No portão do palácio,
encontrou-se com o mensageiro. Ele a olhou entre alegre e espantado.
_ Onde está o príncipe? _
Perguntou o mensageiro
_ Não sei, ele não apareceu. _ Ela
respondeu.
_ Não teve beijo? Como acordou?
_ Perdi o sono. Agora vou lá fora. O que
aconteceu enquanto eu dormia?
_ Nada de importante. Somente senti saudades.
_ Por que não me visitou?
_ Todos os dias eu levava uma rosa para
enfeitar os seus cabelos.
_ Obrigada.
_ Não por isso. Vai mesmo sair? O que digo
para seus pais?
_ Diga que fui ver o mundo, mas volto pra ser
feliz. _ Disse sorrindo, enquanto saía.
Passeou
pelos campos. Viu as árvores, as flores, os animais, as pessoas. Tudo parecia
tão igual e ao mesmo tempo, tão diferente. Caminhando por uma estreita estrada,
avistou um humilde casal de camponeses que não paravam de sorrir. Ela resolveu
se aproximar.
_ O que vocês têm para serem tão felizes? _
Perguntou a princesinha.
_ Temos um ao outro. _ Eles responderam.
Admirou-se
com aquela resposta e isso a fez pensar.
_ Camponesa só pode ser feliz com camponês?
_ Não necessariamente. Também pode ser feliz
com o padeiro, com o príncipe e até mesmo o mensageiro. _ Eles disseram.
Ela
gostou daquela resposta.
_ Obrigada e até breve.
_ Onde vai com tanta pressa? _ Eles perguntaram.
_ Para casa. Vou ser feliz.
_ Assim seja, Princesinha. Que você encontre a
felicidade. _ Eles disseram.
Chegando
no palácio, encontrou o rei e a rainha, que a beijaram.
_ Como acordou sem o beijo? _ Perguntaram.
_ Não sei. Acho que foram as rosas.
_ O perfume?
_ Perguntou a rainha.
_
Não. A saudade.
_ Entendo.
_ Posso ser feliz com as rosas?
_ Acho que devemos dar uma chance. _
Disse o rei. _ Também sentimos saudades. Seja feliz!
Ela
correu pelo jardim e encontrou o mensageiro entre as roseiras.
_ Encontrou o príncipe? _ Ele
perguntou.
_ Não preciso dele. Me bastam as rosas.
Eles
se casaram e foram felizes para sempre. Ainda que tenha sido um pouco difícil,
pois junto das rosas sempre se encontram os espinhos.
FIM
Nenhum comentário:
Postar um comentário