segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
domingo, 6 de dezembro de 2015
Dona Luzia
_ Oi ,
Luzia.
_ Pra você
é dona.
_ Ai, dona
Luzia, só estava querendo agradar. Quando eu chamo os outros de senhor e dona
na rua, faltam pouco me bater.
_ Eu também
não gosto, que me chamem de dona na rua. Só tenho trinta e dois anos.
_ Então?!
_ Aqui é
diferente. Impõe respeito.
_ Tá legal!
Não entendi nada, mas tá legal. A senhora pode me arranjar um livro que fale de
amor?
_ Tantos
livros falam sobre amor. Que tipo você quer?
_ Ah, sei
lá. É para uma redação que o meu professor pediu. Já perguntei para algumas
pessoas, mas não chego a nenhuma conclusão.
_
Posso procurar em algum livro.
_ E a
senhora, não tem nenhuma história de amor para contar?
_ Prefiro
as dos livros.
_ Não é
casada? Nunca esteve apaixonada?
_ Não. Eu
não sou casada. E sim. Eu já estive apaixonada.
_ Ah! Então
me conte como foi. Aposto que é uma história daquelas!
_ Garanto
que não tem nada de interessante.
_ Conta!
_ Está bem.
Mas depois não reclame. Eu já avisei que a história não foi interessante.
_ Onde o
conheceu?
_ Foi na
escola. Não me interessei muito por ele. Quer dizer, me interessei sim, mas não
queria admitir. Achava que ele era meio feio.
_ E?
_ Minha
melhor amiga disse que ele era perfeito para mim e eu fiquei irritada. Achava
que merecia algo bem melhor. E cheguei até encontrar alguém mais bonito que
ele. Um rapaz que conheci numa festa. Mas o namoro não durou nada.
_ Então se
apaixonou por ele.
_ Não. Foi
aos poucos. Percebi que ele era um cara legal e ele me fazia tantos elogios.
_ Levou a
senhora na conversa?
_ Mas ou
menos por aí. Ele me olhava muito. Dizia que eu era linda. Eu acreditava.
_ Todas as
mulheres acreditam, dona Luzia. E o que aconteceu? Vocês namoraram?
_ Não. Um
dia estávamos voltando juntos da escola. Nós estávamos meio sem jeito. Tínhamos
nos desentendido no dia anterior, mas parecia que o desentendimento estava
passando. De repente me pareceu que ele ia se declarar e ele me disse que
estava namorando uma garota do tipo popular, de nossa escola. Levei um choque.
O engraçado foi que eu pensei que nessa hora ele dizer que gostava de mim.
_ Que coisa
horrível! Não acho nada disso engraçado. Decididamente sua história não vai
servir. Pode me dar um romance, por favor?
_ Eu disse
que não ia gostar. Vou buscar seu livro.
Grande
história, essa da Dona Luzia. Como vou escrever sobre uma coisa dessas? Que
coisa horrível. Pobrezinha. Vai ver é por isso que ela é tão mal humorada.
_ Aqui está
o livro. Espero que sirva.
_ Obrigada, Dona Luzia. Até
mais.
_ Não
esqueça de assinar o empréstimo. E não vá perder o livro.
_ Está bem, Dona Luzia.
Lá vem o
mau humor de novo. Agora eu já sei a razão. Ninguém merece o que esse cara fez
com ela.
_ Tchau,
dona Luzia.
_ Tchau.
FIM
sábado, 5 de dezembro de 2015
Super Gatinha
Super Gatinha
_ Oi, Super Gatinha!
Não credito
que o Teo esta´ falando isto pra mim. Geralmente ele só gosta de me detonar.
Mas é muito bom ouvir um elogio de vez
em quando.
_ Ai, Teo. Fala de novo.
_ Linda!
_ Obrigada.
_ Todo
animal precisa de carinho!
_ Teo, você
é no-jen-to.
Estava
demorando. Eu devia ter desconfiado.
_ Vamos no
cinema?
_ Só morta!
Sair com o
Teo! Eu é que não vou pagar este mico. Se as meninas sabem, não vão me deixar
em paz.
_ Por quê?
_ Teo, você
é ridículo. Só isso. Além do mais, é horrível sair com amigo homem.
_ Por quê?
_ Ele perguntou indignado.
_ Não
lembra daquele dia que nós fomos ao shopping?
_ Lembro.
Foi legal.
_ Só se foi
pra você. Nenhum gatinho me paquerou porque devem ter pensado que eu era sua
namorada.
_ Arg!
_ Como se
você fosse alguma coisa.
_ Eu não
sou alguma coisa. Eu sou alguém.
_
Engraçadinho. Pois, pra mim, você não é ninguém. Sem contar naquela blusa horrorosa
que você disse que estava boa em mim. Gastei meu dinheiro à toa. Depois ainda
teve a cara de pau de dizer, na frente das meninas, que na hora tinha achado
que ela estava meio larga. Que raiva!
_ Você não sabe escolher suas
roupas?
_ Eu só
pedi a sua opinião. Se fosse uma menina teria dito que não estava legal.
_ Que nada!
Vocês meninas, são todas umas falsas.
_ Teo, pela
camada de ozônio que ainda resta sobre a Terra, vê se me erra!
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
As Aventuras da Princesinha da Torre
As Aventuras da Princesinha da Torre
Avistaram uma caverna. Não via a
hora de matar um dragão.
_ Veja, João. _ Disse a
Princesinha apontando para a caverna.
_ O quê?
_ É uma caverna, não é?
_ Sim, é uma caverna.
_ Isso não te diz alguma coisa?
_ O quê?
_ Uma caverna, João. Certamente
tem um dragão aí dentro. Pegue sua espada.
_ Mas por que temos que matar um
dragão? _ Ele perguntou.
_ Príncipes matam dragões para
salvarem princesas.
_ Mas eu não sou um príncipe e
você me parece a salvo.
_ Não é você quem irá matar o
dragão. Sou eu! Você será apenas meu escudeiro.
_ Está certo. Tome a espada,
então. _ Ele lhe estendeu a espada e ela quase deixou cair. Era muito pesada.
_ Por que não trouxe uma espada
mais leve?
_ As espadas em geral são bem
pesadas. Tem certeza que sabe usar uma
espada?
_ Claro que sim. Sempre vencia
você nas lutas de espadachim, não se lembra?
_ Claro que me lembro! Você e Ítalo
sempre me venciam. Mas se bem me lembro, usávamos espadas de madeira.
_ Que diferença faz?
_ Não pode comparar espadas de
brinquedo com espadas de verdade.
_ É tudo a mesma coisa. Me ajude
logo a descer desse cavalo e vamos matar este dragão.
_ Está certo.
João desceu do cavalo e ajudou a
Princesinha a descer do seu.
_ Vá na frente, João. _ Disse a
Princesinha, já sem muita coragem. _
Afinal de contas, você é o meu escudeiro.
_ Está bem. _ Disse João tomando
a sua frente. _ Neste caso, não é melhor que eu segure a espada?
_ Está certo. _ Disse a
Princesinha entregado a espada para João.
_ Como sabe que tem um dragão
aqui dentro?
_ Por que os dragões costumam se
esconder em cavernas.
_ Espero que não seja um dos
grandes. Eu nunca matei um dragão.
_ Muito menos eu. _ Disse a
Princesinha, já um tanto amedrontada.
_ E por que tem que matar um?
_ Não sei. Faz parte das
aventuras.
_ Mas por que temos que matá-lo?
_ Para salvar uma princesa,
talvez.
_ Mas você já está a salvo. Saiu
sozinha da torre.
_ Não sou a única princesa que
existe.
A medida que iam entrando na
caverna, ficava mais escuro.
_ Não seria melhor acendermos uma
tocha? Quase não enxergo nada. _ Disse a Princesinha.
Já começava a ficar apavorada. E
se o dragão fosse um dos grandes?
_ Melhor não. _ Disse João. _ Ele
facilmente nos avistaria. Vamos contar com o elemento surpresa. Tem certeza de
que existe um dragão aqui dentro?
_ Como vou saber? É a primeira
caverna em que entramos. Não está com medo, está?
_ Claro que estou. Na verdade
estou apavorado. Tem filhos para criar.
_ Não vai acontecer nada! Deixe
de bobagens. Deixe que vou na frente. _ Disse a Princesinha antecedendo João.
_ Nesse caso é melhor que você
segure a espada.
_ Não. Fique com ela. É muito
pesada.
_ E se o dragão atacar?
_ Começo a me arrepender de ter
deixado você vir no lugar de André. _ Disse a Princesinha já impacientando-se.
_ Aposto que ele estaria com mais coragem que você.
_ Ah! Com certeza. _ Disse João.
_ Ele tem muito mais coragem e juízo de menos também. Não tem esposa e filhos.
É apenas um menino.
_ Pare de ficar falando o tempo
todo em esposa e filhos, foi você quem se ofereceu para vir. Eu não te chamei.
_ Mas chamou meu filho. O que
queria que eu fizesse?
_ Já que veio, comporte-se como um verdadeiro
escudeiro.
_ Mas não sou um escudeiro. Sou
um simples jardineiro. Não mato dragões. Planto rosas.
_ Pare de reclamar ou vai acordar
o dragão. _ Disse a Princesinha num sussurro.
_ Avistou o dragão? _ Sussurrou
João também.
_ Claro que não! O que posso ver
nesta escuridão? Você e esse tal de elemento surpresa. Daqui a pouco nós é que
seremos surpreendidos.
_ Não diz o ditado: “Quem faz
surpresa acaba surpreendido”?
_ Deixe esses ditados populares
pra lá. Quer saber de uma coisa? Cansei-me desta história de matar dragões. Não
quero salvar nenhuma princesa mesmo. Vamos embora desse lugar escuro e abafado.
Como está quente aqui!
_ É melhor irmos embora mesmo._
Concordou João.
Deram meia volta e saíram da caverna. Começaram a
cavalgar. O dia estava lindo! As árvores eram belas. Quantas flores pelo
caminho. Era bem melhor que procurar dragões em cavernas escuras. Ainda teriam outras aventuras menos perigosas.
O Barco Boas Novas
O Barco Boas Novas
No Marajó, foi estabelecido um importante trabalho missionário.No ano de 1914, Daniel Berg visitou Caviana, sendo bem recebido até por pessoas não-evangélicas. Ali, os irmãos oraram ao Senhor pedindo um barco, e Deus tocou o coração de um fazendeiro da ilha para ofertar a embarcação. O barco recebeu o nome de "Boas Novas" e foi o primeiro meio de transporte utilizado para evangelização pela Assembléia de Deus no Brasil.
Olga
Olga foi à frente da classe para
iniciar o trabalho. Não era bem do tipo popular, uma estranha no ninho,como
muitas vezes se sentia Anabel naquela escola.
Olga era estranha, é bem verdade,
mas não tanto para receber tantos agravos como recebia.
Os demais do grupo haviam
faltado. Uma dor de barriga coletiva? O professor não deu moleza. Ou Olga
apresentava sozinha ou ficava sem a nota.
Sentiu que a garota arrastava os
pés. Pareceu não dar confiança para os risos. A turma já começava a caçoar antes
mesmo da garota abrir a boca. Fabríca parecia liderar as alfinetadas. Logo
Fabrícia.Que vontade de rir.Não queria se meter, mas logo Fabrícia. Qual é? A
garota não tinha espelho em casa? E porque Olga não a colocava em seu devido
lugar?
A bagunça estava geral. O
trabalho havia começado e o professor não falava nada. Olhou nos olhos de Olga.
Estava na cara que ela não suportava aquele lugar. Ir à escola não passava de
uma obrigação.
Eles depreciaram sem pena e sem
dó, sem nenhum motivo aparente. Anabel olhava um por um. Fabrícia, Fred, Alex,
cada um tinha uma piadinha para soltar para a menina. Céus, o que uma pessoa
tem que fazer para ganhar pontos? Entendeu a dor de barriga coletiva daquele
grupo. Apresentar um trabalho naquela turma era o mesmo que ser atirado numa
arena de leões.
Olga mantinha-se quase
fria.Falava sobre o trabalho. Escorregava aqui, mantinha-se firme ali. Por hora
brincava também e em outros despejava respostas cáusticas. Ninguém é de ferro.
Olga detestava todos eles. Estava escrito em sua testa.
Fabrícia ficou sem graça, mas não
se deu por vencida. Fred calou a boca logo que foi confrontado com uma resposta
inteligente em rebate a uma coisa errada que ele julgava certa.
Simone ajudava. Simone era uma
boa alma. O trabalho terminou e o professor deu os parabéns.
Anabel sentiu nojo de tudo
aquilo. Nojo de seus amigos, se assim os podia chamar, que diziam toda sorte de
desaforos a fim de unicamente desestabilizar o trabalho da colega. Nojo do
professor que não tinha forças para combater uma turma tão insuportável. Anabel
não era cega. Ele também não gostava deles. Ele simplesmente se deixara vencer.
Entrava na sala. Comentava a matéria em respeito a quem viera realmente
estudar. Recebia outros comentários jocosos e mandava de volta outros, que a
turma nem sempre tinha inteligência para discernir. Passava o dever. Fazia a
chamada. Vez ou outra olhava para o relógio e só dava um leve sorriso quando o
sinal já ia bater.
O pior de tudo fora o nojo que
Anabel sentira dela mesma por não ter defendido Olga. Simone não tivera
coragem? Por que Anabel ficara quieta? Sabia a resposta. Era uma covarde. Não
podia entrar em atrito com aquela gente. Não era como Simone, a queridinha de
todos. Estava do outro lado, como Olga e o próprio professor. Naquela sala,
para sobreviver, era necessário matar um leão por dia.
O primeiro dia de aula
O primeiro dia de aula
O primeiro dia de aula para Anabel. Transferida quase no meio do ano.
Aquilo era injusto. A escola era bonita, mas não se sentiu bem ali. Já
adivinhava que teria problemas.
Anabel entrou na sala de aula. Teve vontade de sair correndo. Entrar
numa turma de segundo ano nesta altura do campeonato era uma loucura. Ela sabia
que ia ser pedreira.
Entrou e sentou-se numa cadeira no fundo da sala. A turma era
barulhenta. Alguns estranharam o fato dela entrar na sala, mas ninguém fez
nenhuma pergunta.
A professora entrou com cara de poucos amigos. Tentava falar e ninguém
deixava. Deus! Aquilo parecia um pesadelo.
Um garoto louro não parava de falar. Levantada a todo tempo. Dizia
gracinhas. Será que era sempre assim? Não gostou dele de cara. Conhecia tipos
como aquele. Tão logo descobriria um apelido para ela e não mais a deixaria em
paz. Que saudade da outra escola. Que saudade do Fernando. Ele jamais faria
algo do tipo com ela.
_ Vamos fazer um trabalho em grupo. _ Propôs a professora. _ Dividam-se
em grupos de quatro.
Anabel sobrou. Mas isso ela já sabia. Não conhecia ninguém e nenhuma
menina lhe estendeu a mão. Anabel já estava acostumada. Mas nem por isso doía
menos. Só não contava que sobrasse para
ela a dupla rejeitada por todos. O garoto louro e o amigo. Formavam uma dupla
intragável. Ela teve que se juntar a eles, por ordem da professora.
Um nó subiu em sua garganta. Fazer um trabalho de grupo com aqueles
garotos?! Ela não merecia. Não no primeiro dia. A professora só podia estar
brincando. Ela entregou o texto na mão de Anabel. Os outros dois não estavam
nem aí.
Era melhor puxar algum assunto ou não ia rolar nenhum trabalho.
_ Oi, sou Anabel. _ Ela disse num fio de voz. _ E vocês?
Os dois a mediram de cima a baixo e o louro falou:
_ Eu sou o Alex e este Guri é o Fred.
_ Vamos começar a ler o texto? _ Ela propôs.
Eles não falaram nada. Apenas ficaram olhando para ela com cara de quem
está diante de um ET.
Ela começou a ter o texto em voz alta. Mas eles não estavam nem aí.
Olhou para eles. Tinham uma cara debochada. Tudo de novo! Pensara que tinha se
livrado disso.
O trabalho não andava. Parecia que ela estava lendo para as paredes.
Alex cochichou algo no ouvido de Fred. Os dois riram. Só podia ser
dela. Mas não falou nada. Não queria confusão no primeiro dia de aula.
_ Tu falas muito engraçado, guria. _ Disse Alex, não se contendo.
_ Você é quem fala engraçado, guri. _ Disse Anabel enfatizando a
palavra guri.
Eles riram novamente. Anabel teve vontade de sair correndo. Logo no
primeiro dia! Por que o pai sempre fazia aquilo com ela?
Voltou a ler. Mais baixo, quase que para si mesma. Não estava nem aí
para aqueles moleques.
_ Vou ao banheiro. _ Disse Alex, levantando-se.
Ele falou com a professora e saiu. Ela não parecia gostar dele também.
Deixou ir sem nenhum problema. Parecia querer vê-lo pelas costas.
Ela e Fred começaram o trabalho. Na verdade ela começou, Fred não
contribuía com muita coisa. Na verdade, com quase nada. Mas pelo menos estava
lá. Enquanto Alex parecia ter esquecido da vida.
_ O guri está demorando, não achas?
_ Não pense que vou colocar o nome dele no trabalho se ele não fizer
nada. _ Disse Anabel, com uma fúria que desconhecia. _ Vai buscar o seu
amiguinho.
_ Vai tu, guria. _ Disse Fred, recostando-se na cadeira.
Que raiva daquele garoto também. Não fazia nada e nem pra buscar o
amigo servia. Se ficasse ali, acabaria pulando no pescoço dele.
_ Vou mesmo. – Disse entregando a folha ao rapaz. _ Vai terminado aí.
Geralmente era mais cordata. Mas estava detestando aqueles dois.
Pediu licença à professora e saiu. Precisava mais
esfriar a cabeça do que achar Alex. Foi
ao bebedouro. Uns meninos jogavam futebol no pátio. Alex simplesmente estava
sentado, assistindo o jogo. Como se não tivesse mais nada para fazer. Mas isso
não ia ficar assim mesmo. Foi até ele.
_ Se você quer ficar aí se divertindo, pode ficar. Mas nem pense que
vou colocar o seu nome no trabalho.
_ Qual é, guria? _ Disse Alex com a mesma cara cínica. _ Já estou indo.
Ela virou as costas e ele veio atrás dela. Ganhou um inimigo. Ela
sentia. Por que os garotos faziam aquilo? Não podia entender.
Com Fernando fora diferente. Ele lhe dava atenção. Por que o pai tinha
que viver pulando de galho em galho? Não estaria tão infeliz agora.
Entrou dentro da sala e arrancou a folha de Fred. Ele não escrevera uma
linha. Olhou para ele. Fuzilando-o com o olhar. Não adiantava. Eles que
ficassem pra lá. Meninos! Ia fazer o trabalho sozinha.
Os garotos brincavam o tempo todo. Anabel tinha vontade de chorar. Mas
não ia dar este gostinho a eles.
Terminou o trabalho e colocou o nome dos dois. O sinal bateu e ela
voltou pro seu lugar. Na hora do recreio ficou sozinha. Não abriu mais a boca,
durante toda aula. Quando o sinal bateu, avisando o fim das aulas, se sentiu
aliviada. Odiou aquela escola. Odiou aqueles garotos. Queria nunca mais colocar
os pés naquela escola. Mas sabia que não podia fazer aquilo.
O Garoto Perfeito
Anabel chegou à casa. Era quase
noite. O trabalho demorara um pouco mais do que imaginara.
Fernando
conversara com ela. Fora tão atencioso. É certo que ficaram meio sem jeito
enquanto estiveram sozinhos. Não era amiga dele. Não tinham conversa para
fluir. Mas na hora do lanche, conversaram bastante. Nunca um rapaz tão bonito
lhe dispensara tanta atenção.
Os rapazes
bonitos da escola, conversam apenas com as meninas bonitas. Meninas do tipo de
Anabel não lhes atraíam a atenção.
Anabel
tinha acabado de se mudar. Isso acontecia sempre. Seu pai era militar e viviam
mudando de um lugar para outro, feito ciganos. Nem bem fazia amigos e tinha que
começar tudo de novo. Aquilo era insuportável para ela.Era estranho cair de
pára-quedas numa escola onde todos se conheciam. Ela não conhecia ninguém.
O primeiro
laço de amizade que travou foi com Laís. Sabia que seriam amigas para a vida
inteira. Mas Laís era sincera demais pro seu gosto. Muitas vezes a deixava em
saias justas. Mas tinha um bom coração. Mentira e falsidade eram palavras que
não existiam no dicionário da vida dela. Podia confiar na garota. Viviam aos trancos
e barrancos, mas não se largavam.
Com Helena
era mais fácil. Era mais maleável. Era irmã do garoto mais popular da escola,
mas não parecia rezar na cartilha deles. Ela podia ficar na turma mais badalada
do colégio. No entanto, preferia ter suas próprias amigas e Anabel estava entre
elas.
Logo
passaram a sentarem-se juntas. Eram como unha e carne. Amigas inseparáveis. Com
a grande vantagem de Helena ser irmã do garoto mais interessante da escola.
Lembrou-se
de um dia em que ele estava jogando vôlei no pátio da escola, na hora do
recreio. Anabel atravessou o pátio e bem nesta hora a bola caiu e os dois quase
se trombaram. Ele olhou diretamente em seus olhos e ela quase parou de
respirar.
Desviou-se
dele sem falar nada. Ele era irmão de sua amiga, mas não era seu amigo. Por que
ele tinha olhado dentro dos seus olhos? Será que ele sabia de alguma coisa?
Mas agora
era diferente. Eles haviam conversado. Eram amigos. Amigos? Não tanto. Mas
conversaram. Isto era fato.
Anabel
foi dormir e sonhou com ele. Fernando, o garoto perfeito do colégio.
O Amor de Gerardo e Rita
O Amor de Gerardo e
Rita
Elizabeth Teles
Rose Amaral
Essa história de amor
É arretada de bonita
É a história do casório
Lá bem longe, tão distante
Num cantinho do Ceará
Juntou Gerardo mais Rita
Pra modo de se casar
Mas entre Gerardo e Rita
Havia um entrevero
Os pais não queriam o casório
Por questões de dinheiro
O Gerardo tinha de sobra
A Rita tinha de menos
De modo que não queriam
Que se desse o casamento
A mãe da Rita avisou:
“Se os pais do moço não querem
Eu também não vou querer
Esse caso de amor, é tratar de
esquecer
Mas quem manda no coração?
O Gerardo e a Rita não
De modo que eles fugiram
Para celebrar a união
Casaram-se de madrugada
Numa bela igrejinha
Abençoados pelo santo padre
Daquela cidadezinha
Parece até caso de novela
Ou de Romeu e Julieta
Um padre que entende o amor
De um jovem casal sofredor
Gerardo e Rita mudaram-se
Para outra cidadezinha
E lá então começaram
A aumentar a familiazinha
E o tempo se passou
A família se mudou
Viagem de dias inteiros
Lá pro Rio de Janeiro
Avistaram um lugar
E lá foram morar
Mas também longe à beça
O Gerardo mais a Rita
Procuram uma paróquia
Para levar a família
Que sempre estava unida
Quando foram falar com o padre
Tiveram uma baita surpresa
Era o mesmo padre que tinha
Casados aqueles dois, naquela
cidadezinha
E o tempo foi passando
Dez anos, vinte anos
E foi grande esse amor
Por mais de cinquenta anos
Tiveram um monte de meninos
Tratados com muito carinho
E o Gerardo finalmente
Se reconciliou com o painho
O velho foi buscar
Lá pras bandas do Ceará
E o trouxe pra bem pertinho
Pra nunca mais separar
No final tudo se ajeita
Quem o amor não rejeita
Aquela união improvável
Acabou sendo perfeita
FIM
26/05/15
Aprendendo a fazer
vasos
Cris Lua
Rose Amaral
Dizem que
casamento é como um vaso que, quando quebra, não dá mais para colar. Eu sempre
tive a mesma opinião. Acho que não dá para colar um vaso. Eu mesma já tentei colar um, só que não
consegui. Na verdade, todas as outras pessoas esperam que uma mulher não
consiga fazer isso. Parece uma tarefa insuperável para qualquer mulher. E assim
foi pra mim.
Quando
comecei a fazer o meu vaso, as coisas pareciam muito difíceis. E todo mundo duvidou que eu conseguisse. Eu
era tão jovem, tão inexperiente em matéria de vasos e não tinha a menor ideia
de como começar a fazê-lo. Acredito que
outras em meu lugar nem mesmo teriam tentado, mas o conteúdo daquele vaso era
muito precioso para ficar exposto. Eu precisava guardá-lo.
O meu vaso
podia até não ser o mais bonito por fora, nem o maior e muito menos o mais
sólido, mas o conteúdo era tão precioso e para mim tão caro, que resolvi tentar
e finalmente terminei meu vaso.
Todavia, no
fundo, eu não podia negar que aquele vaso era muito pesado para mim. Eu comecei
a fazê-lo quando outras garotas da minha idade nem ao menos pensavam em fazer
vasos. Mas eu tinha decidido fazê-lo e com todas as forças procurava carregá-lo
da melhor maneira que podia.
E foi de
repente que eu vi meu vaso espatifar em mil pedaços pelo chão. Eu rapidamente
peguei o conteúdo que restava e coloquei dentro de um copo e respirei, ainda
que com dor, aliviada ao perceber que aquilo que eu mais prezava, continuava
intacto.
Eu fiquei
ali, magoada e desanimada, diante de tantos cacos, que foi o que restou do meu
vaso. Rapidamente me ofereceram uma pá e uma vassoura para varrer e jogar numa
lata lixo todos aqueles cacos. Mas eu não queria e não podia jogar no lixo
aquilo que tinha restado do meu vaso. Então eu peguei uma caixa e comecei a
recolher um a um, os cacos do meu vaso. E comecei pacientemente o doloroso
trabalho de colar cacos.
Já sabia que
seria muito difícil, mas eu não tinha ideia do quanto era pesado aquele
trabalho. E todos os dias eu me sentava
e tentava refazer o meu vaso. Mas por
mais que eu me concentrasse, nunca considerava que aquele trabalho estava ficando
direito.
Até que
desisti do meu vaso. As pessoas tinham razão: era uma tarefa insuperável para
qualquer mulher. E assim foi pra mim. Então passei a mão no meu copo e
continuei o meu caminho. Tantas pessoas usam copos. Eu podia fazer o mesmo.
No princípio
me pareceu bem mais fácil. Carregar copos era bem mais leve e eu podia resolver
coisas que não tinha resolvido nos tempos de menina.
E o tempo foi passando e então
percebi que sentia falta do meu vaso. Copos são práticos, mas os vasos são
moldados de acordo com os conteúdos que nos são mais caros e não queremos
perder. Copos são tão fáceis de serem confundidos e não têm a marca
personalizada de um vaso.
Caminhei até o guarda-roupa e puxei
da prateleira mais alta, aquela caixa onde havia guardado os cacos do meu vaso.
Reuni todos eles e tomei uma decisão: queria o meu vaso de volta. Sabia que não dava mais para colar os cacos,
mas um vaso novo também não me interessava. Vasos novos também se quebram e
tudo o que eu queria era o meu vaso antigo.
Não havia outra alternativa, para ter
meu vaso de volta, era necessário esmiuçar os pedaços para que virassem pó. E
foi com esse pó que comecei a fazer um novo vaso, com a mesma matéria do
primeiro.
Tem gente que não suporta a ideia de
vasos reciclados, mas eu não sou os outros. Eu faço o que considero certo, porque
peso bem minhas decisões. Fazer vasos é uma coisa trabalhosa. Vasos novos ou
reciclados exigem paciência e amor. Sinto que o vaso que carrego agora é mais
resistente e eu o levo sem medo, porque sou transparente no que faço e não
tenho medo de ser feliz.
FIM
28/05/2015
Um Chazinho de Amor
Um Chazinho de Amor
Lene Lopes
Rose Amaral
Dizem
que amor de primos dura para sempre. A história de Alailton e Eny é bem
parecida com todas as outras desse tipo. Sabe aqueles primos que sempre tiveram
uma quedinha um pelo outro? A história dos dois é assim.
A
maioria das histórias de amor de primos acaba não dando certo. É pai que não
quer, é avó que separa o casal... E quase sempre o casal de primos-namorados
acaba brigando, talvez porque já estão acostumados com aquelas briguinhas de
infância, de quando ainda pensavam que eram irmãos.
No
entanto, a história deles é daquelas que dão frutos. Dois primos que se casam e
constituem famílias, mesmo em face às preocupações que dão um casamento
consanguíneo.
_
Por que a senhora casou com o papai, mamãe? _ Perguntou um dia a filha. _ Não
tinha medo de alguém nascer com defeito?
_
É que o amor vence barreiras, minha filha. _ Respondeu a mãe, com carinho. E
mesmo que vocês tivessem defeitos, eu os amaria do mesmo jeitinho!
Esse
amor tão grande deve ser efeito do chá do João.
Vocês não conhecem que chá é esse? Pois eu vou contar a história:
O
João era o pai do Alailton, que quando criança era bem doentinho. O médico
disse para o João que o que a medicina não curava, as plantas podiam curar.
O
João se pegou com aquilo e começou a dar chás para o filho. Chá de plantas, chá
de amor. E assim curou o filho, com a bênção do Senhor!
Foi
assim que o menino cresceu e constituiu família com a prima querida. Foi um pai
amoroso. Amor que aprendeu com o João, que sabia mexer com as plantas e fazer
chá com o coração.
Fim
26/05/15
Viajando nos teus olhos
Viajando nos
teus olhos
Catia Moreira
Rose Amaral
Quando o sol
se pôs no sertão, Iracema resolveu que era hora de mudar. Hora de dar rumo na
vida. Era hora de trabalhar. Quem sabe no Rio de Janeiro as coisas seriam
melhores? Na certa poderia arranjar um bom emprego.
Então
Iracema partiu. Viu o sol nascer e se pôr, naquela viagem tão comprida.
As portas se
abriram para Iracema. Ela encontrou um lugar para trabalhar na Casa da Paz,
junto das freiras.
Iracema
gostou do trabalho. Quando foi tomar o elevador, de repente seu coração
estacou. Parecia que ia saltar pela boca, pois olhos bem azuis estavam olhando
diretamente para ela.
Que olho
bonito era aquele? Parecia o céu limpo de uma manhã de inverno. Tem amor que
acontece logo de primeira vista.
O moço era
muito atencioso e educadamente a levou naquela viagem de elevador. Pois para
Iracema foi isso mesmo. Uma viagem onde os dois ficaram calados, naqueles
segundos eternos, que só entende quem um dia esteve enamorado.
Iracema,
dedicada, foi cuidar do seu trabalho. Mas guardou no coração aqueles olhos tão
lindos, que de tão azuis pareciam um céu de brigadeiro.
Quando foi
tomar o elevador novamente, o moço não perdeu tempo. Foi logo puxando assunto
com a Iracema. E mais uma vez o seu coração palpitou. Iracema tinha encontrado
o amor numa viagem de elevador.
Aqueles
olhos tinham um nome, que para Iracema passou a ser música, que tocava no mesmo
ritmo das batidas de seu coração:Jo - ão, Jo - ão, Jo - ão, Jo - ão.
E nem
precisa dizer que eles foram felizes para sempre. O João era tão romântico e
sempre trazia flores para Iracema, que logo se tornou a sua esposa querida. Ele
também trazia bombons de coração e escrevia cartinhas ditadas pelo coração.
_ Minha
querida Nove. _ Ele dizia. _ Iracema, que começa com a nona letra do alfabeto.
E caminharam
juntos, de mãos dadas e corações entrelaçados, na longa estrada da vida, como
dois jovens apaixonados.
FIM
26/05/15
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Só para falar de amor
Coletânea
2015
|
Só para falar de amor
Coletânea
2015
Colégio Estadual São
Judas Tadeu
Biblioteca Balbina
Maria Coelho Valle
Colaboradores:
Adilson Amaral
Ana Carolina Gomes
Andrea Ribeiro
Andressa Couto
Ariana Valle
Brenda Aline
Catia Moreira
Clayton Ferreira
Cristiana de Lima
Elizabeth Teles
Éric Alexandre
Gabriel Vettorazzi
Gisele Silveira
Jenifer Souza
Jessica Vitorino
João Vitor Nogueira
Jóice Ferreira
Júlia Campos
Júlia Coelho
Kathleen da Silva
Leticia Alves
Leticia Ferreira
Leticia Marques
Lucas Souza Alves
Marcos Coelho
Natália Gomes
Pamela Rodrigues
Rayane Pereira
Rodrigo Tavares
Rose Amaral
Sidilene Medeiros
TifannyBriceth
Vinicius Marques
DIVERSOS AUTORES
Discentes, Docentes e Funcionários do
Colégio Estadual São Judas Tadeu
Só para falar de amor
Coletânea
2015
Nova Iguaçu
2015
Introdução
Só para falar de amor
Quem não gosta de ouvir uma boa história de amor? Quem não
tem uma história de amor para contar? Quem nunca procurou o amor verdadeiro?
Amor de mãe, amor de filho, de pai, de irmão, amor de homem e mulher.
Simplesmente amor. Todos estão à procura dele.
Procuramos por essas histórias que cada um tem pra contar. E
todo mundo tem uma. A história de amor de seus pais, a história de amor sobre
as quais suas famílias foram constituídas. A história de um primeiro amor, de
um amor que se perdeu, de um amor que durou pra vida inteira. Todas as
histórias de amor são bem-vindas.
Queremos ouvir sobre o amor. Queremos escutar
a voz do coração. Registrando essas histórias, queremos dar voz à palavra. O logos
(em grego, palavra), que significava inicialmente a palavra escrita ou falada:
o Verbo. Mas a partir de filósofos gregos como Heráclito passou a ter um
significado mais amplo. Logos passa a ser um
conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de
racionalização individual ou como um princípio cósmico da ordem e da beleza.
Na teologia cristã o conceito filosófico do logos
foi adotado no Evangelho de João. O evangelista se refere a Jesus Cristo como o
Logos,
isto é, a Palavra: "No princípio era
a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era Deus" (João
1:1). Pois logos é o princípio de
tudo, e logos sempre foi amor.
Elas contam...
Viajando nos
teus olhos
Catia Moreira
Rose Amaral
Quando o sol
se pôs no sertão, Iracema resolveu que era hora de mudar. Hora de dar rumo na
vida. Era hora de trabalhar. Quem sabe no Rio de Janeiro as coisas seriam
melhores? Na certa poderia arranjar um bom emprego.
Então
Iracema partiu. Viu o sol nascer e se pôr, naquela viagem tão comprida.
As portas se
abriram para Iracema. Ela encontrou um lugar para trabalhar na Casa da Paz,
junto das freiras.
Iracema
gostou do trabalho. Quando foi tomar o elevador, de repente seu coração
estacou. Parecia que ia saltar pela boca, pois olhos bem azuis estavam olhando
diretamente para ela.
Que olho
bonito era aquele? Parecia o céu limpo de uma manhã de inverno. Tem amor que
acontece logo de primeira vista.
O moço era
muito atencioso e educadamente a levou naquela viagem de elevador. Pois para
Iracema foi isso mesmo. Uma viagem onde os dois ficaram calados, naqueles
segundos eternos, que só entende quem um dia esteve enamorado.
Iracema,
dedicada, foi cuidar do seu trabalho. Mas guardou no coração aqueles olhos tão
lindos, que de tão azuis pareciam um céu de brigadeiro.
Quando foi
tomar o elevador novamente, o moço não perdeu tempo. Foi logo puxando assunto
com a Iracema. E mais uma vez o seu coração palpitou. Iracema tinha encontrado
o amor numa viagem de elevador.
Aqueles
olhos tinham um nome, que para Iracema passou a ser música, que tocava no mesmo
ritmo das batidas de seu coração:Jo - ão, Jo - ão, Jo - ão, Jo - ão.
E nem
precisa dizer que eles foram felizes para sempre. O João era tão romântico e
sempre trazia flores para Iracema, que logo se tornou a sua esposa querida. Ele
também trazia bombons de coração e escrevia cartinhas ditadas pelo coração.
_ Minha
querida Nove. _ Ele dizia. _ Iracema, que começa com a nona letra do alfabeto.
E caminharam
juntos, de mãos dadas e corações entrelaçados, na longa estrada da vida, como
dois jovens apaixonados.
FIM
26/05/15
O meu amor
Catia Moreira
Conheci meu marido através de uma
amiga em comum. A princípio não surgiu nada entre nós, porque ambos gostávamos
de outras pessoas.
A amizade cresceu entre nós e logo
começamos a trocar confidências. Eu sabia que ele era apaixonado pela minha
amiga e procurava dar força para ele. Ele também sabia da minha paixão não
correspondida.
O problema (que agora eu vejo como
solução) era que a minha amiga não dava a mínima para ele. Quando saíamos
juntos, eu ficava dando uma de “Cupido” para tentar ajudá-lo. Mas minha amiga
sempre saía pela tangente e por mais força que eu fizesse, o meu papel de
“Cupido” não estava dando certo. Ainda bem que eu falhei nessa parte, mas na
época, me parecia muito triste que meus esforços em nada adiantassem para que
meu amigo fosse feliz.
Nós ficávamos remoendo nossa falta de
sorte no amor. Mas sempre dávamos força para que ambos não desistíssemos de
nossas paixões.
Um dia tomamos uma decisão. Do jeito que estávamos não
poderíamos mais ficar. Então marcamos de ir a um culto. Deus daria uma solução
para os nossos problemas. Nós dois não merecíamos ficar naquela desilusão.
Minha amiga também estava conosco e continuava
no firme propósito de ignorar os sentimentos do meu amigo. Então eu pedi a Deus
que me ajudasse e resolvesse o meu problema. De repente eu virei e olhei pro
meu amigo e naquele instante foi como se uma flecha atravessasse o meu peito.
Eu percebi algo muito diferente naquela hora. Nunca tinha reparado no meu amigo
daquele jeito. O engraçado foi que depois, ele me disse que sentiu a mesma
coisa, naquela mesma hora. Aquela só podia ser uma resposta de Deus.
Começamos a nos ver com mais
frequência e conversávamos por horas por telefone. Até que percebemos que
aquela grande amizade havia se transformado em um lindo sentimento de amor para
a glória de Deus.
Deus estava no controle e respondeu
nossas orações. Não sabemos os caminhos de Deus. Eu pensava que deveria
aproximar o meu amor da minha amiga, mas foi a minha amiga que aproximou o meu
amor de mim. Após três anos de namoro, nos casamos e estamos juntos há onze
anos. E quem disse que não existe amor à segunda vista?
FIM
29/05/15
Um Chazinho de Amor
Lene Lopes
Rose Amaral
Dizem
que amor de primos dura para sempre. A história de Alailton e Eny é bem
parecida com todas as outras desse tipo. Sabe aqueles primos que sempre tiveram
uma quedinha um pelo outro? A história dos dois é assim.
A
maioria das histórias de amor de primos acaba não dando certo. É pai que não
quer, é avó que separa o casal... E quase sempre o casal de primos-namorados
acaba brigando, talvez porque já estão acostumados com aquelas briguinhas de
infância, de quando ainda pensavam que eram irmãos.
No
entanto, a história deles é daquelas que dão frutos. Dois primos que se casam e
constituem famílias, mesmo em face às preocupações que dão um casamento
consanguíneo.
_
Por que a senhora casou com o papai, mamãe? _ Perguntou um dia a filha. _ Não
tinha medo de alguém nascer com defeito?
_
É que o amor vence barreiras, minha filha. _ Respondeu a mãe, com carinho. E
mesmo que vocês tivessem defeitos, eu os amaria do mesmo jeitinho!
Esse
amor tão grande deve ser efeito do chá do João.
Vocês não conhecem que chá é esse? Pois eu vou contar a história:
O
João era o pai do Alailton, que quando criança era bem doentinho. O médico
disse para o João que o que a medicina não curava, as plantas podiam curar.
O
João se pegou com aquilo e começou a dar chás para o filho. Chá de plantas, chá
de amor. E assim curou o filho, com a bênção do Senhor!
Foi
assim que o menino cresceu e constituiu família com a prima querida. Foi um pai
amoroso. Amor que aprendeu com o João, que sabia mexer com as plantas e fazer
chá com o coração.
Fim
Aprendendo a fazer
vasos
Cris Lua
Rose Amaral
Dizem que
casamento é como um vaso que, quando quebra, não dá mais para colar. Eu sempre
tive a mesma opinião. Acho que não dá para colar um vaso. Eu mesma já tentei colar um, só que não
consegui. Na verdade, todas as outras pessoas esperam que uma mulher não
consiga fazer isso. Parece uma tarefa insuperável para qualquer mulher. E assim
foi pra mim.
Quando
comecei a fazer o meu vaso, as coisas pareciam muito difíceis. E todo mundo duvidou que eu conseguisse. Eu
era tão jovem, tão inexperiente em matéria de vasos e não tinha a menor ideia
de como começar a fazê-lo. Acredito que
outras em meu lugar nem mesmo teriam tentado, mas o conteúdo daquele vaso era
muito precioso para ficar exposto. Eu precisava guardá-lo.
O meu vaso
podia até não ser o mais bonito por fora, nem o maior e muito menos o mais
sólido, mas o conteúdo era tão precioso e para mim tão caro, que resolvi tentar
e finalmente terminei meu vaso.
Todavia, no
fundo, eu não podia negar que aquele vaso era muito pesado para mim. Eu comecei
a fazê-lo quando outras garotas da minha idade nem ao menos pensavam em fazer
vasos. Mas eu tinha decidido fazê-lo e com todas as forças procurava carregá-lo
da melhor maneira que podia.
E foi de
repente que eu vi meu vaso espatifar em mil pedaços pelo chão. Eu rapidamente
peguei o conteúdo que restava e coloquei dentro de um copo e respirei, ainda
que com dor, aliviada ao perceber que aquilo que eu mais prezava, continuava
intacto.
Eu fiquei
ali, magoada e desanimada, diante de tantos cacos, que foi o que restou do meu
vaso. Rapidamente me ofereceram uma pá e uma vassoura para varrer e jogar numa
lata lixo todos aqueles cacos. Mas eu não queria e não podia jogar no lixo
aquilo que tinha restado do meu vaso. Então eu peguei uma caixa e comecei a
recolher um a um, os cacos do meu vaso. E comecei pacientemente o doloroso
trabalho de colar cacos.
Já sabia que
seria muito difícil, mas eu não tinha ideia do quanto era pesado aquele
trabalho. E todos os dias eu me sentava
e tentava refazer o meu vaso. Mas por
mais que eu me concentrasse, nunca considerava que aquele trabalho estava ficando
direito.
Até que
desisti do meu vaso. As pessoas tinham razão: era uma tarefa insuperável para
qualquer mulher. E assim foi pra mim. Então passei a mão no meu copo e
continuei o meu caminho. Tantas pessoas usam copos. Eu podia fazer o mesmo.
No princípio
me pareceu bem mais fácil. Carregar copos era bem mais leve e eu podia resolver
coisas que não tinha resolvido nos tempos de menina.
E o tempo foi passando e então
percebi que sentia falta do meu vaso. Copos são práticos, mas os vasos são
moldados de acordo com os conteúdos que nos são mais caros e não queremos
perder. Copos são tão fáceis de serem confundidos e não têm a marca
personalizada de um vaso.
Caminhei até o guarda-roupa e puxei
da prateleira mais alta, aquela caixa onde havia guardado os cacos do meu vaso.
Reuni todos eles e tomei uma decisão: queria o meu vaso de volta. Sabia que não dava mais para colar os cacos,
mas um vaso novo também não me interessava. Vasos novos também se quebram e
tudo o que eu queria era o meu vaso antigo.
Não havia outra alternativa, para ter
meu vaso de volta, era necessário esmiuçar os pedaços para que virassem pó. E
foi com esse pó que comecei a fazer um novo vaso, com a mesma matéria do
primeiro.
Tem gente que não suporta a ideia de
vasos reciclados, mas eu não sou os outros. Eu faço o que considero certo, porque
peso bem minhas decisões. Fazer vasos é uma coisa trabalhosa. Vasos novos ou
reciclados exigem paciência e amor. Sinto que o vaso que carrego agora é mais
resistente e eu o levo sem medo, porque sou transparente no que faço e não
tenho medo de ser feliz.
FIM
28/05/2015
O
amor contado em cordel
O Amor de Gerardo e
Rita
Elizabeth Teles
Rose Amaral
Essa história de amor
É arretada de bonita
É a história do casório
Do
Gerardo mais a Rita
Lá bem longe, tão distante
Num cantinho do Ceará
Juntou Gerardo mais Rita
Pra modo de se casar
Mas entre Gerardo e Rita
Havia um entrevero
Os pais não queriam o casório
Por questões de dinheiro
O Gerardo tinha de sobra
A Rita tinha de menos
De modo que não queriam
Que se desse o casamento
A mãe da Rita avisou:
“Se os pais do moço não querem
Eu também não vou querer
Esse caso de amor, é tratar de
esquecer
Mas quem manda no coração?
O Gerardo e a Rita não
De modo que eles fugiram
Para celebrar a união
Casaram-se de madrugada
Numa bela igrejinha
Abençoados pelo santo padre
Daquela cidadezinha
Parece até caso de novela
Ou de Romeu e Julieta
Um padre que entende o amor
De um jovem casal sofredor
Gerardo e Rita mudaram-se
Para outra cidadezinha
E lá então começaram
A aumentar a familiazinha
E o tempo se passou
A família se mudou
Viagem de dias inteiros
Lá pro Rio de Janeiro
Avistaram um lugar
E lá foram morar
Austin
do Rio, não do Texas
Mas também longe à beça
O Gerardo mais a Rita
Procuram uma paróquia
Para levar a família
Que sempre estava unida
Quando foram falar com o padre
Tiveram uma baita surpresa
Era o mesmo padre que tinha
Casados aqueles dois, naquela
cidadezinha
E o tempo foi passando
Dez anos, vinte anos
E foi grande esse amor
Por mais de cinquenta anos
Tiveram um monte de meninos
Tratados com muito carinho
E o Gerardo finalmente
Se reconciliou com o painho
O velho foi buscar
Lá pras bandas do Ceará
E o trouxe pra bem pertinho
Pra nunca mais separar
No final tudo se ajeita
Quem o amor não rejeita
Aquela união improvável
Acabou sendo perfeita
FIM
26/05/15
Quem ama faz poesias
Nasceu uma estrela
Iago Silva
Nasce uma
estrela
Com o nome
de uma princesa
Para brilhar
intensamente
Sara mais que
princesa
Com os olhos
cor de mel
Os cabelos
enrolados
Tão
branquinha como a neve
Brilhando no
meu espaço
Meu espaço
sideral
Onde tem
muitas estrelas
Mas só uma
se destaca
É Sara a
princesa
Nasceu em
dois mil e um
Quatorze
anos faz então
Sua presença
é eterna
Nos meus
sonhos
E no meu
coração
05/06/15
Ficar ou Amar
Clayton Ferreira
Não sei mais
o que falar nem o que fazer
Gosto
dela,mas não sei se ela gosta de mim
Fico, fico sim, com muitas garotas
Mas não é a
mesma coisa que um namoro
Me sinto só
Mas... sei
lá.
18/09/2015
Novo Horizonte
Iago Silva
A vida é
cheia de afazeres
E nessa
minha vida eu ocupo de forma simples
Eu refaço o
meu mundo
E invento
mais um
Faço isso com a
música
Eu toco o
meu violino
E crio um
horizonte de novas notas em um som
Eu amo oque
faço
Eu crio um
novo sentido
23/10/2015
Melodia tenho tanto
Iago Silva
Tenho tanto
pra dizer
Mas você não
quer saber
Diz que é
perda de tempo
Eu amar
tanto você
Tenho tanto,
tanto tenho
Tentado te
esquecer
Cheguei até
me apaixonar
Mas não amar
como amo você
Tenho tanto
me iludido
Por garotas
por ai
Mas você não
me ilude
Só me torna
mais feliz
Tenho tanto
em ti pensado
Mas não sei
se pensar em mim
Seus
pensamentos são sobre ele
E os meus
sobre ti
Você pode
achar que é chato
O que eu
escrevo e o que eu digo
Mas chato é
amar alguém
Que só me vê
como amigo
Se amar for
um pecado
Eu já estou
condenado
Por ti amar
intensamente
E não te ter
do meu lado
07/06/15
Saiba
amar
Pamela Rodrigues
Amar não é
machucar
Amar não é
sofrer
Amar é
simplesmente amar!
Que seja
eterno amar...
Sem medo de
se arrepender!
Se
querer fosse poder
Iago Silva
Se querer fosse poder
Eu queria ser ladrão
Para quando eu vir você
Roubar o seu coração
Se querer fosse poder
Não existiria inferno
Seria só eu e você
No universo paralelo
Uma estrela da sorte
Que ilumina meus caminhos
E olhando pra mim
Não me deixa ir sozinho
Ir sozinho por ai
Na escuridão da estrada
Se querer fosse poder
Seria minha namorada
16/06/15
Hoje
Iago Silva
Hoje você
foi embora
Nem se quer
me disse adeus
Não sei se
foi de propósito
Ou se foi
porque esqueceu
Melhor ter
sido de propósito
Do que ter
sido esquecido
Continuo eu
pensando
Como pude
ser esquecido?
Só que eu
sou tão grudento
Sufocante
E seu amigo
05/07/15
Hoje
à tarde
Iago Silva
Hoje à tarde
vi você
E vi que
estava diferente
Estava
simplesmente linda
Mas do que
antigamente
Estava com
cara de sono
Mas jurou
não ter dormido
Decidi
acreditar
Porque em
você confio
Hoje à tarde
vi você
Seu sorriso
estava esplêndido
Mas tive que
vir embora
Mesmo sem
querer querendo
Sem querer
ter te deixado
Querendo
ficar contigo
E pra não
morrer de saudades
Deixei meu
coração contigo
16/07/15
Pensando
em você
Iago Silva
Você parece
estar tão fria
Quando vem
falar comigo
Diz que sou
muito grudento
E só sou seu
amigo
Se você está
sorrindo
Eu posso
sorrir também
Pois em ver
o seu sorriso
Eu posso me
sentir bem
Você é muito
bonita
E eu não
sirvo pra você
Você é tudo
que eu queria
Mas nunca
vou poder ter
05/08/15
Se
fosse...
Iago Silva
Se fosse pra
ser eterno
Teria que
ser com você
Que é a razão da
minha vida
E o querer
do meu viver
Se fosse pra
ser contigo
Seria no
Paraíso
Lá onde Adão
e Eva
Juntos
perderam o juízo
Não importa
se alguém ama
Se esse
alguém não é você
Prefiro
morrer te amando
Do que ver
você morrer
05/08/15
Conheci
Iago Silva
Conheci há poucos dias
Uma linda garotinha
Através de um colega
Era Beck ou Rebequinha
No início não quis nada
Nada além de me enturmar
Mas com seu sorriso esplêndido
Fez eu me apaixonar
E meu amigo Lugano
O que ele me diria
Se soubesse que eu amo
Tanto a sua Rebequinha?
Decidi contar pra ela
Vamos ver no que vai dar
Sei que ele a ama
Só eu também a amo.
Gostar ou Amar
Jóice Ferreira
As pessoas
pensam que gostar é amar,
Mas na
verdade não é,
Gostar é um
tipo de afeto,
Um carinho
que uma pessoa sente pela outra.
Amor é diferente,
O amor é um
sentimento tão profundo,
Que uma
pessoa sente pela outra.
Infelizmente tem muita gente gostando
E pensando que está amando.
O amor é uma
coisa que não tem como explicar.
A pessoa que
você ama será muito especial para você,
Irá desejar que ela sempre esteja ao seu
lado.
FIM
19/09/2015
Faz tempo
Iago Silva
Faz tempo que eu não te vejo
A saudade tá de matar
Não sabe o quanto eu desejo
Tanto te encontrar
Mas eu já vi que não vai dar
Na minha rua você não vai passar
Estou precisando de um abraço
Mas se você me abraçar
Eu não vou te largar
Vem aqui me abraçar
Vamos ver no que vai dar
É só você, Sara
Que me faz flutuar
Faz-me flutuar
Sem do chão levantar
27/07/15
Morte
Súbita
Talvez seja um pouco difícil falar de
amor, quando seu coração foi quebrado duas vezes seguidas (mesmo sabendo que
acontecerá outras vezes mais).
A questão é,
por que não desistimos desse sentimento que nem sempre é recíproco? Ou até
mesmo por que insistimos em gostar de pessoasque mentem,dizem nos amar, porém é
tudo falso.
No começo é até legal, mas com o
tempo passamos a nos olhar como se fossemos estranhos, e um não aguenta o
outro.
E para onde foram suas juras de amor?
Será que o que as espantou foi esse
calor?
Ou Talvez apenas seja o meu fardo
viver de cabeça sempre cheia e de coração sempre partido.
Trocando
cartas
de
amor
Impressionante
Éric Alexandre
É
Impressionante como Deus sabe tão bem o que fazer e como fazer. Já que ao olhar
para mim, ele viu o quanto eu precisava de alguém, para ser mais preciso, uma
companheira. Então com toda a sua graça e compaixão, me concedeu o maior
milagre que eu poderia receber depois do milagre da vida. . . Você, um milagre
de Deus na minha vida!
Você é muito
mais do que eu sonhei ou poderia sonhar.
Minha melhor
amiga, minha eterna companheira, minha confidente, meu porto seguro, minha
amada, meu amor, meu tudo. Você é tudo isso e muito, muito mais. A mulher da
minha vida,que me faz feliz de uma forma que mil declarações não seriam o
suficiente para descrever o quão grande é o meu amor por você.
Por isso sou
eternamente grato a você, que com todo o seu amor, cuida tão bem de mim e me
faz tão completo, realizado, satisfeito com tudo o que envolve o nosso tão
único amor. Por isso, nunca te deixarei esquecer que durante toda a minha vida
eu te amarei e me dedicarei por inteiro somente a você!
Eu te amo mais
que tudo, meu amor!
Tudo que eu
tenho e tudo que sou, será para sempre teu meu amor, minha Tiffany.
FIM
18/09/2015
TifannyBriceth
Amor, tantos já ouviram falar do amor.
Amar, tantos acharam que um dia já amaram. Nada poderiaser mais contraditório.
Várias pessoas ainda não compreendem esse sentimento, mas eu posso dizer que
estou aprendendo amar. Amarpouco a pouco, errare acertar.
Eu beijo, abraço, acolho, mas apesar
de tudo eu amo. Eu amo a alma, sinto o coração, sinto a vida, a vida bem junto
a ti. O amor além de serverdadeiro tem de serrealista, para que outros possam
tomar iniciativa de amar, deixar de se levar porsensações não duradouras. O
amor unido por dois não se separa, nada separa,absolutamente nada. Sofremos, porém vivemos. Mesmo enigmático
éabsurdamente mágico. São horas, dias, semanas, anos dedicados a quemvocê ama,
não pra quem finge que ama.
Com um simples olhar você consegue
ouvirum“eu te amo”, você consegue essa ligação que acalma qualquer tempestade
em seu interior. O amor te envolve, temelhora, te corrige, te evolui. Amaré
muito mais que cair num mar de rosas, é mergulhar e ver além, é expandir, se
afogarem amor. Conquistar faz parte, ciúme pode descartar. Vamos amar, sim,
vamos amar, aprender amar. Transformar esse amargo, frio e tenebroso da vida em
algo doce, quente e luz. Permite. Permita-se. Deixe fluir, acender o calor, o
calor mais puro do amor. Ame em chamas, amem-se. Amei. Você pode me amar, seja
no silêncio da noite, como no silêncio da manhã, só me ame...Éric.
Dedico ao meu namorado mais fofo do mundo com
milhares de adjetivos bons, porque os ruins ele transforma a cada dia. Com o
que? Com o amor... Eu te amo muito!!! Obrigada Deus, obrigada Éric, obrigada amores
meus.
Fim
22/09/2015
Manhãs ensolaradas
Júlia Coelho
Sentimentos bons são como as manhãs ensolaradas,
manhãs em que você se sente vivo e parte do universo. E o amor faz parte desses
sentimentos.
Um sentimento que pode facilmente ser comparado
a um buraco no chãoque não se sabe onde se está entrando ou onde vai parar, mas
se arrisca. Arrisca-se por umapessoa que de repenteporta 50% da sua felicidade.
Vale a pena!
Aquele nó na barriga, aquela felicidade
momentânea que se espalha pelo corpo ao ver o sorriso dessa pessoa.
A necessidade de gritar ao mundo que você ama e
não há nada mais puro.
Eu me encaixo nisso, me encaixo em cada clichê
amoroso, cada verso de Sheakspeare, cada beijo de novela.
A felicidade me toma o corpo quando vejo o
sorriso dessa pessoa.
A pessoa que faz eu me sentir como num sábado de
manhã, em paz.
Eu amo, e em vários momentos penso em como tanto
amor pode residir no meu corpo, em cada pedacinho meu pode estar vivo ao
tocarem no seu nome.
Obrigada, obrigada por me fazer tão especial na
sua vida, por cada pôr-do-sol que compartilhamos. Por cada abraço apertado de
choro, onde entre nós, só havia amor. Obrigada por existir no mesmo espaço de
tempo que eu.Eu te amo. E como diz a música do Los Hermanos “Sem você sou pá
furada.”.
Com todo meu amor, para você, Vinicius Marques.
Júlia
25/09/15
Sem
interferências
Leh Alves
Palavras muitas vezes não conseguem descrever
certos sentimentos, como sentir algo por alguém que nunca viu e está a
quilômetros de distância, mas vale tentar.
Começar de novo, sem interferências, só nós
dois e mais ninguém.Não me acostumo com a sua ausência, preciso do seu olhar,
seu sorriso lindo e jeito de falar, pois as minhas melhores risadas, somente
você consegue arrancar.Como não me apaixonar? Momentos tão incríveis que
passamos que o tempo não apagou, não sabempor que essa saudade só faz me
maltratar...
O seu amor pra mim é tudo e eu não vou te
perder.Juro e penso: será que um dia nos meus sonhos você vem me acordar? E
mesmo longe e tão perto, você consegue isso,e ainda me fascina. Agradeço todos
os dias porter você, ainda bem que te encontrei! Sei que foi feito pra mim e
Deus foi muito maravilhoso por te fazer para minha vida. Espero que em breve a
única distância entre nós seja a de nossas bocas.
Leh
Nossa história de amor
Gabriel Vettorazzi
Hey, te amo tá!
Você apareceu assim, do nada na minha vida e me
conquistou por completo. Depois de todo esse tempo eu te amo mais e mais, é
como se a cada dia meu amor por você se renovasse.
Eu poderia listar coisas que eu odeio em você,
mas não posso e não consigo. O mais importantee o quemais odeio, é a forma como
eu te amo e quero passar o resto da vida ao seu lado.
Estamos vivendo nossa história de amor, um enredo
tão doce e complexo, que creio eu, não poder viver isso novamente e nem com
outra pessoa.
Enfim, te amo demais, minha branca.
E espero passar a vida com você, te fazendo a
mulher mais feliz do mundo.
Gabriel
13/10/15
Junto a ti
(Resposta de uma carta de amor)
Oh meu branco, como é bom ler
algo assim!
Você entrou na minha vida aos
poucos e agora tomou um espaço enorme no meu coração, e também não sei como
poderia viver algo assim com outra pessoa.
Aprendo contigo todos os dias
e me sinto feliz cada vez mais por estar junto a ti.É incrível!
As pessoas falam muito de amor
à primeira vista, mas eu creio que ele é construído pouco a pouco, todos os
dias.
Quero viver muitos anos
contigo, te fazer cada vez mais feliz.
“Com você, para
você, sempre.”
N. Gomes.
20/10/15
Eles
nos inspiram a falar de amor
Separação
Andressa Couto
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel
fez-se o drama.
Vinicius de Moraes
Eles se conheceram e se apaixonaram
Eles começaram a namorar e eram felizes
Eles brincaram e brigavam
Eles saíam para lanchar na rua
Porém, eles brigaram, porque as pessoas começaram a falar deles.
Falaram mentiras e o fizeram, porque os achavam um casal
muito bonito.
Eles tinham inveja deles, pois eram muito felizes.
Então, começaram a brigar por causa das coisas que
inventavam.
Decidiram que iriam se separar por
causa disso, mas depois de um tempo,quando se viram na rua, seabraçaramporqueestavamcom
saudades.
E ficaram muito felizes com a
volta do namoro!
Eles queriam ser felizespara
sempre!
20/03/15
Chama
Incandescente
Kathleen Mello
Amor é fogo que arde
sem se ver,
é ferida que dói, e não
se sente;
é um contentamento
descontente,
é dor que desatina sem
doer.
Luís de Camões
Amor, flor ornamental do mesmo gênero das violetas,
Com cinco pétalas e em diversas cores.
Ah, o amor...
O amor é lindo,
Diminui as nossas forças,
Nos deixa anestesiados e insensíveis.
O amor é lindo e perfeito
O amor é paradisíaco, nos deixa nas nuvens,
O amor nos deixa em chamas, faz o corpo pegar fogo
Ficar em chama incandescente...
O amor é lindo, é fofo, é perfeito!
K.M. 26/03/15
Por
Vontade
Lucas
Souza Alves
“É querer estar preso
por vontade”
Luís de Camões
Você chega a um estado em que já desistiu de tudo
E se sente preso por tanto tempo,
Que acha que isto é a própria sua vontade.
Mas na realidade você está perdido, sem chão
E fica preso em um
mundo sem ter o que fazer.
Tem um momento em que já desistiu da sua
realidade
E percebe que criou
um mundo alternativo dentro da sua cabeça,
Pensando que era sua
própria vontade,
Porém é você querendo se proteger da realidade da vida.
Encontramo-nos presos em um mundo completamente paranoico,
Pois estamos perdidos no mundo real
Cheio de responsabilidade com os pais, amigos, escola e etc.
Então, cria-seaquele
mundo para isolarmo-nos de tudo que nos deixe mal.
Fim
26/03/15
O
que eles disseram
|
“Gosto muito
de ler, mas gosto mais ainda de escrever, de ter algo vindo de mim e passar
para o papel. Adoro adquirir conhecimento para não ser enganada pelos outros e
ainda assim passar conhecimento aos demais. Resumidamente, minha vida é baseada
nisso... Amo fazer cartas, escrever poesias, administrar páginas de poesia nas
redes sociais, enfim...tudo na base da sabedoria.”
TifannyBriceth
“Admiro muitas coisas que me fazem ter
lembranças boas. Gosto de fazer coisas que me façam viver intensamente...Sair
com os amigos, fazer luau, um momento prazeroso com alguém que tenha algum
afeto, ver um filme, ler um livro que me traga emoção, meditar e revitalizar
meu eu.”
Júlia Coelho
“O que me deixa feliz
é ver a felicidade da minha família, dos meus amigos e minha própria”
Rayane Pereira
“Meu hobby é tocar
violão. Gosto de muitos ritmos, mas a luta esta presente na minha vida. Gosto
de desafios.”
Rodrigo Tavares
“Amo observar o céu
da tarde, as cores que ele tem. Às vezes rosa,às vezeslaranja...
Queria morar lá, pertencer a esse infinito colorido.”
Júlia Coelho
“Sei que nunca mais
te esquecerei , pois basta fechar os olhos para lembrar de você”
Ariana Valle
“O que seria das
pessoas sem no amor? Seriamos vazias e incompletas!”
Jessica Vitorino,
Brenda Aline e RayanePereira
“Mesmo quando o dia anoitecer, a luz
do luar também é pra você.
Vim te convidar pra ver, andar, correr
de mãos dadas, sei lá...Sentar na calçada só pra brincar
de viver.”
Jenifer Souza
Cris Lua
Rose Amaral
Dizem que
casamento é como um vaso que, quando quebra, não dá mais para colar. Eu sempre
tive a mesma opinião. Acho que não dá para colar um vaso. Eu mesma já tentei colar um, só que não
consegui. Na verdade, todas as outras pessoas esperam que uma mulher não
consiga fazer isso. Parece uma tarefa insuperável para qualquer mulher. E assim
foi pra mim.
Quando
comecei a fazer o meu vaso, as coisas pareciam muito difíceis. E todo mundo duvidou que eu conseguisse. Eu
era tão jovem, tão inexperiente em matéria de vasos e não tinha a menor ideia
de como começar a fazê-lo. Acredito que
outras em meu lugar nem mesmo teriam tentado, mas o conteúdo daquele vaso era
muito precioso para ficar exposto. Eu precisava guardá-lo.
O meu vaso
podia até não ser o mais bonito por fora, nem o maior e muito menos o mais
sólido, mas o conteúdo era tão precioso e para mim tão caro, que resolvi tentar
e finalmente terminei meu vaso.
Todavia, no
fundo, eu não podia negar que aquele vaso era muito pesado para mim. Eu comecei
a fazê-lo quando outras garotas da minha idade nem ao menos pensavam em fazer
vasos. Mas eu tinha decidido fazê-lo e com todas as forças procurava carregá-lo
da melhor maneira que podia.
E foi de
repente que eu vi meu vaso espatifar em mil pedaços pelo chão. Eu rapidamente
peguei o conteúdo que restava e coloquei dentro de um copo e respirei, ainda
que com dor, aliviada ao perceber que aquilo que eu mais prezava, continuava
intacto.
Eu fiquei
ali, magoada e desanimada, diante de tantos cacos, que foi o que restou do meu
vaso. Rapidamente me ofereceram uma pá e uma vassoura para varrer e jogar numa
lata lixo todos aqueles cacos. Mas eu não queria e não podia jogar no lixo
aquilo que tinha restado do meu vaso. Então eu peguei uma caixa e comecei a
recolher um a um, os cacos do meu vaso. E comecei pacientemente o doloroso
trabalho de colar cacos.
Já sabia que
seria muito difícil, mas eu não tinha ideia do quanto era pesado aquele
trabalho. E todos os dias eu me sentava
e tentava refazer o meu vaso. Mas por
mais que eu me concentrasse, nunca considerava que aquele trabalho estava ficando
direito.
Até que
desisti do meu vaso. As pessoas tinham razão: era uma tarefa insuperável para
qualquer mulher. E assim foi pra mim. Então passei a mão no meu copo e
continuei o meu caminho. Tantas pessoas usam copos. Eu podia fazer o mesmo.
No princípio
me pareceu bem mais fácil. Carregar copos era bem mais leve e eu podia resolver
coisas que não tinha resolvido nos tempos de menina.
E o tempo foi passando e então
percebi que sentia falta do meu vaso. Copos são práticos, mas os vasos são
moldados de acordo com os conteúdos que nos são mais caros e não queremos
perder. Copos são tão fáceis de serem confundidos e não têm a marca
personalizada de um vaso.
Caminhei até o guarda-roupa e puxei
da prateleira mais alta, aquela caixa onde havia guardado os cacos do meu vaso.
Reuni todos eles e tomei uma decisão: queria o meu vaso de volta. Sabia que não dava mais para colar os cacos,
mas um vaso novo também não me interessava. Vasos novos também se quebram e
tudo o que eu queria era o meu vaso antigo.
Não havia outra alternativa, para ter
meu vaso de volta, era necessário esmiuçar os pedaços para que virassem pó. E
foi com esse pó que comecei a fazer um novo vaso, com a mesma matéria do
primeiro.
Tem gente que não suporta a ideia de
vasos reciclados, mas eu não sou os outros. Eu faço o que considero certo, porque
peso bem minhas decisões. Fazer vasos é uma coisa trabalhosa. Vasos novos ou
reciclados exigem paCris Lua
Rose Amaral
Dizem que
casamento é como um vaso que, quando quebra, não dá mais para colar. Eu sempre
tive a mesma opinião. Acho que não dá para colar um vaso. Eu mesma já tentei colar um, só que não
consegui. Na verdade, todas as outras pessoas esperam que uma mulher não
consiga fazer isso. Parece uma tarefa insuperável para qualquer mulher. E assim
foi pra mim.
Quando
comecei a fazer o meu vaso, as coisas pareciam muito difíceis. E todo mundo duvidou que eu conseguisse. Eu
era tão jovem, tão inexperiente em matéria de vasos e não tinha a menor ideia
de como começar a fazê-lo. Acredito que
outras em meu lugar nem mesmo teriam tentado, mas o conteúdo daquele vaso era
muito precioso para ficar exposto. Eu precisava guardá-lo.
O meu vaso
podia até não ser o mais bonito por fora, nem o maior e muito menos o mais
sólido, mas o conteúdo era tão precioso e para mim tão caro, que resolvi tentar
e finalmente terminei meu vaso.
Todavia, no
fundo, eu não podia negar que aquele vaso era muito pesado para mim. Eu comecei
a fazê-lo quando outras garotas da minha idade nem ao menos pensavam em fazer
vasos. Mas eu tinha decidido fazê-lo e com todas as forças procurava carregá-lo
da melhor maneira que podia.
E foi de
repente que eu vi meu vaso espatifar em mil pedaços pelo chão. Eu rapidamente
peguei o conteúdo que restava e coloquei dentro de um copo e respirei, ainda
que com dor, aliviada ao perceber que aquilo que eu mais prezava, continuava
intacto.
Eu fiquei
ali, magoada e desanimada, diante de tantos cacos, que foi o que restou do meu
vaso. Rapidamente me ofereceram uma pá e uma vassoura para varrer e jogar numa
lata lixo todos aqueles cacos. Mas eu não queria e não podia jogar no lixo
aquilo que tinha restado do meu vaso. Então eu peguei uma caixa e comecei a
recolher um a um, os cacos do meu vaso. E comecei pacientemente o doloroso
trabalho de colar cacos.
Já sabia que
seria muito difícil, mas eu não tinha ideia do quanto era pesado aquele
trabalho. E todos os dias eu me sentava
e tentava refazer o meu vaso. Mas por
mais que eu me concentrasse, nunca considerava que aquele trabalho estava ficando
direito.
Até que
desisti do meu vaso. As pessoas tinham razão: era uma tarefa insuperável para
qualquer mulher. E assim foi pra mim. Então passei a mão no meu copo e
continuei o meu caminho. Tantas pessoas usam copos. Eu podia fazer o mesmo.
No princípio
me pareceu bem mais fácil. Carregar copos era bem mais leve e eu podia resolver
coisas que não tinha resolvido nos tempos de menina.
E o tempo foi passando e então
percebi que sentia falta do meu vaso. Copos são práticos, mas os vasos são
moldados de acordo com os conteúdos que nos são mais caros e não queremos
perder. Copos são tão fáceis de serem confundidos e não têm a marca
personalizada de um vaso.
Caminhei até o guarda-roupa e puxei
da prateleira mais alta, aquela caixa onde havia guardado os cacos do meu vaso.
Reuni todos eles e tomei uma decisão: queria o meu vaso de volta. Sabia que não dava mais para colar os cacos,
mas um vaso novo também não me interessava. Vasos novos também se quebram e
tudo o que eu queria era o meu vaso antigo.
Não havia outra alternativa, para ter
meu vaso de volta, era necessário esmiuçar os pedaços para que virassem pó. E
foi com esse pó que comecei a fazer um novo vaso, com a mesma matéria do
primeiro.
Tem gente que não suporta a ideia de
vasos reciclados, mas eu não sou os outros. Eu faço o que considero certo, porque
peso bem minhas decisões. Fazer vasos é uma coisa trabalhosa. Vasos novos ou
reciclados exigem paciência e amor. Sinto que o vaso que carrego agora é mais
resistente e eu o levo sem medo, porque sou transparente no que faço e não
tenho medo de ser feliz.
FIM
28/05/2015
ciência e amor. Sinto que o vaso que carrego agora é mais
resistente e eu o levo sem medo, porque sou transparente no que faço e não
tenho medo de ser feliz.
FIM
28/05/2015
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