quinta-feira, 29 de maio de 2014

Ana e Samuel

Ana e Samuel



Você sabe a história de Ana? Já ouviu dizer? É uma história muito linda que está na Bíblia. Ana era casada com um homem chamado Elcana, que a amava muito. Isso é muito lindo, não é? Você deve estar achando que ela era bem feliz. Só que não é bem assim. Havia um grande problema. O marido de Ana tinha duas mulheres: uma era a Ana, e a outra era a Penina.  E Penina tinha filhos, mas Ana não tinha.

Todo ano o marido de Ana subia da sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor dos exércitos em Siló. No dia em que Elcana sacrificava, costumava dar porções de comida para a Penina e a todos os seus filhos e filhas. Mas para a Ana, ele dava uma porção melhor, porque a amava. Mas de que adiantava se Ana não podia ter filhos?

E para piorar, Penina ficava provocando Ana para irritá-la, porque o Senhor lhe dava filhos. De modo que Ana chorava e não comia.
Muitas pessoas são como Penina. Gostam de irritar os outros. Sentem prazer em menosprezar o outro por alguma coisa. Deus não se agrada disso. É comparado ao pecado da homicídio.
A Bíblia nos afirma em I João 3.15 que: “Todo aquele que aborrece o seu irmão é homicida, ora, vós sabeis que todo homicida não tem a vida eterna permanente em si”.
O procedimento de Penina era muito ruim. Não se deve fazer isso com os outros.

Então Elcana, seu marido, lhe perguntou:
_ Ana, por que você está chorando? E por que não come? E por que está triste o teu coração? Eu não sou melhor pra você do que dez filhos?

Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló. Eli, o sacerdote, estava sentado, numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor.

Ana esta muito triste. Ela orou ao Senhor, e chorou muito,e fez um voto, dizendo:
_ Ó Senhor dos exércitos! Se o Senhor realmente olhar para a aflição da tua serva, e de mim se lembrar, e me der um filho homem. Ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha.

Continuando ela a orar perante o Senhor, Eli observou a sua boca. Porque Ana falava no seu coração; só se moviam os seus lábios, e não se ouvia a sua voz; pelo que Eli achou que ela estava embriagada. E lhe disse:
_ Até quando você vai ficar embriagada? Pare de tomar vinho.
Pobre Ana! Estava chorando porque queria ter um bebê e o sacerdote achou que ela estava bêbada.

       Mas Ana respondeu:
_ Não, meu Senhor! Eu sou uma mulher atribulada de espírito. Não bebi vinho nem outra bebida alcoólica, porém derramei a minha alma perante o Senhor.

Não pense que sou filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora.
Belial é a personificação do inimigo de nossas almas. Ana estava achando que Eli pensava  que ela era uma mulher má e que só fazia coisas feias.

Então lhe respondeu Eli:
_ Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.

Ela agradeceu pelo que ele lhe falou e se foi. Então comeu, e já não era triste o seu rosto. Depois, levantando-se de madrugada, adoraram perante o Senhor e, voltando, foram à sua casa em Ramá. Então o Senhor se lembrou dela. E Ana finalmente ficou grávida.
Que alegria! Ana finalmente teria um filho. Isto não é maravilhoso? E, no tempo devido, teve um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela:
_ Ao Senhor o tenho pedido.
Quando Elcana, com toda a sua família, foi oferecer ao Senhor o sacrifício anual e cumprir o seu voto, Ana, não foi. Ela disse a seu marido:
_ Quando o menino for desmamado, então o levarei, para que apareça perante o Senhor, e lá fique para sempre.
Elcana lhe disse:
_ Faz o que você achar melhor. Fica até que o desmames; tão somente confirme o Senhor a sua palavra.
Assim ela ficou, e amamentou seu filho, até que o desmamou. Depois de o ter desmamado, ela pegou Samuel, com um touro de três anos, uma boa quantidade de farinha de farinha e vinho, e o levou à casa do Senhor, em Siló. Samuel ainda muito pequeno.
Eles fizeram ofertas ao Senhor e levaram Samuel para Eli. E disse Ana:
_Ah, meu senhor! Tão certamente como vive a tua alma, eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, orando ao Senhor. Por este menino eu orava e o Senhor atendeu o meu pedido. Por isso eu também o entreguei ao Senhor; por todos os dias que viver, ao Senhor está entregue. E adoraram ali ao Senhor.
          Então você deve estar pensando: “O que ela fez? Como teve coragem de dar um filho por quem tanto ansiava?”
É bem difícil de entender mesmo. Eu não sei se teria esta mesma coragem. É muito difícil para uma mãe ter que se separar de seu filho. Imagine um filho tão esperado?
Mas acontece que Ana vez um voto ao Senhor e os votos tem que ser levados a sério.
Ana entregou a Deus o seu bem mais precioso. Não foram joias, nem ouro, muito menos dinheiro. Ela entregou o seu próprio filho por quem tanto esperou.
Ana não entregou o seu filho porque não o amava, ou porque não tinha condições financeiras de criá-lo. Ela o entregou porque estava muito agradecida pelo que Deus lhe tinha feito. Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. O que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votares e não pagares.” (Eclesiastes 5.4-5)
Ana honrou o voto que fez ao Senhor. Devemos honrar o nosso comprometimento com Deus. Devemos ser realmente agradecidos pelo que o Senhor faz por nós.
Quantas pessoas não sabem ser agradecidas a Deus. Elas só querem pedir e pedir. E quando recebem, não são capazes de dizer nem mesmo um: “Obrigado, Deus, porque me destes esta bênção.” Muitas pessoas até falam: “Eu fiz!”. “Eu consegui!”. O EU é colocado sempre em primeiro lugar.Que você e eu sejamos um crente igual a Ana, agradecido. Isso faz bem ao coração de Deus.
Sabe o que aconteceu com Ana? Ela teve mais cinco filhos. Uma mulher estéril mãe de seis filhos?! Isso só pode ser coisa d Deus. Os milagres de Deus são inexplicáveis. Por causa disso, Ana orou, dizendo o quanto estava exultante com o Senhor e que não Havaí outro Deus além dele.
Que o Senhor levantava do pó o pobre, para o colocar entre os príncipes, para herdar um trono de glória. Ele guardará os pés dos seus santos, porém os ímpios ficarão mudos nas trevas, porque o homem não prevalecerá pela força.
Que oração bonita a de Ana, não é? Ela soube ser agradecida ao Senhor. Então ela voltou pra casa com seu marido, mas Samuel ficou servindo ao Senhor, junto com o sacerdote Eli.



Rose Amaral

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