quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Apostila de Artes do 3° bimestre, 3° ano, 2018

CIEP BRIZOLÃO 341-  VEREADOR SEBASTIÃO PEREIRA PORTES

PROFESSORA:  ROSE AMARAL.     
DISCIPLINA: ARTES           
ALUNO (A):____________________________________________.  Nº ___  T:  300­­__

Apostila do 3° Bimestre
3° Ano


Conteúdo Programático:

• A arte como forma de identidade cultural brasileira.

•A importância da contribuição de nossa matriz cultural nas expressões artísticas.
• O artista popular brasileiro.

• Ritmos musicais brasileiros.


Competências do Currículo Mínimo:

• Reconhecer a arte como forma de identidade cultural brasileira, e perceber a contribuição das culturas africana, indígena e europeia, na constituição cultural do nosso país.

• Reconhecer o valor estético e artístico na arte popular brasileira.
• Analisar e perceber a importância da contribuição de nossa matriz cultural nas artes visuais, culinária, festejos, danças, músicas e vestuário presentes em nossa sociedade.

• Valorizar o artista popular brasileiro e identificar atividades artísticas produzidas em distintas regiões do país.
• Criar uma experiência musical com ritmos brasileiros, aproveitando materiais diversificados para a confecção de instrumentos de percussão.

• Desenvolver atividades artísticas relacionadas à arte popular e ao folclore brasileiro.


Texto I:

Tema: A arte como forma de identidade cultural brasileira.

 

A identidade cultural brasileira

A arte é uma forma de identidade cultural. Através dela, o artista imprime não somente a sua individualidade, mas também as tradições do seu povo. A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos.
O Brasil foi formado pela junção de vários povos. O primeiro encontro foi dos índios com os portugueses, seguido da vinda dos escravos africanos. 
A influência europeia na cultura brasileira: É evidente a influência da cultura europeia no Brasil, isso se deve, principalmente, pelas colonizações ocorridas aqui no passado. Com a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, iniciou-se a influência europeia na arte brasileira, até então dominada pela cultura indígena como expressão artística. Os jesuítas ensinaram aos índios e posteriormente aos negros como trabalhar com o barro, a madeira e a pedra.
Os indígenas denotavam habilidades bem artísticas na execução dos trabalhos, já os negros tinham muita facilidade para o desenho e o talhe. Na arquitetura, as construções de taipa eram feitas de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com barro. Podemos dizer que índios e negros, sob orientação dos jesuítas, foram determinantes na base da arte barroca brasileira.
Mesmo sendo um país de colonização portuguesa, outros povos deixaram e deixam até hoje influências profundas em nossa cultura.  Com o passar do tempo, os brasileiros foram anexando essas influências em seu cotidiano sem nem mesmo perceber, um exemplo disso é a culinária. Consumimos comidas de origem europeia frequentemente, como pizzas que tem sua origem na Itália, como croissant que se originou em Viena, mas posteriormente foi introduzido e popularizado na França, bacalhau de origem portuguesa entre outras. 
Há também a música europeia, que é constituída de vários artistas que são bastante reconhecidos aqui no Brasil como U2, banda irlandesa, The Beatles, banda inglesa, Enrique Iglesias, cantor espanhol e etc. 
Outra influência muito importante são os modelos artísticos que foram introduzidos aqui no Brasil, como por exemplo: as primeiras igrejas construídas em nosso litoral, a arte barroca, as peças teatrais, entre outras formas artísticas.  
Arte indígena brasileira: Arte indígena brasileira é a arte produzida pelos povos nativos do Brasil, antes e depois da colonização portuguesa. Considerando a grande diversidade de tribos indígenas no Brasil, pode-se dizer que, em conjunto, elas se destacam na arte da cerâmica, do trançado e de enfeites no corpo.
A arte indígena é mais representativa das tradições da comunidade em que está inserida do que da personalidade do indivíduo que a faz. É por isso que os estilos da pintura corporal, do trançado e da cerâmica variam significativamente de uma tribo para outra. Eles usam elementos naturais para realizar seus objetos: madeiras, caroços, fibras, palhas, cipós, sementes, cocos, couros, ossos, dentes, conchas  e plumas. As peças de cerâmica que se conservaram testemunham muitos costumes dos diferentes povos indígenas.
Na fase antes da chegada dos colonizadores destacam-se os marajoaras e os santarenos. Nas peças de Santarém, apresentam tamanho pequeno, porém bem trabalhado. Já nas peças Marajoaras, apresentam tamanho grande e normalmente contém pinturas de deuses ou animais, sempre contendo cores avermelhadas.
As máscaras indígenas são feitas com troncos de árvores, cabaças e palhas. São usadas geralmente em danças cerimoniais.
As cores mais usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho do urucum, o negro esverdeado do jenipapo e o branco da tabatinga.
Os povos indígenas nos deixaram diversas práticas culturais. A vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas. O costume de descansar em redes e de tomar banho todos os dias é uma herança indígena.
A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti).
Herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade.
Várias palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como palavras ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e palavras que são utilizadas como nomes próprios (como o parque do Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira” quer dizer árvore e “puera” tem o sentido de algo que já foi. O rio Tietê em São Paulo também é um nome indígena que significa “rio verdadeiro”).
A influência africana: A arte africana representa usos e costumes das tribos africanas. Nas pinturas e esculturas, a presença da figura humana identifica preocupação com valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos africanos, usando-se o ouro, o bronze e o marfim. As máscaras são usadas em rituais, sendo feitas em barro, marfim, metais e principalmente madeira.
Com a implantação da escravidão no Brasil, foram trazidos escravos africanos, que influenciaram a formação dos usos e costumes. Veja algumas influências:

CAPOEIRA: A capoeira que é vista nas ruas, tem a sua história relacionada à opressão. Um misto de dança e arte marcial, foi uma forma de defesa, logo depois das primeiras fugas de escravos. Com movimentos de ginga, saltos e chutes a antes dança comemorativa ganha caráter de luta.
SAMBA: O nome samba é, provavelmente, originário do nome angolano semba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançada.
O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgidas no Brasil. O samba carioca provavelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganharam novos contornos, instrumentos e histórico próprio.
Muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe, do lundu e da modinha como fontes que, quando sintetizadas, deram origem ao samba moderno. O termo "escola de samba" é originário deste período de formação do gênero.





Texto II:
Tema: A importância da contribuição de nossa matriz cultural nas expressões artísticas.


A contribuição de nossa matriz cultural nas artes,
tradições e costumes da nossa sociedade

A cultura brasileira é um grande conjunto de culturas, que sintetizam as diversas etnias que formam o povo brasileiro. Por essa razão, não existe uma cultura brasileira homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil.
As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana.
Cavalhadas de Pirenópolis (Pirenópolis, Goiás) de origem portuguesa - Mascarados durante a execução do Hino do Divino.
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que exerceram maior influência na formação da cultura brasileira, principalmente os de origem portuguesa.
            A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país. A religião católica, crença da maioria da população, é também decorrência da colonização. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões.
As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas, foram introduzidas pelos portugueses. Além destas, vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi, o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa. No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, além de muitas lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.
Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. Um exemplo é a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses. Também a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagaço da uva. Alguns pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.
De maneira geral, as vagas de imigração européia e de outras regiões do mundo influenciaram todos os aspectos da cultura brasileira. Na culinária, por exemplo, foi notável a influência italiana, que transformou os pratos de massas e a pizza em comida popular em quase todo o Brasil.
A culinária brasileira é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, indígenas e africanos. A refeição básica do brasileiro médio consiste em arroz, feijão e carne. O prato internacionalmente mais representativo do país é a feijoada. Os hábitos alimentares variam de região para região. No Nordeste há grande influência africana na culinária, com destaque para o acarajé, vatapá e molho de pimenta.
No Norte há a influência indígena, no uso da mandioca e de peixes de água doce. No Sudeste há pratos diversos como o feijão tropeiro e angu, em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo. No Sul do país há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta, e também da culinária alemã. O churrasco é típico do Rio Grande do Sul, que também é uma característica muito forte na cultura brasileira.
            O Brasil tem uma grande herança no campo das artes visuais. Na pintura, desde o barroco se desenvolveu uma riquíssima tradição de decoração de igrejas que deixou exemplos na maior parte dos templos coloniais, com destaque para os localizados nos centros da Bahia, Pernambuco e sobretudo em Minas Gerais, onde a atuação de Mestre Ataíde foi um dos marcos deste período.
            No campo da escultura, igualmente o barroco foi o momento fundador, deixando uma imensa produção de trabalhos de talha dourada nas igrejas e estatuária sacra, cujo coroamento é o ciclo de esculturas das Estações da Via Sacra e dos 12 profetas no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, obra de Aleijadinho.
Da metade do século XX em diante outras modalidades de artes visuais têm merecido a atenção dos artistas brasileiros, e nota-se um rápido e grande desenvolvimento na gravura, no desenho, na cerâmica artística, e nos processos mistos como instalações e performances, com resultados que se equiparam à melhor produção internacional.
A música do Brasil se formou, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e escravos. Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, clássica e popular. A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica. Com grande participação negra, a música popular desde fins do século XVIII começou a dar sinais de formação de uma sonoridade caracteristicamente brasileira.


Texto III
Tema: O artista popular brasileiro.

A arte popular brasileira

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         No Brasil, costuma-se chamar de “arte popular” a produção de esculturas e modelagens feitas por homens e mulheres que, sem jamais terem frequentado escolas de arte, criam obras de reconhecido valor estético e artístico. Seus autores são gente do povo, o que, em geral, quer dizer pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros urbanos.
        Apesar de fortemente enraizada na cultura e no modo de viver das pequenas comunidades nas quais tem origem, a arte popular exprime o ponto de vista de indivíduos cujas experiências de vida são únicas. Apresenta os principais temas da vida social e do imaginário, seja por meio da criação de seres fantásticos ou de simples cenas do cotidiano, numa linguagem em que o bom humor, a perspicácia e a determinação têm lugar de destaque. Talvez venha daí seu forte poder de comunicação, que ultrapassa as fronteiras de estilos de vida, situação sócio-econômica e visão de mundo, interessando a todos de maneira indistinta.
O mundo da arte popular brasileira, ou seja, o mundo dos costumes, das religiões e festas que se revelam por seu intermédio e lhe servem habitualmente de tema,  é bastante complexo e dinâmico.
        As obras são feitas em todas as regiões do Brasil, e seus autores utilizam os materiais que têm à mão, como barro ou madeira, e ainda outros, como areia, palha, contas, tecidos e penas de aves. Para muitas pessoas, prestar atenção nos diversos estilos, cores e materiais que compõem as obras dos artistas populares pode descortinar um mundo de arte desconhecido. Conhecer essa produção também é conhecer melhor o Brasil e os brasileiros. E significa, sobretudo, empreender uma fascinante aventura pelos caminhos da imaginação humana.
       



Texto IV:

Tema: Ritmos musicais brasileiros.

A importância musical nas manifestações populares

            Ao longo de nossa história muitas formas de compor melodias, harmonias e ritmos foram inventados. É possível afirmar que a música brasileira surgiu do encontro entre índios e portugueses. Mais tarde, africanos e outros povos ajudaram a transformar essa música.
            A música está presente em muitas das manifestações populares como:
a)      Maracatu: grupo carnavalesco pernambucano.
b)      Reisado: grupos que cantam e dançam na véspera do Dia de Reis.
c)      Batuque: denominação genérica para as danças dos negros africanos.
d)     Boi-bumbá: folguedo acompanhado por rabecas e cavaquinhos.
e)      Carimbó: dança acompanhada de palmas e sapateados.
f)       Samba: várias danças caracterizadas pelo acompanhamento de instrumentos de percussão.
g)      Moda de viola: caracterizada pela constância do canto.
h)      Fandango: Dança do Sul, caracterizada por palmas e sapateados.
i)        Autos: enredos populares que tratam de temas religiosos ou profanos.




Fonte:

CALIXTO, Carolina Fernandes: O Brasil regional de Freyre e Amado:
elos entre identidade nacional, história e literatura.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25438
Fonte: http://www.popular.art.br/htdocs/defTexto.asp?artigo=286

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