quarta-feira, 31 de julho de 2013

A interdisciplinaridade da arte contemporânea

Objetivo: Perceber que a arte contemporânea é interdisciplinar e integradora das diversas linguagens (música, dança, teatro etc).

A interdisciplinaridade da arte contemporânea

A Arte contemporânea é interdisciplinar e integradora das diversas linguagens: Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.  As profundas mudanças ocorridas no campo das Artes nos séculos XX  e XXI ,  respondem à dinâmica das transformações da própria realidade, bem como das formas de percebê-la, interpretá-la e representá-la.
Observa-se neste período o surgimento de inúmeras propostas artísticas, operadas em várias áreas, influenciadas por novos campos do conhecimento. Há uma multiplicação de modelos artísticos, sem fronteiras de formas e gêneros, por força de uma mudança nas categorias de compreensão dos próprios fenômenos estéticos.
Num panorama cultural marcado pela virtualidade dos meios, a arte apresenta-se como importante campo de investigação.
A arte contemporânea apresenta-se assinalada pela profusão de gêneros,
pela proliferação de novos códigos, levando a uma convivência das diferenças.


Globalização, cultura de massa e tecnologia

Objetivo: Discutir cultura de massa, consumo, globalização e as tecnologias atuais na produção artística.

Globalização, cultura de massa e tecnologia

O atual processo de globalização diz respeito a profundas mudanças no campo econômico, político, sociocultural, tecnológico e artístico, caracterizando, assim, o contexto histórico em que vivemos. Tal processo levou a uma nova maneira de consumir a arte. Entra em cena a cultura de massa, às vezes chamada arte de massa, que é constituída por aqueles produtos da indústria cultural que se destinam à sociedade de consumo e que visam responder ao "gosto médio” da população de um país ou, em termos de multinacionais da produção, do mundo.
A cultura de massa caracteriza-se por ser produzida por um grupo de profissionais que pertence a uma classe social diferente do público a que se destina; ser dirigida pela demanda, passando, portanto, por modismos; ser feita para um público semiculto e passivo; o “povo”, nesse caso, é só o alvo da produção, não sua origem; ela pode também visar o divertimento como meio de passar o tempo.
Para discutir a arte contemporânea, nada melhor do que utilizar tecnologias e recursos nascidos na própria época. A velocidade com que nascem dispositivos, códigos e linguagens eletrônicos  e digitais faz com que a arte que se apoia nestas plataformas possa, com propriedade, abordar as emergentes questões vividas por nós em cada esquina ou site.
Do mesmo modo que tratam o humano na sua expressão mais recente, abrem possibilidade para o desenvolvimento e experimentação de novas tecnologias. Trata-se de um terreno amplo a ser percorrido não apenas por artistas que militam na área, como por empresas cujos significados associam-se a tais linguagens.

Rapidamente, a relação entre arte e tecnologia criou um mercado relevante, atraindo a atenção de marcas de grande porte que desejam associar-se a manifestações vinculadas a atributos como vanguarda e inovação. 

Questões de interesse social nas Artes Visuais do Brasil e América Latina

Objetivo: Identificar nas Artes Visuais do Brasil e América Latina, diferentes atividades ligadas a questões de interesse social.

Questões de interesse social nas Artes Visuais do Brasil e América Latina
Café, de Portinari

A ideia de solidariedade e união latino-americana é tão antiga quanto às lutas no séc. XIX de Simón Bolívar, José Martí e San Martín por um continente livre e fraterno. A “Pátria Grande” vislumbrada por eles também foi almejada por artistas brasileiros e hispano-americanos, que precisavam lembrar quem somos a nós mesmos.
O modernismo preocupou-se muito com a parte social do Brasil. Tarsila do Amaral representou os operários. Portinari costumava mostrar sua preocupação com os trabalhadores rurais e retirantes nordestinos em suas obras.
O artista plástico argentino Leon Ferrari sempre incluiu conotações políticas e sociais nos seus trabalhos.
O movimento muralista mexicano, ocorrido logo após a Revolução Mexicana de 1910, até hoje considerada a primeira grande mobilização social na América Latina no século XX. A proposta era pintar para o povo. Para Rivera, Orozco e Siqueiros, os três grandes pintores da Revolução, o mural possibilitou uma arte pública e coletiva, que rompia com o individualismo da pintura de cavalete. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Festa do Poetinha, de Rose Amaral

Festa do Poetinha

                       Rose Amaral

Se ainda estivesse vivo
Este ano completaria
Cem anos, o Poetinha
Decerto faria um bolo
Coberto por cem velinhas
Que comeria todinho
Com toda sua turminha

Receberia os amigos
Numa casa muito engraçada
Sem parede, sem teto, sem nada
Numa festa animada

Um grande beijo lhe daria
A Vovó Garota de Ipanema
De guarda-sol e protetor
Pois ninguém mais se tosta
Nem nas areias do Arpoador

Eu lhe levaria de brinde
Esta poesia criada
Em mal traçadas linhas
Toda, toda recortada
E perguntaria ingênua:
Está bonitinha a poesia?

O Poetinha leria, riria e diria:
Bonitinha, Menininha?
Coitadinha de você!
Tá até muito feinha
Mais parece a corujinha
Minha doce menininha

E não teria pena
E me diria entre risos:
Assim como as mulheres
No caso das poesias
As feias que me perdoem,
Beleza é fundamental!

A Porta, de Vinicius de Moraes


A Porta

Vinicius de Moraes

Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!


A Cachorrinha , de Vinicius de Moraes

A Cachorrinha

Vinicius de Moraes

Mas que amor de cachorrinha!
Mas que amor de cachorrinha!
Pode haver coisa no mundo 
Mais branca, mais bonitinha 
Do que a tua barriguinha 
Crivada de mamiquinha? 
Pode haver coisa no mundo 
Mais travessa, mais tontinha 
Que esse amor de cachorrinha 
Quando vem fazer festinha 
Remexendo a traseirinha?

Uau,uau,uau,uau! 
Uau,uau,uau,uau!

Pela Luz Dos Olhos Teus, de Vinicius de Moraes

Pela Luz Dos Olhos Teus

Vinicius de Moraes

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus
Só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus
Me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus
Sem mais larirurá

Pela luz dos olhos teus
Eu acho, meu amor
E só se pode achar
Que a luz dos olhos meus
Precisa se casar

A Casa, de Vinicius de Moraes

A Casa

Vinicius de Moraes

Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero

O Girassol,de Vinicius de Moraes

O Girassol

Vinicius de Moraes

Sempre que o sol 
Pinta de anil 
Todo o céu 
O girassol 
Fica um gentil 
Carrossel
Roda, roda, roda 
Carrossel 
Roda, roda, roda 
Rodador 
Vai rodando, dando mel 
Vai rodando, dando flor
Sempre que o sol 
Pinta de anil 
Todo o céu 
O girassol
Fica um gentil
Carrossel
Roda, roda, roda
Carrossel
Gira, gira, gira
Girassol
Redondinho como o céu
Marelinho como o sol

O Caderno, de Vinicius de Moraes

O Caderno



Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o be-a-ba

Em todos os desenhos coloridos vou estar
A casa, a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colega,
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais você vai ver
Serei de você confidente fiel,
Se seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigo,
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer
Só peço a você um favor, se puder:
Não me esqueça num canto qualquer

O Pinguim, de Vinicius de Moraes

O Pinguim

Vinicius de Moraes

Bom dia, pinguim
Onde vai assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca

Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola
Pinguim, meu amigo
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira
Não pergunte por quê
Mas todos põem você
Em cima da geladeira

O elefantinho, de Vinicius de Moraes

O elefantinho


Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?

- Estou com um medo danado 
Encontrei um passarinho!

Corujinha, de Vinicius de Moraes

Corujinha

Vinicius de Moraes

Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei quê
O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
Corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah, coitadinha
Que feinha que é você
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder

Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV
Corujinha, coitadinha 
Que feinha que é você

Garota de Ipanema, de Vinicius de Moraes

Garota de Ipanema

 

Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
No doce balanço, a caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, porque estou tão sozinho
Ah, porque tudo é tão triste
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor

Soneto de Fidelidade, de Vinicius de Moraes

Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto du
re

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Miniaturas / Mobílias / Rafaela (11 anos)

Mesa de jantar.

Fogão.



Vassoura e pá.



Chuveiro.
Armário.

Cabide.

Unhas decoradas / Poá e florzinha





Embalagem para presente (Ursinho) / Passo a passo

Que tal uma embalagem para presente personalizada? 
Embrulhe o presente da forma tradicional com um papel branco ou de sua cor preferida.


Desenhe o focinho, a boca e os olhos numa folha separada.



Agora vamos colorir?


Recorte.
Cole.

Desenhe as sobrancelhas.

Recorte as orelhas.




Pinte com giz de cera.
Cole nas duas extremidades.

Está pronto o seu ursinho.


Agora é só correr para o abraço e dar os parabéns!

Bolo de chocolate





Painel decorativo de bom dia e boa noite.