quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Formas de Produção de Arte de Consumo

Objetivo: Conhecer as diversas formas de produção de arte de consumo e seus mecanismos.

Formas de Produção de Arte de Consumo

Arte, hoje, como tudo, é um produto. Arte vende, e circula na medida em que vende. Os artistas são grandes artistas e suas obras são primas na proporção quase exata de seu sucesso comercial. Arte é, deste modo, para poucos. Os poucos que podem adquiri-la a seus preços exorbitantes. É o que os especialistas em arte e profissionais do belo dizem. O mercado de arte cresce, produz-se mais, vende-se mais para assim produzir-se ainda mais.
            Há, juntamente com a arte, o kitch. Reproduções que trazem o eco de valores da elite de outrora (eterno desejo da pequena burguesia de ascender à aristocracia), a preços acessíveis à classe média, mas que são de fato coisas retrógradas e simplórias na perspectiva da estética de vanguarda – como a arquitetura colonial ou quadros “impressionistas”, por exemplo. Então, vem a avalancha de Taiwan, para as classes baixas. Isso é o mesmo para literatura, fonografia, cinematografia e demais reprodutíveis. O que não é “alta arte” – arte da elite econômica e intelectual – é melhor rotulado de “produto cultural. Não importa a origem e o meio onde circula, tudo que vige e tem espaço na contemporaneidade é, seja o que for, um produto.
Durante séculos o universo das ar­tes sofreu grandes transformações e influências. Desde a.C. vivemos a arte na Grécia e na Roma Antiga, com histórias mitológicas e as esculturas da forma humana que até hoje influenciam as formas de arte. No século passado surgiram diversos movimentos artísticos que de certa forma inovaram os traços que já existiam criando assim novas técnicas.
Um dos movimentos mais im­portantes e influentes do século XX foi a Pop Arte. Evidenciando o novo tipo de vida pós-guerra, com sua liberdade, esportivida­de, ascensão da mulher, liber­dade de locomoção e o ponto que ascende até hoje: os sonhos e fantasias de acesso social ao consumo.
A Revolução Industrial, com o desenvolvimen­to intelectual e econômico, foi um grande mar­co para a comunicação de massa, onde ocorreu a emergência da urbanidade e a racionalidade técni­ca. Assim, surge o período chamado Modernida­de na transição do século XIX para o século XX com o surgimento dos principais meios de comuni­cação: a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, os microprocessadores e os computadores. Com a dissociação entre o objeto e a arte surge a socieda­de de consumo. As grandes obras de arte passam a ser estampadas em capas de cadernos e objetos de uso diário. Isso fez com que os indivíduos consumissem a arte sem contemplar ou saber seu valor artístico, transformando a arte em consumo. E a Pop Arte é um produto da Revolução Industrial. A cultura pop envolveu uma mudança de atitude para com os objetos deixando de ser únicos, portanto, fizeram parte de um processo econômico que se desenvolve até hoje.

Fonte:
http://www.upf.br/nexjor/?p=4610

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