segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Literatura e gravura de cordel

Objetivo:  Identificar nas obras e imagens analisadas a presença do traço e das características do artista popular, como na gravura de cordel.

Literatura e gravura de cordel

Literatura de cordel: Também conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal. No Nordeste do Brasil o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma
melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores. Para reunir os expoentes deste gênero literário típico do Brasil, foi fundada em 1988 a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede no Rio de Janeiro.
Gravura de cordel: No nordeste brasileiro foi que se desenvolveu uma das mais singulares e representativas formas da xilogravura no mundo. A xilogravura popular ligada ao folheto de cordel adquiriu uma identidade própria. Geralmente feita pelos cordelistas, gerou grandes nomes com J.Borges, Abraão Batista e Dila.
As matrizes para impressão das ilustrações são talhadas, quase sempre, na madeira da cajazeira (árvore da família das Anacardiáceas - Spondias lutea L.), matéria-prima mole, fácil de ser trabalhada e abundante na região Nordeste do Brasil.
Nas décadas de 1960 e 1970 alguns intelectuais e pesquisadores passaram a publicar uma série de álbuns com gravuras feitas por artistas populares nordestinos. Com isso a xilogravura ganhou o status de arte, além de projeção nacional e internacional. Entre esses álbuns podem ser citados: 20 xilogravuras do Nordeste, organizado por Evandro Rabello, em 1970, com apresentação de Ariano Suassuna.

Atividades

1)      A literatura de cordel também é conhecida no Brasil como ________________.
2)      O que é literatura de cordel?
3)      Por que a literatura de cordel ganhou este nome?
4)      Qual é o processo mais usado para ilustração dos cordéis brasileiros?
5)      Como são talhadas as matrizes de impressão das xilogravuras nordestinas?


Fonte:

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