Objetivo:
Conhecer as diversas formas de produção de arte de consumo e seus mecanismos.
Formas
de Produção de Arte de Consumo
Arte,
hoje, como tudo, é um produto. Arte vende, e circula na medida em que vende. Os
artistas são grandes artistas e suas obras são primas na proporção quase exata
de seu sucesso comercial. Arte é, deste modo, para poucos. Os poucos
que podem adquiri-la a seus preços exorbitantes. É o que os especialistas em
arte e profissionais do belo dizem. O mercado de arte cresce, produz-se mais,
vende-se mais para assim produzir-se ainda mais.
Há,
juntamente com a arte, o kitch. Reproduções que trazem o eco
de valores da elite de outrora (eterno desejo da pequena burguesia de ascender à
aristocracia), a preços acessíveis à classe média, mas que são de fato coisas
retrógradas e simplórias na perspectiva da estética de vanguarda – como a
arquitetura colonial ou quadros “impressionistas”, por exemplo. Então, vem a avalancha
de Taiwan, para as classes baixas. Isso é o mesmo para literatura,
fonografia, cinematografia e demais reprodutíveis. O que não é “alta arte” –
arte da elite econômica e intelectual – é melhor rotulado de “produto
cultural. Não importa a origem e o meio onde circula, tudo que vige e
tem espaço na contemporaneidade é, seja o que for, um produto.
Durante séculos o
universo das artes sofreu grandes transformações e influências. Desde a.C.
vivemos a arte na Grécia e na Roma Antiga, com histórias mitológicas e as
esculturas da forma humana que até hoje influenciam as formas de arte. No
século passado surgiram diversos movimentos artísticos que de certa forma
inovaram os traços que já existiam criando assim novas técnicas.
Um dos movimentos mais importantes e influentes do século XX
foi a Pop Arte. Evidenciando o novo tipo de vida pós-guerra, com sua liberdade,
esportividade, ascensão da mulher, liberdade de locomoção e o ponto que
ascende até hoje: os sonhos e fantasias de acesso social ao consumo.
A Revolução Industrial, com o desenvolvimento intelectual e
econômico, foi um grande marco para a comunicação de massa, onde ocorreu a
emergência da urbanidade e a racionalidade técnica. Assim, surge o período
chamado Modernidade na transição do século XIX para o século XX com o
surgimento dos principais meios de comunicação: a fotografia, o cinema, o
rádio, a televisão, os microprocessadores e os computadores. Com a dissociação
entre o objeto e a arte surge a sociedade de consumo. As grandes obras de arte
passam a ser estampadas em capas de cadernos e objetos de uso diário.
Isso fez com que os indivíduos consumissem a arte sem contemplar ou saber seu
valor artístico, transformando a arte em consumo. E a Pop Arte é um produto da
Revolução Industrial. A cultura pop envolveu uma mudança de atitude para com os
objetos deixando de ser únicos, portanto, fizeram parte de um processo
econômico que se desenvolve até hoje.
Fonte:
http://www.upf.br/nexjor/?p=4610
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