CIEP BRIZOLÃO 341- VEREADOR SEBASTIÃO PEREIRA PORTES
PROFESSORA: ROSE AMARAL.
DISCIPLINA: ARTES
ALUNO (A):____________________________________________. Nº ___ T: 300__
Apostila de Artes do 2° Bimestre
do 3° Ano
2º bimestre
Eixo temático: Fundamentos da Arte-Educação.
Objetivos:
• Compreender a importância do processo artístico no desenvolvimento social e intelectual infantil.
• Reconhecer a evolução gráfico-escultórica no processo de expressão infantil.
• Identificar os principais conceitos de arte-educação e sua aplicação na prática educacional.
• Relacionar os estágios de desenvolvimento gráfico infantil: rabiscação, garatuja, fase pré-esquemática e fase esquemática com o próprio desenvolvimento humano.
•Relacionar e registrar atividades culturais conhecidas e realizadas em educação infantil, tais como: contação de histórias, cantigas de roda e expressão visual.
• Descrever, através de atividades práticas com crianças, o desenvolvimento de expressão visual e motora, além da
integração mente/corpo na atividade gráfica.
Texto I:
Objetivo:Compreender a importância do processo artístico no desenvolvimento social e intelectual infantil.
A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE CRIADORA NA EDUCAÇÃO
A Arte se apresenta no cotidiano infantil na forma de expressão da sua visão de mundo, sua representação da realidade surge quando a criança rabisca ou desenha no papel, ela já está utilizando a linguagem da arte para expressar-se. Esses trabalhos de expressão não são apenas impressões que a criança deixa sobre o suporte, mas explicitam o seu desenvolvimento intelectual, emocional e perceptivo.
A ARTE COMO MEIO DE COMPREENDER O DESENVOLVIMENTO
a) Desenvolvimento emocional: o desenho pode proporcionar a oportunidade do desenvolvimento emocional, com a inclusão direta do eu. Quando cria, acriança pode aparecer diretamente em sua obra criadora ou representar alguém com quem se identifique. Uma criança emocionalmente livre, na expressão criadora, sente-se segura e confiante ao abordar qualquer problema que derive de suas experiências.
b) Desenvolvimento Intelectual: a compreensão gradativa que a criança tem de si própria e do seu meio, ou seja, o conhecimento está ativamente à disposição da criança, quando desenha, demonstra seu nível intelectual. Os desenhos como meios utilizados para demonstrar o indício da capacidade mental da criança, principalmente quando os meios verbais de comunicação não são adequados.
c) Desenvolvimento Físico : o desenvolvimento físico manifesta-se em sua capacidade de coordenação visual, na maneira como controla seu corpo, orienta seu traço e dá expressão as suas aptidões.
d) Desenvolvimento Perceptual: a fruição da existência e a capacidade de aprendizagem talvez dependam do significado e da qualidade das experiências sensoriais. A observação visual é, normalmente, aquela a que se atribui maior ênfase na experiência artística. O desenvolvimento perceptual revela-se na crescente sensibilidade às sensações do tato e dá pressão, desde o simples amassar do barro de moldagem e a exploração tátil de contexturas até as reações sensitivas ao barro até as diferentes qualidades da superfície e do contexto, numa variedade de formas artísticas.
e) Desenvolvimento Social: o desenvolvimento social das crianças pode ser facilmente apreciado em seus esforços criadores. Uma criança muito pequena já começa a incluir algumas pessoas em seus desenhos, à medida que a criança cresce, sua arte vai refletindo sua crescente conscientização das pessoas e da influencia destas em sua vida. A arte proporciona a oportunidade de interação social com as crianças da mesma idade, através dos trabalhos em grupos podem cooperar tendo a maior consciência da contribuição de cada individuo.
f) Desenvolvimentos Estético: está relacionado a capacidade sensitiva para integrar experiências num todo coeso. Cada material artístico possui exigências diferentes, em função do seu uso estético, isto é a estética está intimamente vinculada à personalidade.
g) Desenvolvimento Criador: está relacionado à liberdade emocional, para explorar e experimentar, envolver-se emocionalmente na criação. A capacidade criadora é essencial em nossa sociedade, e o trabalho da criança reflete no seu desenvolvimento criador, tanto no próprio desenho como no processo de realizar a forma artística.
f) Desenvolvimentos Estético: está relacionado a capacidade sensitiva para integrar experiências num todo coeso. Cada material artístico possui exigências diferentes, em função do seu uso estético, isto é a estética está intimamente vinculada à personalidade.
g) Desenvolvimento Criador: está relacionado à liberdade emocional, para explorar e experimentar, envolver-se emocionalmente na criação. A capacidade criadora é essencial em nossa sociedade, e o trabalho da criança reflete no seu desenvolvimento criador, tanto no próprio desenho como no processo de realizar a forma artística.
Texto II:
Objetivo: Reconhecer a evolução gráfico-escultórica no processo de expressão infantil.
Evolução gráfico-escultórica da criança
O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico. Começando com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do papel, na areia, na parede ou em qualquer outra superfície. Passa também a constatar a regularidade nos desenhos presentes no meio ambiente e nos trabalhos aos quais ela tem acesso, incorporando esse conhecimento em suas própriasproduções. No início, a criança trabalha sobre a hipótese de que o desenho serve para imprimir tudo o que ela sabe sobre o mundo. No decorrer da simbolização, a criança incorpora progressivamente regularidades ou códigos de representação das imagens do entorno, passando a considerar a hipótese de que o desenho serve para imprimir o que se vê.
É assim que, por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.
O desenho está também intimamente ligado com o desenvolvimento da escrita. Parte atraente do universo adulto, dotada de prestígio por ser "secreta", a escrita exerce um verdadeiro fascínio na criança, bem antes de ela própria poder traçar verdadeiros signos. Muito cedo ela tenta imitar a escrita dos adultos. Porém, mais tarde, quando ingressa na escola verifica-se uma diminuição da produção gráfica, já que a escrita ( considerada mais importante) passa a ser concorrente do desenho.
O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estádios definem maneiras de desenhar que são bastante semelhantes em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Este modo de desenhar próprio de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.
É assim que, por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.
O desenho está também intimamente ligado com o desenvolvimento da escrita. Parte atraente do universo adulto, dotada de prestígio por ser "secreta", a escrita exerce um verdadeiro fascínio na criança, bem antes de ela própria poder traçar verdadeiros signos. Muito cedo ela tenta imitar a escrita dos adultos. Porém, mais tarde, quando ingressa na escola verifica-se uma diminuição da produção gráfica, já que a escrita ( considerada mais importante) passa a ser concorrente do desenho.
O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estádios definem maneiras de desenhar que são bastante semelhantes em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Este modo de desenhar próprio de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.
A Evolução gráfico-escultórica da criança segundo Luquet
Luquet Distingue Quatro Estádios:
1- Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem intenção de representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a dar nomes aos seus desenhos.
2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos, tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma.
3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ).
4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um esgotar progressivo do grafismo que tende a juntar-se às produções adultas.
2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos, tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma.
3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ).
4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um esgotar progressivo do grafismo que tende a juntar-se às produções adultas.
A Evolução gráfico-escultórica da criança segundo Piaget
Numa Análise Piagetiana, temos:
1 - Garatuja: Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em: Desordenada (movimentos amplos e desordenados) e Ordenada (movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado)
2 - Pré- Esquematismo: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido a vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional.
3 - Esquematismo: Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos).Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto à figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto à cor; podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional.
4 - Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional.
5 - Pseudo Naturalismo: Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante)É o fim da arte como atividade espontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparecem aqui dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade);táctil ( expressão subjetividade) No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva.
A Evolução gráfico-escultórica da criança segundo outros autores
E ainda alguns psicólogos e pedagogos, numa linguagem mais informal, utilizam as seguintes referências:
• De 1 a 3 anos: É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexe o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.
• De 3 a 4 anos: Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.
• De 4 a 5 anos: É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à emprestar características humanas a elementos da natureza, como o sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.
• De 5 a 6 anos: Os desenhos baseiam-se em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.
• De 7 a 8 anos: O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, ao acharem que os seus trabalhos não ficam bonitos.
*De 13 a 17 anos: É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Neste estágio os desenhos perdem a identidade infantil e são similares aos dos adultos.
Texto III:
Objetivo: Identificar os principais conceitos de arte-educação e sua aplicação na prática educacional.
Arte-educação e sua aplicação na prática educacional
Arte/Educação é a ciência do ensino de arte. Seu campo de conhecimento é a formação do professor para o ensino de arte; o ensino da arte na educação escolar; o ensino da arte na educação não escolar; os fundamentos da Arte/Educação; os processos de aprendizagem da arte; o ensino das artes visuais; Dança/Educação; Educação Musical; Teatro/Educação; entre outros.
Sobre o ensino da arte na educação escolar, diferentes estudos vêm sendo realizados para diagnosticar essa prática educativa. A partir desses estudos e de uma simples observação analítica sobre a prática de ensino da arte na escola vamos encontrar a presença de diferentes tratamentos conceituais, didáticos e metodológicos, tais, como: (1) produção de desenho, pintura e atividades artísticas livres; (2) realização de dramatizações, (3) cantar músicas da rotina escolar e/ou o canto pelo canto; (4) assistir a apresentações artísticas; (5) realização de jogos teatrais e jogos dramáticos; (6) ensino do desenho e dos elementos da linguagem visual (7) preparação de apresentações artísticas e objeto para comemoração de datas comemorativas e festivas; (8) leitura e releitura de obras de grandes artistas; (9) pesquisa sobre a vida e obra de artistas famosos; entre outros.
Teóricos buscaram estabelecer quais as concepções de ensino de arte estão presentes nas práticas
pedagógicas na contemporaneidade.
O Ensino de Arte na Educação Escolar: as Diferentes Tendências e Concepções de Ensino: Os resultados apontaram que o ensino de arte no Brasil possui três grandes tendências conceituais, que, didaticamente, classificamos em: (1) Ensino de Arte Pré-Modernista; (2) Ensino de Arte Modernista; e (3) Ensino de Arte Pós Modernista ou Pós-Moderno. Na Tendência Pré-Modernista, encontraremos a concepção de Ensino da Arte como Técnica; já na Tendência Modernista, vamos encontrar a concepção de Ensino da Arte como Expressão e também como Atividade; e finalmente na Tendência Pós Modernista, a concepção de ensino da Arte como Conhecimento.
O Ensino de Arte como técnica: A ideia de ensino de arte como técnica está ligada à origem do ensino de arte no Brasil. Com a presença dos Jesuítas, em 1549, iniciou-se o ensino de arte na Educação
Brasileira através de processos informais, caracterizados pelo ensino da arte em oficinas de artesãos. O objetivo era catequizar os povos da terra nova, utilizando-se, como um dos instrumentos, o ensino de técnicas artísticas. Na educação formal, o ensino de arte tem a sua gênese marcada pela criação da
Academia Imperial de Belas Artes, em 1816, com a chega da Missão Artística Francesa, formada por grandes nomes da arte da Europa. Todos os membros da Missão Francesa possuíam uma orientação neoclássica, que marcou o seu modo de ensinar arte. Predominava o exercício formal da produção de figuras, do desenho do modelo vivo, do retrato, da cópia de estamparias, obedecendo a um conjunto de regras rígidas.
O Ensino de Arte como expressão: A concepção de ensino de arte como o desenvolvimento da expressão e da criatividade tem as suas bases conceituais e metodológicas ligadas ao Movimento
Escolinhas de Arte (MEA). O MEA foi o primeiro importante movimento que possibilitou o processo de transformação filosófica e metodológica de nossa Arte/Educação (AZEVEDO, 2000). Um outro fator foi que o MEA, sendo o responsável pela formação inicial e continuada dos arte/educadores de diferentes regiões brasileiras, conforme apresentado nos estudos de Varela.
O Ensino de Arte como atividade: A concepção de ensino da arte baseada na simples realização de atividades artísticas é resultado do esvaziamento dos conteúdos específicos da área de arte na educação escolar. Essa concepção de ensino foi legitimada através da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN), de n° 5.692, promulgada em 11 de agosto de 1971, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de arte nos currículos das escolas de Ensino Fundamental e Médio.
O Ensino de Arte como conhecimento : A concepção de ensino de arte como conhecimento, ao contrário das teses liberais, positivistas e modernistas, defende a ideia da arte na educação com ênfase na própria arte. Segundo Rizzi, “a Arte importante por si mesma e não por ser instrumento para fins de outra natureza.” Compreende a arte como uma área de conhecimento, como uma construção social, histórica e cultural é trazer a arte para o domínio da cognição, como um dos elementos de manifestação da razão.
Texto IV:
Objetivo:Relacionar os estágios de desenvolvimento gráfico infantil: rabiscação, garatuja, fase pré-esquemática e fase esquemática com o próprio desenvolvimento humano.
Os estágios de desenvolvimento gráfico infantil
e o próprio desenvolvimento humano
0 a 2 anos:
Estágio do desenvolvimento gráfico infantil:
Rabiscação: Os movimentos são desordenados e incontrolados, mas proporcionam prazer à criança. Pesquisa de movimentos, curiosidade e exploração de materiais diversos.
Estágio do desenvolvimento humano:
Sensório-motor: Nessa fase a inteligência trabalha por meio das percepções (simbólico) e das ações (motor)através do deslocamento do próprio corpo. A linguagem está sendo formada e vai da repetição de sílabas à formação de palavras frase, já que a criança não representa mentalmente o objeto e as ações.
2 a 4 anos:
Estágio do desenvolvimento gráfico infantil:
Garatuja: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexe o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.
Pode ser dividida em: Desordenada (movimentos amplos e desordenados) e Ordenada (movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado).
Estágio do desenvolvimento humano:
Simbólico: Surge a função semiótica, fase em que a criança pode criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação; é o período da fantasia, do faz de conta e do jogo de símbolos.
4 a 6 anos:
Estágio do desenvolvimento gráfico infantil:
Pré-esquemático: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido a vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional.
Estágio do desenvolvimento humano:
Intuitivo: Instala-se o desejo de explicação dos fenômenos, a fase dos porquês. A criança começa a distinguir a fantasia do real, e o pensamento continua centrado no próprio ponto de vista.
7 a 10 anos:
Estágio do desenvolvimento gráfico infantil:
Esquemático: Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto à figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto à cor; podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional.
Estágio do desenvolvimento humano:
Operatório concreto: O indivíduo já é capaz de ordenar o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é feita em grupos, e ele já pode compreender regras.
Texto V:
Objetivo:Relacionar e registrar atividades culturais conhecidas e realizadas em educação infantil, tais como: contação de histórias, cantigas de roda e expressão visual.
Atividades culturais conhecidas e realizadas em educação infantil
Contação de histórias: A contação de histórias provoca na criança prazer, imaginação, poder de observação, amplia as experiências, gosto pelo artístico, a estabelecer ligação entre fantasia e realidade.
As histórias enriquecem a experiência, a capacidade de dar sequencia lógica aos fatos, sentido da ordem, esclarecimento do pensamento, a atenção, gosto literário, ampliação do vocabulário, o estimulo e interesse pela leitura, a linguagem oral e escrita. Por este contexto, é que cada vez mais as escolas e os pais devem adotar a literatura infantil para a educação das crianças, pois somente assim formarão adultos competentes e responsáveis na formação de um mundo melhor.
Cantigas de roda: As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias. são muito executadas em escolas, parques e outros espaços frequentados por crianças. as músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. as letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil. Além de cantar com os alunos, o educador pode imprimir as letras para trabalhar letras ou palavras, ilustrações feitas pelas próprias crianças.
Expressão Visual: A criança, através da arte, registra seu mundo, transmitindo sua ânsia de viver, crescer e integrar- se. Com a expressão artística a criança estará afirmando sua capacidade de designar, de se orientar. Para expressar- se precisa de certos elementos que compõe o meio, e antes de tudo de uma grande dose de liberdade e compreensão daqueles que a rodeiam. Ela passa por diferentes fases evolutivas. Em qualquer destas fases, deve expressar livremente seus sentimentos e impressões, mantendo constantemente sua imaginação. Ela cria em torno de si um ambiente de jogo, sempre um espaço de criação. Lúdico, pois a criança desenha para brincar.
Quando a criança se expressa através da arte, ela se lança, se projeta. Desta forma ela se modifica e está sendo modificada. Ela expressa o que sente e assimila aspectos dos ambientes de suas vivências. Faz a composição, a construção e a revelação de suas histórias.
Texto VI:
Objetivo:Descrever, através de atividades práticas com crianças, o desenvolvimento de expressão visual e motora, além da integração mente/corpo na atividade gráfica.
O desenvolvimento de expressão visual e motora e a
integração mente/corpo na atividade gráfica
PSICOMOTRICIDADE: Atribui-se à educação psicomotora uma formação de base, indispensável a toda criança, que responde a uma dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional, tendo em conta as possibilidades da criança, e ajudar sua afetividade a se expandir e equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano.
Podemos definir psicomotricidade como a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas. Ela é a ciência do corpo e da mente.
A psicomotricidade integra várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas partes), relacionando-o com afetividade, o pensamento e o nível de inteligência. Ela enfoca a unidade da educação dos movimentos, ao mesmo tempo que põe em jogo as funções intelectuais.
Podemos definir psicomotricidade como a educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas. Ela é a ciência do corpo e da mente.
A psicomotricidade integra várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo (todas as suas partes), relacionando-o com afetividade, o pensamento e o nível de inteligência. Ela enfoca a unidade da educação dos movimentos, ao mesmo tempo que põe em jogo as funções intelectuais.
O PAPEL DO PROFESSOR: Cabe ao professor conhecer as etapas do desenvolvimento psicomotor da criança, características das faixas etárias, necessidades e interesses, para melhor planejar a ação docente. Por isso, é de fundamental importância o professor desenvolver atividades sabendo a que servem, e não aleatoriamente, arrolando-as como necessárias ao domínio do esquema corporal, como se esta expressão significasse apenas uma coisa.
Na pré-escola o papel do professor não é alfabetizar, mas estimular funções psicomotoras necessárias ao aprendizado formal. Através do seu conhecimento e sensibilidade, ele pode dosar teoria e prática de maneira gradual, combinando os estímulos adequados para cada tipo de aluno.
RELAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL: Até os dois anos e meio, o espaço da criança é um espaço vivido dentro do qual ela se ajusta desenvolvendo seus movimentos coordenados em função de um objetivo a ser atingido. Entre os 3 e os 6 anos, a criança chega à representação dos elementos do espaço, descobrindo formas e dimensões. No final do período pré-escolar, a evolução da relação corpo-espaço resulta numa organização egocêntrica do universo. A criança descobriu sua dominância verbalizou-a e chega assim a um corpo orientado que lhe servirá de padrão para situar os objetos colocados no espaço. Exemplos: Andar devagar até o fim da sala. Bater bola e pular corda, devagar e depressa.
RELAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL: Até os dois anos e meio, o espaço da criança é um espaço vivido dentro do qual ela se ajusta desenvolvendo seus movimentos coordenados em função de um objetivo a ser atingido. Entre os 3 e os 6 anos, a criança chega à representação dos elementos do espaço, descobrindo formas e dimensões. No final do período pré-escolar, a evolução da relação corpo-espaço resulta numa organização egocêntrica do universo. A criança descobriu sua dominância verbalizou-a e chega assim a um corpo orientado que lhe servirá de padrão para situar os objetos colocados no espaço. Exemplos: Andar devagar até o fim da sala. Bater bola e pular corda, devagar e depressa.
PERCEPÇÃO CORPORAL: Consciência do próprio corpo, de suas partes, com movimentos corporais, das posturas e das atitudes. Habilidade de evocar e localizar as partes do corpo. É a comunicação consigo mesmo e com o meio.
Exemplo: localizar o ombro do coleguinha.
Exemplo: localizar o ombro do coleguinha.
EQUILÍBRIO: É o cerebelo que ajusta permanentemente o tônus postural em combinação com o desenvolvimento motor. Exemplos: brinquedo de estátua, marcha nos calcanhares, permanência em pé, sentado ou deitado.
LATERALIDADE: Predominância do uso de todos os órgãos pares. Pode ser direita ou esquerda. Deve ser observado o pé, a mão e o olho. No primeiro ano de vida não há preferência por nenhum lado. No segundo ano de vida ela continua usando ambas as mãos, mas gradativamente fixa a preferência por uma delas. Com dois anos completos quase todas as crianças já definiram sua lateralidade, mesmo que depois apareçam breves períodos de uso da outra mão. Finalmente, com seis anos está completa a definição. Também há uma nítida preferência por um dos olhos, por um dos pés, isto podendo ser no destro uma dominação dos três instintos. Exemplo: Com a mão dominante; pedir que a criança pegue um objeto qualquer. Observar a mão que ela irá usar.
RITMO: Diz respeito à movimentação própria de cada um. Ritmo lento, moderado, acelerado, cadenciado. Noção de duração e sucessão, no diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.
LATERALIDADE: Predominância do uso de todos os órgãos pares. Pode ser direita ou esquerda. Deve ser observado o pé, a mão e o olho. No primeiro ano de vida não há preferência por nenhum lado. No segundo ano de vida ela continua usando ambas as mãos, mas gradativamente fixa a preferência por uma delas. Com dois anos completos quase todas as crianças já definiram sua lateralidade, mesmo que depois apareçam breves períodos de uso da outra mão. Finalmente, com seis anos está completa a definição. Também há uma nítida preferência por um dos olhos, por um dos pés, isto podendo ser no destro uma dominação dos três instintos. Exemplo: Com a mão dominante; pedir que a criança pegue um objeto qualquer. Observar a mão que ela irá usar.
RITMO: Diz respeito à movimentação própria de cada um. Ritmo lento, moderado, acelerado, cadenciado. Noção de duração e sucessão, no diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.
Na parte gráfica, as dificuldades de ritmo contribuem para que a criança escreva duas ou mais palavras unidas, adicione letras nas palavras ou omita letras e sílabas. Exemplos:Levantar e baixar na ponta dos pés. Bater palmas no ritmo do professor (rápido, lento, forte, fraco).
COORDENAÇÃO ÓCULO MANUAL: O arremesso tem um interesse educativo considerável, sob o ponto de vista do desenvolvimento global da coordenação. O que vai nos interessar, principalmente no curso preparatório e no curso elementar, é o papel que esta atividade pode desempenhar na ligação entre o campo visual e a motricidade fina da mão e dos dedos: coordenação óculo-manual. Exemplos: Passes em toque de vôlei. Jogar a bola com uma das mãos; pegá-la de volta com a outra.
COORDENAÇÃO GLOBAL (COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA): Realização de grandes movimentos com todo o corpo, envolvendo as grandes massas musculares, havendo harmonia nos deslocamentos. Não a precisão nos movimentos, embora seja importante a coordenação perfeita dos movimentos. Exemplo: marchar, batendo palmas, correr, saltar, etc.
COORDENAÇÃO MOTORA FINA: É a capacidade para realizar movimentos específicos, usando os pequenos músculos, afim de atingir a execução bem sucedida da habilidade. Requer um ato de grande precisão no movimento. Movimentos manuais em que coordenação e a precisão são essenciais. Exemplos: tocar piano, escrever, modelagem com massinhas, recortar, colar, trabalhos com objetos pequenos como pinças, alicates de unha.
AGILIDADE: São todas as atividades que exigem movimentos rápidos e precisos.
Exemplos: Fazer uma fila, colocar cones enfileirados e pedir que alunos corram em velocidade esquivando, dos cones. Aula de queimada.
COORDENAÇÃO ÓCULO MANUAL: O arremesso tem um interesse educativo considerável, sob o ponto de vista do desenvolvimento global da coordenação. O que vai nos interessar, principalmente no curso preparatório e no curso elementar, é o papel que esta atividade pode desempenhar na ligação entre o campo visual e a motricidade fina da mão e dos dedos: coordenação óculo-manual. Exemplos: Passes em toque de vôlei. Jogar a bola com uma das mãos; pegá-la de volta com a outra.
COORDENAÇÃO GLOBAL (COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA): Realização de grandes movimentos com todo o corpo, envolvendo as grandes massas musculares, havendo harmonia nos deslocamentos. Não a precisão nos movimentos, embora seja importante a coordenação perfeita dos movimentos. Exemplo: marchar, batendo palmas, correr, saltar, etc.
COORDENAÇÃO MOTORA FINA: É a capacidade para realizar movimentos específicos, usando os pequenos músculos, afim de atingir a execução bem sucedida da habilidade. Requer um ato de grande precisão no movimento. Movimentos manuais em que coordenação e a precisão são essenciais. Exemplos: tocar piano, escrever, modelagem com massinhas, recortar, colar, trabalhos com objetos pequenos como pinças, alicates de unha.
AGILIDADE: São todas as atividades que exigem movimentos rápidos e precisos.
Exemplos: Fazer uma fila, colocar cones enfileirados e pedir que alunos corram em velocidade esquivando, dos cones. Aula de queimada.
TONICIDADE: É o ato de tonificar-se, fortalecer-se, robustecer. É a qualidade, estado ou condição de tônico. Consideramos que a tonicidade é a força muscular que o aluno/criança vai adquirindo devido a atividades realizadas no dia a dia.
Referências:
CASTRO, Eline Fernandes de; A importância da leitura infantil para o desenvolvimento da criança. / Pedagogia ao pé da letra
SILVA, Everson Melquiades Araújo TENDÊNCIAS E CONCEPÇÕES DO ENSINO DE ARTE NA EDUCAÇÃO ESCOLAR BRASILEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DA TRAJETÓRIA HISTÓRICA E SÓCIO-EPISTEMOLÓGICA DA ARTE/EDUCAÇÃO
http://www.tiochoquito.com.br/textos_e_artigos_educacaopsicomotora.asp
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