Cândido Portinari
Cândido Portinari é considerado um dos maiores artistas brasileiros do século XX. Retratou com grande emoção a cultura, a infância, as mazelas e as questões sociais do Brasil, contribuindo para que a cultura brasileira fosse reconhecida em âmbito internacional.
Nasceu no interior de São Paulo numa cidadezinha chamada Brodowski em 30 de dezembro de 1903. Filho de imigrantes italianos, teve uma infância pobre numa fazenda de café. Desde muito cedo já expressava gosto pela arte, começando a pintar com nove anos de idade.
Portinari participou ativamente, ao lado de escritores, poetas, jornalistas e artistas, da vida cultural e política do país e das mudanças estéticas as quais passava o Brasil no começo do século XX.
Em sua
trajetória como artista ganhou muitos prêmios em salões de artes e morou na
França no ano de 1930 após ganhar o Prêmio de Viagem a Europa, lá aproveita
para visitar inúmeros museus e estudar bastante.
Portinari
retornou da Europa, animado para pintar quadros exaltando a cultura brasileira,
seu povo, sua natureza e sua história. Além de retratar as questões sociais de
seu país, Portinari é bastante influenciado pelos movimentos artísticos da
Europa como o Cubismo e
o Surrealismo.
Grande
admirador de Picasso, após
conhecer a obra Guernica, suas obras começaram a apresentar um
caráter de denúncia com relação às questões sociais do Brasil. Seu interesse
foi desde o início criar uma pintura baseada nos tipos brasileiros.
Em 1935
recebeu um Prêmio em Nova Iorque pela sua obra denominada Café. A
partir daí seu nome e sua obra começaram a ganhar dimensões internacionais. Em
função disso, começou a receber propostas de trabalho em todo mundo, pintou os
painéis Guerra e Paz da sede da ONU em Nova York e o mural da Biblioteca do
Congresso de Washington. Ainda no Brasil pintou vários painéis para o novo
prédio do Ministério da Educação e Cultura.
Firme em
sua temática sobre a cultura e as questões sociais do país entre suas obras
mais marcantes estão: “Mestiço”, “Favelas”, “O lavrador de café”, “O sapateiro
de Brodowski”, “Meninos e piões”, “Lavadeiras”, “Grupo de meninas brincando”, “São
Francisco de Assis”, “A primeira missa no Brasil”, “Tiradentes” entre outras.
Em seis de
fevereiro de 1962, Cândido Portinari morreu aos 58 anos, vítima de intoxicação
em função das tintas que usava.
Fonte: Liane Carvalho Oleques
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