
4) É
vetado o uso de drogas ilícitas (Observação: Também é vetado o uso de drogas
lícitas como álcool e cigarros).
5) É
veto sob pena de afastamento os crimes previstos na lei.
XVIII
.9) Quanto à diversão e entretenimento
1) A
dança não é desaconselhada entre assembleianos.
2) Parques
de diversão, cinema e praia ainda são vetados nas mais conservadoras.
3) A
televisão era motivo de veto nas décadas passadas.
4) O
rádio nunca foi motivo de veto, mas programas não evangélicos são
desaconselhados.
5) São
vetados os jogos de azar (com aposta em dinheiro).
6) Jogos
com cartas de baralho não é costume entre assembleianos. Jogos eletrônicos e de
tabuleiro não são vetados, mas são desaconselhados jogos violentos, armas de
brinquedo.
XVIII
.10) Quanto aos esportes
O
esporte não é muito difundido entre crianças e jovens assembleianos. Nas
décadas anteriores, as crianças eram até desaconselhadas o jogarem futebol.
Salvo nas escolas, nas aulas de Educação Física (não há proibição dos jovens
participarem das mesmas). Nas últimas décadas este comportamento tem mudado e
as crianças começaram a praticar mais esportes.
XVIII
.11) Quanto à comemoração das festas tradicionais
1) Natal:
Os assembleianos comemoram o Natal como
a maioria das famílias brasileiras. Trocam presentes, comem as comidas
tradicionais. Em suas festas não há o uso de bebidas alcoólicas. Também
costumam fazer representações e cantatas em suas igrejas.
A
figura do Papai Noel não é acolhida, não sendo difundida entre as crianças.
2) Ano
Novo: Os assembleianos comemoram o Ano Novo como a maioria das famílias
brasileiras. Algumas igrejas tem a tradição de fazer a passagem de ano em
oração. Não costumam usar fogos em suas comemoração.
3) Carnaval:
Os assembleianos não comemoram o carnaval. É motivo de veto a participação de
bailes e bloco de carnaval, escolas de samba, bem como o uso de fantasias.
Algumas igrejas levam seus fiéis para retiros espirituais.
4) Páscoa:
Os assembleianos comemoram a páscoa cristã, referente a ressurreição de Cristo.
Fazem menção da páscoa judaica, como a páscoa original, mas não a comemoram
como fazem os judeus. Comem chocolates, mas assim como o Papai Noel, a figura
do Coelhinho da Páscoa é rejeitada.
5) Festas
Juninas: Por serem oriundas das festas de santos católicos, as festas juninas
não são comemoradas pelos assembleianos. Nas últimas décadas parece ter havido
uma espécie de sincretismo religioso e essas festas começaram a migrar até
mesmo para o pátio das igrejas, sem a alusão aos santos, como o fazem as
escolas do país.
6) 7
de setembro: Assembleianos participam dos desfiles cívicos.
7) Cosme
e Damião: Assembleianos não distribuem doces e não permitem que seus filhos
peguem doces de Cosme e Damião.
8) Dia
das Crianças: Esta data é comemorada normalmente. Algumas igrejas realizam
festas para as crianças nesta época.
XIX
- Cargos e funções
1) Pastor,
que é a figura de maior destaque na Igreja, responsável por conduzir os
trabalhos e os cultos; este é seguido pelo co- pastor, que na ausência do líder
oficial assume provisoriamente o comando da Igreja.
2) Em
seguida, temos os presbíteros, que também podem realizar a homilia oficial,
além de assumirem a liderança da Igreja na ausência do pastor e do co- pastor.
3) Posteriormente
temos os diáconos, que auxiliam o celebrante no altar, a estes não são
permitidas algumas atribuições, como por exemplo, conduzir os cultos.
4) E
por último destacamos o papel dos auxiliares, que dentre varias atribuições
contribuem na coleta das ofertas durante os cultos, sendo ainda os responsáveis
por recepcionar os fieis na chegada à igreja, são também chamados de
recepcionistas.
5) A
maioria das igrejas assembelianas também conta com os cargos de 1º e 2º
secretários e 1º e 2º tesoureiros. Estes cargos são ocupados geralmente por
homens, que podem ou não ocupar cargos ministeriais.
6) Para
os cargos ministeriais o mais comum é que eles sejam homens casados e que sejam
batizados no Espírito Santo. Os cargos ministeriais quase nunca são ocupados
por mulheres, nas assembleias tradicionais. No entanto, a liderança feminina
sempre foi atuante nas Assembleias de Deus. Elas atuam como líderes dos grupos
femininos. Participam ativamente do Culto de oração. Regem grupos musicais e
corais, são professoras da Escola Dominical e lideram o departamento infantil.
XX-
O Centenário das assembléias de Deus
Em
virtude de seu fenomenal crescimento, principalmente depois dos anos 90 com a
criação e ação da chamada Década da Colheita, iniciativa das Assembléias de
Deus, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso
brasileiro. De repente, as autoridades religiosas e seculares despertaram para
uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no
futuro, uma nação protestante. Tal possibilidade se tornou ainda mais real com
a divulgação entre o final de 2006 e início de 2007 por um instituto de
pesquisa de que, com vinte milhões de fiéis, o Brasil é o maior país
pentecostal do mundo.
Atualmente
os mesmos institutos de pesquisa apontam para uma mudança no perfil evangélico
brasileiro em todos os setores da sociedade por conta da ação do Evangelho. As
Assembleias de Deus estão hoje em todas as camadas da sociedade, inclusive com
representantes na esfera política do Congresso Nacional. Como agente de mudança
não somente espiritual, vê-se a igreja agindo em grande escala em trabalhos
sociais de grande envergadura e empenhada a mudar a face do nosso país a partir
do Evangelho de Jesus Cristo, tendo templos em quase todas as cidades
brasileiras.
As
Assembleias de Deus chegam ao seu centenário como uma igreja forte, crescente e
saudável, mantendo a pureza da doutrina pentecostal e, desafiando os
especialistas em crescimento de igreja, continua expandindo-se desta feita para
além das fronteiras, realizando um extraordinário trabalho missionário, tendo
obreiros em quase todos os países do globo.
A
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), presidida pelo Pr.
José Wellington Bezerra da Costa, realizou no centenário das Assembleias de
Deus solenidades e cultos em todas regiões do Brasil, preparando e
conscientizando seus membros acerca importância da chegada dos missionários e
da preservação da doutrina pentecostal em solo brasileiro.
XXII
- Conclusão
Comparada
às outras igrejas protestantes, a história das Assemblieias de Deus é bem
recente. No entanto, seu crescimento foi muito grande. As Assemblieias de Deus
no Brasil comemoram seu centenário três anos antes das dos Estados Unidos, no
entanto é inegável que este movimento seja originário de uma mesma raiz, já que
os missionários Gunnar Vingren, Daniel
Berg vieram dos Estados Unidos, trazendo a doutrina do batismo no
Espírito Santo, com a glossolalia —
o falar em línguas espirituais (estranhas) — como a evidência de manifestações
que já vinham ocorrendo em reuniões de oração naquele país e também de forma
isolada em outros países, principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles
Fox Parham, mas
teve seu apogeu através de um de seus principais discípulos, um pastor leigo
negro, chamado William Joseph Seymour, na rua Azusa, Los Angeles,
em 1906.
Esta igreja é produto de um
avivamento espiritual que ocorreu no início do século vinte e que se espalhou
por todo o mundo. Atualmente, as Assembleias de Deus formaram novos ministérios
que seguem ou não os usos e costumes e liturgias das Assembleias mais
tradicionais, mas tem em comum o pentecostalismo.
É senso comum dizer que as igrejas
neopentecostais são oriundas das
Assembleias de Deus, já que possuem uma liturgia bastante parecida com a dos
assembleianos e priorizam os dons espirituais.
As
Assembleias de Deus chegam ao século XXI como uma igreja sólida, e crescente, mantendo a doutrina pentecostal e,
desafiando os especialistas em expandindo-se
cada vez mais.
XXII
- Referências
http://assembleia.org.br/100-anos-das-assembleias-de-deus-no-brasil/
http://assembleiavilaverde.com.br/estudos/historia_assembleia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conven%C3%A7%C3%A3o_Nacional_das_Assembleias_de_Deus_no_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Harpa_Crist%C3%A3
http://www.adosasco.com.br/portal/index.php/historia-da-ad-no-mundo
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-85872011000100005&script=sci_arttext
http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364738946_ARQUIVO_ANPUHNACIONAL2013.pdf
Eu congrego na Assembleia de Deus em Vila São Miguel (Ministerio de Paracambi) Austin e este ano no mês de Outubro a igreja estará completando 70 anos de existência.
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